Sarna: tr�s mitos e verdades sobre a doen�a

Esta semana foi noticiado um surto de escabiose, popularmente conhecida como sarna, em refugiados afeg�os que est�o abrigados no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em S�o Paulo. O vice-presidente da Sociedade Paulista de Infectologia (SPI), o m�dico infectologista e professor adjunto da disciplina de infectologia na Unifesp, Paulo Abr�o, destaca algumas caracter�sticas entre o que � mito e verdade sobre a doen�a.  

A sarna � uma doen�a de pele causada por um �caro n�o vis�vel ao olho nu, que s� � identificado por meio de exames microsc�picos, de raspagem ou les�es de pele que conseguimos observar. A transmiss�o da doen�a ocorre por meio do contato direto (pele a pele) e prolongado entre as pessoas ou por meio de objetos e roupas, como len��is, toalhas e travesseiros compartilhados. 

 

A doen�a se prolifera em pessoas agrupadas, como est�o os afeg�os naquele determinado setor do aeroporto, transmitida pelo contato mais pr�ximo com familiares e, por isso, h� uma dissemina��o local, n�o existindo risco de transmiss�o pelo aeroporto ou cidade de Guarulhos.

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"� preciso ficar atento nos pr�ximos dias ou semanas a sintomas, como p�pulas vermelhas na pele, que s�o muito pruriginosas, e que ocupam regi�es caracter�sticas, em volta do umbigo, entre os dedos, as vezes na regi�o genital, da fossa cubital, que s�o regi�es cl�ssicas de ter a sarna. Ent�o, quem teve contato com algu�m com a doen�a deve ficar atento se houver manifesta��o na pele e procurar o servi�o de sa�de mais pr�ximo para ser tratado”, explica Paulo Abr�o.

A sarna tem cura e n�o costuma oferecer riscos � sa�de. A preocupa��o, eventualmente, � que por serem les�es de pele que co�am muito podem evoluir para uma infec��o de pele por outras bact�rias e isso � uma complica��o que pode gerar quadros mais graves.

O tratamento da sarna

O tratamento � feito com medicamentos orais ou t�picos, inclusive para diminuir a coceira com anti-histam�nicos, porque principalmente � noite co�a muito, a fim de evitar uma infec��o secund�ria na pele. E, se isso ocorrer, o uso tamb�m de antibi�ticos dever� ser administrado para evitar que as bact�rias tornem essa infec��o ainda mais grave.

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O m�dico infectologista aponta ainda que as pessoas infectadas devem ter aten��o � higiene: “O indiv�duo deve tomar banho diariamente e ter as roupas muito bem lavadas com �gua quente e passadas a ferro para destruir os elementos de reprodu��o desse �caro, fazendo a quebra da cadeia de transmiss�o de uma pessoa para a outra". 

Outra d�vida comum � comparar a sarna em humanos e animais: "Existe uma diferen�a grande, pois s�o esp�cies de �caros diferentes. A sarna que ocorre nos animais n�o causa a doen�a em humanos", finaliza Paulo Abr�o, m�dico infectologista.