
Manter o acompanhamento m�dico e os famosos check-ups em dia � sempre recomendado. E, em meio � pandemia de COVID-19, esse assunto ganhou ainda mais destaque. Mas por que isso se faz ainda mais importante e necess�rio aos pacientes infectados pelo novo coronav�rus, sejam eles curados ou em tratamento?
Segundo o cardiologista membro da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) Augusto Vilela, isso se justifica pelo fato de a doen�a deixar sequelas no organismo do contaminado pelo v�rus. “Em decorr�ncias da COVID-19, os pacientes podem apresentar problemas de sa�de neurol�gicos e, principalmente, cardiovasculares. Muitos deles, inclusive, apresentam no p�s-COVID quadros cl�nicos de trombose, embolia pulmonar e miocardite, uma inflama��o do m�sculo do cora��o.”
Nesse cen�rio, Augusto Vilela destaca que pacientes considerados como do grupo de risco, como idosos e pessoas com alguma comorbidade, por exemplo, devem ter cuidados redobrados em raz�o da j� doen�a de base. Isso porque essa patologia pr�-existente pode se descompensar, causando danos graves � sa�de. “Pessoas obesas tamb�m devem manter o alerta ligado.”
“J� os pacientes que se curaram da COVID-19, mas antes levavam uma vida saud�vel e livre de comorbidades n�o chegam a se tornar parte do grupo de risco, mas sim o que chamamos de grupo de aten��o. E o acompanhamento m�dico, neste ponto, � muito importante para que se mensure os danos a m�dio e longo prazo, que ainda s�o desconhecidos”, completa o cardiologista membro da SBC.
Augusto Vilela afirma ser importante, para al�m do acompanhamento m�dico, manter a periodicidade preventiva. De acordo com o especialista, logo no primeiro m�s ap�s a contamina��o e consequente cura a assist�ncia m�dica j� deve ser buscada. Assim sendo, a partir da avalia��o m�dica e exames feitos, a melhor frequ�ncia deve ser estabelecida, podendo variar, a princ�pio, em per�odos de tr�s em tr�s meses ou de seis em seis.

“� crucial que os pacientes sigam as orienta��es m�dicas, fa�am reabilita��o cardiopulmonar – no caso dos pacientes que foram intubados – e fisioterapia para restabelecer a for�a e aptid�o f�sica. Ap�s a contamina��o e cura, � necess�rio, tamb�m, manter as medidas de precau��o, como m�scara, isolamento social e higieniza��o das m�os, porque se sabe que pode haver reinfec��o. Ou seja, se se contaminou uma vez, n�o quer dizer que j� pegou e acabou”, alerta.
*Estagi�ria sob a supervis�o da editora Teresa Caram