Subst�ncia defendida pelo presidente Jair Bolsonaro e profissionais de sa�de que preconizam o chamado tratamento precoce para enfrentamento da COVID-19, a hidroxicloroquina � alvo de mais uma pesquisa, conduzida no Brasil, para verifica��o de como poderia agir para combater o v�rus.
O estudo corrobora o que vem sendo difundido por outros especialistas que atentam para sua inefic�cia nesses casos, ao comprovar que a hidroxicloroquina n�o tem benef�cio algum como profilaxia nem antes nem depois da exposi��o ao coronav�rus.
O levantamento considerou pacientes n�o hospitalizados e os que precisaram de interna��o. O peri�dico regional das Am�ricas do The Lancet publicou o estudo no �ltimo s�bado (28/8).
O material foi desenvolvido a partir de 14 ensaios cl�nicos randomizados, cegos e controlados por placebo: o medicamento foi aplicado em quatro ensaios do perfil pr�-exposi��o, em dois ensaios em pessoas como p�s-exposi��o ao v�rus, tr�s ensaios em pessoas n�o hospitalizadas que receberam a subst�ncia, tamb�m ministrada em outros cinco ensaios para pacientes internados. Ao todo, a an�lise agrupou mais de 5,7 mil indiv�duos.
Entre as conclus�es, a afirma��o de que o rem�dio n�o reduziu riscos de complica��es entre participantes que o receberam como pr�-exposi��o, como aconteceu com o recorte para p�s-exposi��o. Tamb�m n�o houve diminui��o no risco de hospitaliza��o para pacientes ambulatoriais e nem de morte entre os internados.
Na verdade, os autores descrevem aumento no risco para quaisquer eventos adversos e sintomas gastrointestinais no grupo que recebeu a hidroxicloroquina. Ainda assim, os pesquisadores ponderam que o trabalho tem suas limita��es, j� que incluiu estudos interrompidos precocemente.