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Estado de Minas SA�DE

Uso indiscriminado da ivermectina pode ser respons�vel por surto de sarna

Estudo realizado por pesquisadores da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) previu surto da escabiose por conta do rem�dio que n�o tem efic�cia contra COVID-19


26/11/2021 14:34 - atualizado 26/11/2021 19:04

sarna
Surto de sarna humana tem sido registrado na Regi�o Metropolita do Recife e tem um caso no litoral de S�o Paulo (foto: Bigstock)

 
A Ivermectina � um antiparasit�rio que foi inclu�do no “Kit Covid” sem comprova��o cient�fica da sua efic�cia contra o v�rus. O uso indiscriminado desse medicamento pode ter sido o motivo do surto da escabiose, mais conhecida como sarna humana, que se alastra na Regi�o Metropolitana do Recife (RMR) e teve registro de caso em um beb� de dois meses, no litoral de S�o Paulo.

Mesmo comprovadamente ineficaz, alguns profissionais continuam prescrevendo a subst�ncia. Enquanto outras pessoas tomavam por conta pr�pria, seguindo recomenda��es de alguns planos de sa�de e dos integrantes do "gabinete paralelo", que teria sido formado para aconselhar o presidente Jair Bolsonaro. 

“Falar que a Ivermectina tem efic�cia contra o v�rus da COVID-19 em seres humanos � um argumento que vai contra a ci�ncia. A ivermectina, assim como a cloroquina, possuem um mecanismo que em laborat�rio, nos tubos de ensaio, deveria inibir a prolifera��o do v�rus, mas n�o importa que o mecanismo � plaus�vel, n�o importa que funcione em tubos de ensaio, o que importa � que foi testado em humanos e comprovado sua inefic�cia no combate � COVI-19. Argumentar por mecanismos e n�o por resultados � anticient�fico” ressalta o urologista Jos� Carlos Souto. 

Assim como o m�dico, outros estudos e profissionais destacam a inefic�cia do antiparasit�rio e que seu uso em excesso pode trazer consequ�ncias devastadoras. Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), publicado no dia 15 de agosto deste ano, evidenciou que o abuso desse rem�dio pode ter desenvolvido a superresist�ncia do Sacorptes scabiei, �caro respons�vel pela doen�a. 

Espalhados em Olinda, Jaboat�o, S�o Louren�o, Camaragibe, Paulista e Recife, os pacientes se queixam de uma intensa coceira intensa que evolui para feridas e escoria��es na pele. Esses ferimentos podem ser penetrados por bact�rias e desencadear infec��es secund�rias, podendo ser leves, moderadas ou muito graves. 

E n�o � somente no Nordeste que os casos est�o tomando propor��es preocupantes, no litoral de S�o Paulo tamb�m est� tendo v�rios relatos da escabiose, dos quais um beb� de 2 meses chegou a ser internado devido � gravidade da contamina��o. 

A dermatologista Soraya Neves, cooperada da Unimed-BH, salienta que comprovado ou n�o a rela��o entre os surtos e o uso indiscriminado da ivermectina, a doen�a pode causar aumento da mortalidade em crian�as – devido �s infec��es secund�rias – al�m dos riscos � sa�de da popula��o em geral. 

Al�m do aumento da dosagem e uso repetitivo da Ivermectina, condi��es clim�ticas e socioecon�micas tamb�m podem ter contribu�do para a evolu��o do parasita. Por se tratar de uma condi��o extremamente contagiosa, � essencial ficar atento aos h�bitos de higiene, as pessoas que moram no mesmo domic�lio ou as pessoas com quem se convive.

“N�o adianta nada tratar s� o doente em si e n�o tratar a comunidade em que se vive, ou as pessoas com quem se convive. Tamb�m n�o adianta fazer o tratamento, tomar rem�dios, usar pomadas, e n�o mudar os h�bitos de higiene”, explica a m�dica. 

Para prevenir a escabiose, � necess�rio lavar as roupas, pass�-las, tomar banho diariamente, trocar e higienizar as roupas de cama. J� para trat�-la, existem dois tipos de tratamento: o t�pico, que consiste em administrar o medicamento diretamente sobre a les�o cut�nea, e o tratamento via oral. Vale lembrar que um n�o exclui o outro, tudo vai depender do estado de avan�o da infec��o. 


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