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Estado de Minas H� luz no fim do t�nel

Butantan detalha dados sobre efic�cia da Coronavac

Instituto divulgou informa��es mais completas sobre os resultados do estudo que avalia a vacina contra a COVID-19 produzida no Brasil


14/01/2021 13:25 - atualizado 14/01/2021 16:14

(foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
(foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)

Depois de informar 78% de efic�cia da Coronavac, se levadas em conta manifesta��es leves, moderadas e graves da COVID-19, ainda com necessidade de assist�ncia m�dica, e 100% de resultados positivos em rela��o a casos graves e moderados, o Instituto Butantan divulgou a taxa de efic�cia geral do imunizante, de 50,38%. O �ndice agora anunciado considera todos os volunt�rios infectados pelo coronav�rus relacionados no estudo, e difere do informado anteriormente porque, na ocasi�o, se tratava de um recorte da pesquisa.

A vacina � desenvolvida pelo instituto no Brasil em parceria com a farmac�utica chinesa Sinovac, e consta com pedido de aprova��o de uso emergencial j� protocolado na Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa).

Mesmo com a taxa geral em patamar inferior ao que foi primeiro divulgado, a perspectiva � que n�o influa negativamente na aprova��o da vacina pela ag�ncia, que determina efic�cia de, no m�nimo, 50%.

O mecanismo da Coronavac � a partir da inocula��o de v�rus inativados. Segundo o epidemiologista do Hermes Pardini e professor da Faculdade da Sa�de e Ecologia Humana (Faseh) Jos� Geraldo Leite Ribeiro, para realizar os testes, os volunt�rios s�o elencados em dois grupos, um que recebeu a vacina, outro que n�o (o chamado placebo). Acompanhando, medindo e comparando quantos adoeceram, sem ou com a vacina, se chega ao grau de prote��o.

E, agora, o Butantan detalhou a pesquisa comparando os volunt�rios que receberam a vacina e os que receberam placebo. Considerando o grupo que n�o recebeu a vacina (placebo), 3,6% dos volunt�rios contra�ram a COVID-19 e, entre esses, 81,5% tiveram a forma muito leve da doen�a, sem necessidade de atendimento m�dico, e 18,5% manifestaram a vers�o leve, moderada ou grave.

"Esse dado reflete o que � o coronav�rus na pr�tica, o pr�prio perfil da doen�a. Se n�o tem vacina, acontece o mesmo comportamento do v�rus em si: um n�mero maior de infectados com a forma leve, e um percentual bem menor com a forma grave. Todo v�rus � assim", elucida Jos� Geraldo.

Ele tra�a um paralelo com a febre amarela em que, geralmente, entre o total de casos, 15% dos pacientes manifestam as vers�es graves da virose. "O principal a levar em conta s�o os fatores de risco de predisp�em aos quadros mais severos", diz o especialista.

Nos dados divulgados pelo Butantan, entre o grupo que recebeu a vacina, 1,8% dos volunt�rios tiveram a COVID-19, dentre 92% que apresentaram a forma muito leve, sem necessidade de atendimento m�dico, e 8% tiveram a vers�o leve da doen�a, com necessidade de atendimento m�dico, mas sem interna��o.

"O resultado para o grupo vacinado apresenta uma distribui��o diferente. N�o houve manifesta��o da forma grave. � uma previs�o sobre o que as vacinas s�o capazes de fazer", complementa o epidemiologista.

(foto: Janey Costa)
(foto: Janey Costa)

No Brasil, 12.508 volunt�rios participaram do estudo do Butantan, em 16 centros de pesquisa, e s�o profissionais de sa�de que atuam diretamente na luta contra a doen�a. A informa��o de 50,38% de efic�cia considera pessoas infectadas que manifestam sintomas leves, sem precisar de tratamento, at� os casos moderados e graves.

Volunt�rios que foram vacinados e tiveram a infec��o, mas s�o assintom�ticos, n�o aparecem no estudo do Butantan - a pesquisa n�o apresenta o c�lculo de efic�cia nesses casos.

Jos� Geraldo explica que todo estudo de fase 3 tem que considerar o que � defini��o de caso. No protocolo para iniciar a pesquisa, antes de elencar quem vai participar do estudo, � preciso determinar um recorte que leve em conta o que se tem como manifesta��o da doen�a. E isso � vari�vel.

"Se a pessoa teve febre, dor de cabe�a, dor no corpo, dificuldade respirat�ria, tosse, dor de garganta, se testou positivo. H� que se observar quais sintomas considerar. N�o devemos comparar estudos cl�nicos de fase 3 de vacinas diferentes, feitas em locais diferentes e com pessoas diferentes. Essas defini��es de caso n�o s�o iguais. Uma pesquisa pode definir os casos de forma mais ampla, para qualquer pessoa, e outra ser mais restritiva", ensina.

Para a Coronavac, o Butantan inclui v�rias defini��es de caso: qualquer pessoa com sintoma de COVID participa do teste, recebendo vacina ou placebo, excluindo apenas os assintom�ticos.

"Observando o �ndice de 50,38%, � uma vacina equiparada ao grau de prote��o da vacina da gripe. Atua principalmente nas formas graves, mas tamb�m ajuda nas formas leves. No caso da gripe, a efic�cia varia com a idade. Geralmente diminui para as formas leves com o avan�o da idade", diz Jos� Geraldo.

Para o epidemiologista, se o Brasil for capaz de realizar um bom plano de vacina��o, ainda no primeiro semestre, ser� importante para diminuir consultas m�dicas, interna��es em CTI, casos graves e mortes, mas ainda n�o ser� o bastante para barrar a circula��o do v�rus, em sua avalia��o. "N�o d� para abandonar todos os cuidados", finaliza.


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