(none) || (none)
Publicidade

Estado de Minas COVID-19

Vacinas: saiba quais s�o as principais diferen�as entre elas

O professor e pesquisador da UFMG Fl�vio Fonseca explica ainda sobre as novas cepas virais e a efic�cia das vacinas contra a COVID-19


20/01/2021 19:16 - atualizado 20/01/2021 20:24

O professor e pesquisador da UFMG, Flávio Fonseca explica as principais questões sobre as vacinas contra a COVID-19(foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
O professor e pesquisador da UFMG, Fl�vio Fonseca explica as principais quest�es sobre as vacinas contra a COVID-19 (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
Com a aprova��o da Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa) para uso emergencial das vacinas contra a COVID-19 no Brasil, muitas pessoas come�aram a buscar informa��es sobre esses imunizantes. O professor e pesquisador da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Fl�vio Fonseca detalhou, nesta quarta-feira (20/1), as principais vacinas contra a doen�a, as diferen�as entre elas e a preocupa��o com as novas cepas que t�m surgido. 
 
 

Principais vacinas e diferen�as entre elas


Membro do comit� permanente de enfrentamento do coronav�rus da UFMG, Fl�vio Guimar�es da Fonseca destaca que j� existem oito vacinas aprovadas para uso emergencial e duas para uso pleno no mundo. “Vamos chegar em um momento de poder ‘escolher’ aquela mais adequada para cada situa��o. E vamos ter uma oferta muito grande de imun�genos, o que nos enche de esperan�a.” 

Fonseca ressalta que as vacinas contra a COVID-19 foram produzidas e licenciadas em tempo recorde. “A crise que vivemos, a emerg�ncia sanit�ria que a gente vive, requer medidas de acelera��o que a gente n�o viveu em um passado recente e isso contribui para a acelera��o.” Al�m disso, ele acrescenta que os avan�os tecnol�gicos da ci�ncia tamb�m contribu�ram para isso. 

Ele come�ou explicando sobre as vacinas de vetor viral, como a de Oxford/Astrazeneca, Sputnik V e a da Janssen. “O adenov�rus leva um peda�o do coronav�rus para dentro das c�lulas, produz prote�nas, gerando anticorpos e c�lulas de defesa chamadas linf�citos.” 

Em seguida, tratou sobre a efic�cia de algumas vacinas, dosagem, armazenamento e em que locais do mundo elas est�o sendo aplicadas. Fonseca tamb�m explicou os principais problemas que esse tipo de vacina pode trazer. “A imunidade contra o pr�prio vetor pode ser um problema no futuro, al�m de ser uma vacina n�o previamente testada em seres humanos. J� as vantagens s�o a facilidade de fabrica��o, aus�ncia de efeitos adversos graves nos testes e efic�cia em idosos, que � um dos grupos priorit�rios.” 

Outro grupo de vacinas � o de v�rus inativado. “Ele n�o tem a capacidade de entrar nas c�lulas, como no primeiro grupo. Precisa ser ‘engolido’, digerido e apresentado para outras c�lulas do sistema imunol�gico, como linf�citos T e B. � uma c�lula que produz muito anticorpo.” O exemplo de uma vacina que usa essa estrat�gia � a CoronaVac, aprovada para uso emergencial pela Anvisa no domingo (17/1). 

Segundo Fonseca, esse tipo de vacina tem alta efic�cia comprovada em seres humanos e aus�ncia de efeitos adversos graves nos testes. Mas, seu principal problema � que, para ser produzida, precisa de laborat�rios de biosseguran�a NB3. “N�o � um laborat�rio f�cil de ser constru�do, n�o � uma estrutura trivial. Al�m disso, tem uma indu��o moderada de anticorpos e pouca resposta celular.”  

E o �ltimo grupo s�o as vacinas de RNA. “O RNA entra nas c�lulas, � transformado em prote�nas, que s�o apresentadas para o sistema imunol�gico da pessoa, gerando anticorpos e c�lulas de defesa”. Exemplos de vacina que usam essa t�cnica s�o a da Pfizer/Biotec e a da Moderna. Seus principais problemas s�o a log�stica de armazenamento e transporte ultra-fria e a tecnologia n�o testada previamente em humanos. Em contrapartida, � uma vacina de f�cil fabrica��o e com aus�ncia de efeitos adversos graves nos testes. 

Muta��es podem afetar a efic�cia das vacinas?


“A muta��o � esperada. O coronav�rus � at� mais est�vel que o v�rus da gripe, mas ele tamb�m sofre muta��es.” O pesquisador explica que as muta��es mais importantes est�o concentradas no gene que codifica a prote�na Spike, que � a prote�na de superf�cie do v�rus. “Ela � a mais importante, neste contexto que estamos discutindo hoje, porque muta��es nesta prote�na, acabem n�o reconhecendo mais ela.”

De acordo com Fonseca, as muta��es que existem at� agora n�o s�o suficientes para conferir resist�ncia desses v�rus �s vacinas que est�o sendo testadas no mundo. “Mas o ac�mulo constante dessas muta��es � um risco real para a efic�cia dessas vacinas”, explicou. 

 
*Estagi�ria sob supervis�o  da editora assistente Vera Schmitz


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)