(none) || (none)
Publicidade

Estado de Minas SA�DE

COVID-19: vacina mineira da UFV entra em fase de testes

A candidata a imunizante contra o novo coronav�rus est� sendo produzida pela Universidade Federal de Vi�osa. Outras duas vacinas est�o em estudo na institui��o


14/01/2021 14:00 - atualizado 14/01/2021 14:24

(foto: Daniel Sotto Maior/Divulgação)
(foto: Daniel Sotto Maior/Divulga��o)

Uma das candidatas a vacina contra a COVID-19, a imunizante produzida pela Universidade Federal de Vi�osa (UFV), entrar� em fase de testes em breve, mais precisamente nos pr�ximos dias, segundo o coordenador do projeto do estudo mineiro, S�rgio Oliveira de Paula, do Departamento de Biologia Geral da institui��o. A princ�pio, os testes ser�o feitos em animais de laborat�rios para checar a indu��o de uma resposta imune protetora capaz de inibir o v�rus Sars-Cov-2. 

Para isso, o candidato vacinal ser� enviado para os laborat�rios da Fiocruz de Pernambuco, onde ser�o conduzidos os primeiros testes em organismos vivos.

“Constru�mos essa vacina por meio do uso de tecnologias de engenharia gen�tica. E, embora n�o tenha o genoma viral, essa part�cula tem capacidade de induzir a resposta imune, gerando anticorpos que proteger�o os indiv�duos de futuras infec��es. A chamamos de VLP – v�rus like particle, na sigla em ingl�s.” 

“Al�m disso, conclu�mos o desenvolvimento dessa candidata a imunizante a uma part�cula viral parecida com o v�rus que poder� servir para criar uma nova vacina, testes sorol�gicos para detec��o da COVID-19 e estudos sobre o impacto do novo coronav�rus no organismo humano”, pontua o pesquisador, que destaca, ainda, o fato de que a Fiocruz da Bahia tamb�m receber� essas VLPs para, justamente, conduzir estudos os quais objetivam entender o desenvolvimento e evolu��o da doen�a em si. 

Outras duas vacinas est�o sendo desenvolvidas pela Universidade Federal de Vi�osa (UVF): a vacina atenuada e a de subunidade proteica. A primeira delas � a quimera vacinal, que tem como base a vacina de febre amarela, na qual a prote�na S do novo coronav�rus ser� inserida.

“Esta pesquisa est� na fase de constru��o g�nica, que � justamente quando os peda�os do v�rus est�o sendo inseridos, por pesquisadores, na vacina da febre amarela.”
 
(foto: Daniel Sotto Maior/Divulgação)
(foto: Daniel Sotto Maior/Divulga��o)
 

“J� o terceiro candidato vacinal se trata de uma vacina de subunidade, na qual a prote�na S do Sars-Cov-2 foi adicionada em um fungo. Esse projeto est� na fase de indu��o desse fungo”, explica S�rgio Oliveira.

Segundo o especialista do Departamento de Biologia da UFV, todos esses projetos foram iniciados ao mesmo tempo, no fim de agosto do ano passado, quando o Minist�rio da Ci�ncia e Tecnologia abriu editais para financiamento de pesquisas. 

Para al�m dos benef�cios de imuniza��o em massa, S�rgio Oliveira destaca a import�ncia de duas dessas vacinas na aplica��o em pacientes imunossuprimidos. “Essas tr�s abordagens ser�o de fundamental import�ncia, pois permitir�o o desenvolvimento de tr�s tipos de vacinas de ampla cobertura populacional. Isso porque a vacina de subunidade e a VLP poder�o ser utilizadas em pacientes imunossuprimidos e em tratamento de c�ncer ou doen�as autoimunes”, diz. 
 

"O dom�nio dessas tecnologias � o pilar para o desenvolvimento cada vez mais r�pido de vacinas, de forma que possamos lidar tanto com muta��es quanto com o aparecimento de novas enfermidades de forma r�pida e segura, podendo produzir uma nova vacina em meses. E, como resultado esperado, pretendemos ter um imunizante seguro e eficaz, de r�pida avalia��o em testes pr�vios para distribui��o no Sistema �nico de Sa�de (SUS)"

S�rgio Oliveira de Paula, coordenador da pesquisa

 

A previs�o � de que a vacina VLP esteja pronta o mais r�pido poss�vel. Enquanto isso, o pesquisador acredita que os testes laboratoriais das demais imunizantes devem demorar mais seis meses para serem finalizados. Por�m, segundo ele, o pr�ximo passo, o de testagem cl�nica, � um pouco mais complexo, haja vista a necessidade de que uma associa��o com ind�strias farmac�uticas seja feita em prol da testagem de efic�cia e seguran�a em massa.

“S�o etapas car�ssimas e essa intera��o entre o p�blico e o privado, ou seja, entre os institutos de pesquisa/universidades e ind�strias farmac�uticas multinacionais, vem funcionando bem.” 

“Mas precisamos de incentivos para a pesquisa e para o desenvolvimento da ci�ncia. Necessitamos de verbas para desenvolver estes produtos, as tecnologias que resultam em vacinas e para a forma��o de futuros pesquisadores que conduzir�o esses trabalhos em um futuro pr�ximo. N�s, Brasil, temos know-how – conhecimento e habilidades profissionais t�cnicas e cient�ficas – em muito pouco tempo (meses). N�s, da UFV, por exemplo, j� progredimos muito com o desenvolvimento desses candidatos vacinais”, destaca. 

ESPERAN�A 


Para S�rgio Oliveira, o desenvolvimento dessas vacinas � de fundamental import�ncia tanto para universidades brasileiras quanto para os institutos de pesquisa. E isso porque, segundo ele, al�m de essa ser uma forma de evidenciar a import�ncia dessas unidades na forma��o pessoal qualificada do pa�s, aponta para o desenvolvimento de vacinas e novas drogas capazes de acabar ou minimizar pandemias – em destaque a atual, a de COVID-19. 
 
(foto: Daniel Sotto Maior/Divulgação)
(foto: Daniel Sotto Maior/Divulga��o)
 

“Essas vacinas t�m total capacidade de apresentar resultados muito promissores, e temos total condi��es de desenvolv�-la integralmente no Brasil, o que pode contribuir, e muito, com o esfor�o mundial feito atualmente. Lembrando que o nosso pa�s � uma das maiores refer�ncias no globo em produ��o de vacinas. E isso pode contribuir muito com o que precisar� ser feito pelo mundo em rela��o ao desenvolvimento de imunizantes contra doen�as que tendem a aparecer com uma certa frequ�ncia a partir do momento em que h� um desequil�brio ambiental muito grande”, frisa. 

Ainda, de acordo com o pesquisador, a capacidade de o Brasil produzir a vacina em sua totalidade pode agilizar muito a vacina��o futura. “O dom�nio dessas tecnologias � o pilar para o desenvolvimento cada vez mais r�pido de vacinas, de forma que possamos lidar tanto com muta��es quanto com o aparecimento de novas enfermidades de forma r�pida e segura, podendo produzir uma nova vacina em meses. E, como resultado esperado, pretendemos ter um imunizante seguro e eficaz, de r�pida avalia��o em testes pr�vios para distribui��o no Sistema �nico de Sa�de (SUS)”, diz. 
 
Equipe da Universidade Federal de Viçosa (UFV) responsável pelo desenvolvimento das vacinas. À esquerda, o coordenador da pesquisa Sérgio Oliveira de Paula(foto: Daniel Sotto Maior/Divulgação)
Equipe da Universidade Federal de Vi�osa (UFV) respons�vel pelo desenvolvimento das vacinas. � esquerda, o coordenador da pesquisa S�rgio Oliveira de Paula (foto: Daniel Sotto Maior/Divulga��o)
 

*Estagi�ria sob a supervis�o da editora Teresa Caram 


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)