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Estado de Minas SA�DE

COVID-19: Em busca do olfato perdido com a contamina��o pelo v�rus

Estudo aponta que nove em cada 10 pacientes com casos leves perdem olfato e paladar. Cura da COVID-19 n�o � suficiente para recobrar sentidos


14/01/2021 16:03 - atualizado 14/01/2021 16:33

(foto: Pixabay)
(foto: Pixabay)

Cerca de 86% dos pacientes infectados pelo novo coronav�rus e com quadros cl�nicos de COVID-19 considerados como leves perdem o olfato e o paladar durante o per�odo de contamina��o. Isso significa nove em cada 10 pacientes desse grupo.

Os dados s�o de um estudo publicado no Journal of Internal Medicine. Ainda segundo a pesquisa, os sentidos de grande maioria foram recobrados em at� seis meses, por�m, 5% das pessoas seguiram com dificuldades de sentir cheiros e gostos. 

O otorrinolaringologista Gilberto Ulson Pizarro, do Hospital Paulista, destaca que a pr�tica hospitalar tem apontado para uma constata��o: em alguns casos, a cura do COVID-19 n�o � o suficiente para amenizar a perda de olfato e paladar e fazer com que ela retorne � sua capacidade total.

“Em alguns casos, � necess�rio que o paciente seja submetido a tratamentos espec�ficos, como treinos para que olfato e paladar voltem � normalidade.” 

“Defici�ncias nesses sentidos s�o perigosas, pois podem gerar problemas relacionados a n�o percep��o de alimentos estragados, vazamentos de g�s, entre outras atividades t�o comuns em nosso dia a dia”, explica o m�dico, que relata j� ter recebido cerca de 180 pacientes no Ambulat�rio de Olfato e Paladar, criado no segundo semestre de 2020 pelo Hospital Paulista, para tratar casos de perda parcial ou total dos sentidos.  

“E isso at� dezembro. Destes, 4,5% tiveram anosmia (perda total) e 18%, microsmia (redu��o parcial). Os demais apresentaram r�pida recupera��o do olfato a partir do tratamento ou naturalmente, conforme se curavam da infec��o pelo novo coronav�rus”, aponta Gilberto Ulson.

O otorrinolaringologista afirma, tamb�m, que se a perda dos sentidos for tempor�ria, s�o utilizados apenas medicamentos. No entanto, se o problema persistir, � poss�vel administrar um tratamento utilizado mundialmente, conhecido como Treinamento Olfat�rio.  

“Neste tipo de tratamento, n�o h� melhora imediata. � preciso que o paciente saiba disso, persista e n�o desanime ou desista. Ele deve encarar como uma fisioterapia olfat�ria. Por�m, � importante saber que existem diferentes testes para diagnosticar altera��es do olfato, sendo de fundamental import�ncia contar com uma avalia��o correta e, de prefer�ncia, precoce, a fim de aumentar as chances de reverter o quadro.” 
 

"Defici�ncias nesses sentidos s�o perigosas, pois podem gerar problemas relacionados � n�o percep��o de alimentos estragados, vazamentos de g�s, dentre outras atividades t�o comuns em nosso dia a dia"

Gilberto Ulson Pizarro, otorrinolaringologista do Hospital Paulista

 

Segundo ele, qualquer altera��o no olfato deve ser considerada como um alerta, haja vista a import�ncia desse sentido para detectar situa��es de perigo. “Al�m disso, ele � fundamental para gerar qualidade de vida e bem-estar, como o prazer em sentir cheiro de perfumes e comidas”, diz. 

O estudo aponta que o alto �ndice de perda de olfato e paladar se d� somente em casos considerados leves. Em pacientes com sintomas moderados a graves, apenas 4% ou 7% das pessoas perderam a capacidade de sentir cheiros e sabores. 

*Estagi�ria sob a supervis�o da editora Teresa Caram 


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