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Estado de Minas SA�DE

COVID-19: Maior estudo epidemiol�gico no Brasil chega � fase final

A pesquisa faz parte do projeto EPICOVID-19 BR e tem como objetivo avaliar e quantificar o perfil dos infectados pelo novo coronav�rus no pa�s


27/01/2021 15:29 - atualizado 27/01/2021 17:41

(foto: Pixabay)
(foto: Pixabay)

O maior e mais abrangente estudo epidemiol�gico feito no pa�s sobre a COVID-19 chegou na sua reta final na ï¿½ltima segunda-feira (25/01). Conduzido em 133 munic�pios brasileiros ao longo de 2020, o  Inqu�rito Nacional de Soropreval�ncia de Acesso Expandido (EPICOVID-19 BR) agora est� na sua quinta e �ltima fase de testes. Ele tem como o objetivo tra�ar e quantificar o perfil de pessoas contaminadas pelo novo coronav�rus no Brasil. 

Segundo o coordenador da pesquisa, o professor Marcelo Burattini, da Escola Paulista de Medicina, da Universidade Federal de S�o Paulo (Unifesp), a ideia do estudo � exatamente medir a exposi��o da popula��o brasileira ao Sars-Cov-2 em v�rios mun�cipios por idade, g�nero, condi��o econ�mica, munic�pio e regi�o geogr�fica. Al�m disso, a pesquisa busca determinar o percentual de assintom�ticos, avaliar sintomas e letalidade e oferecer subs�dio para pol�ticas p�blicas e medidas de isolamento social.  

“Com base nessas medidas, podemos calcular por meio de modelos matem�ticos e outras t�cnicas o perfil de exposi��o e, assim, planejar medidas de controle da doen�a, inclusive na campanha de vacina��o. Justamente por isso, essa �ltima etapa – quinta e sexta fase unificadas – ocorre em um momento estrat�gico: ao fim do primeiro ano da ocorr�ncia da pandemia e antes da vacina��o em massa”, explica. 

Deste modo, a quinta fase do inqu�rito ocorrer� nos mesmos 133 mun�cipios. Cada um deles, ser� dividido em 25 setores censit�rios, nos quais ser�o selecionados oito domic�lios aleat�rios. Os participantes da pesquisa, ent�o, ter�o que responder um question�rio com 15 quest�es sobre escolaridade, cor da pele, atividade econ�mica e condi��es de sa�de, e todos os moradores ser�o testados para a identifica��o de anticorpos contra o Sars-Cov-2.  
 

"Em um projeto como esse, a nossa participa��o agrega, e muito, j� que estamos em grande parte do territ�rio nacional. Em quest�es de log�stica � muito positivo, pois damos condi��es de atendimento r�pido e estrat�gico. E isso � crucial, haja vista a import�ncia deste estudo como mobilizador no combate � doen�a e aliado para entender melhor sobre o v�rus e como ele se dissemina, o que � de extremo valor. Ser um parceiro nessa miss�o � muito importante."

 

Nessa parte do estudo, mais pessoas ser�o testadas. Outra novidade � na base da pesquisa: o tipo de amostra. “Nas primeiras etapas, foi usado um teste r�pido e n�o um de anticorpos totais em sangue e a pesquisa foi feita com apenas um morador por lar. Nessa etapa, estamos fazendo com todos os moradores dos domic�lios, tendo um aumento em torno de cinco vezes na amostra em rela��o as etapas anteriores. Isso vai nos permitir ter uma ideia espec�fica do padr�o de exposi��o ao v�rus da popula��o brasileira”, afirma o coordenador do estudo Marcelo Burattini. 

Com dura��o m�dia entre duas e tr�s semanas no colhimento de amostras, o estudo conta com a parceria do Grupo Pardini como laborat�rio refer�ncia da pesquisa. Posteriormente, tem-se a fase de an�lise de resultados, que deve se estender por alguns meses, ainda sem previs�o para t�rmino. Para Hernan Firpo, diretor de medicina personalizada do Hermes Pardini e respons�vel pelo laborat�rio do projeto, essa parceria tem dois grandes pilares: log�stica e miss�o. 

“Em um projeto como esse, a nossa participa��o agrega, e muito, j� que estamos em grande parte do territ�rio nacional. Em quest�es de log�stica � muito positivo, pois damos condi��es de atendimento r�pido e estrat�gico. E isso � crucial, haja vista a import�ncia deste estudo como mobilizador no combate � doen�a e aliado para entender melhor sobre o v�rus e como ele se dissemina, o que � de extremo valor. Ser um parceiro nessa miss�o � muito importante”, diz Firpo. 

BALAN�O 


At� aqui, quando se h� o in�cio da �ltima etapa de testagem da pesquisa, os resultados mostram que 60% dos quadros cl�nicos de COVID-19 apresentaram sintomas. Dos entrevistados com anticorpos contra o Sars-Cov-2, 58% deles declararam ter sentido dores de cabe�a, 57% altera��o de olfato ou paladar e 52,1% febre. Al�m disso, 47,7% relataram sinais de tosse e 44,1% epis�dios de dor do corpo. 

As amostras foram colhidas em domicílio. Na foto, Thainara da Silva Martins, de 20 anos, que participa da última fase do estudo em Cuiabá, Mato Grosso, e as enfermeiras responsáveis pela coleta(foto: Grupo Pardini/Divulgação)
As amostras foram colhidas em domic�lio. Na foto, Thainara da Silva Martins, de 20 anos, que participa da �ltima fase do estudo em Cuiab�, Mato Grosso, e as enfermeiras respons�veis pela coleta (foto: Grupo Pardini/Divulga��o)
Os resultados demonstraram, tamb�m, que, no per�odo que compreende o inqu�rito, “v�rias epidemias” estavam em curso no pa�s. Enquanto no Norte cerca de 10% da popula��o tinha ou j� havia contra�do o coronav�rus, no Sul esse percentual ficava em torno de 1%. Em todas as fases da pesquisa, os 20% mais pobres apresentaram o dobro do risco de infec��o em compara��o aos 20% mais ricos. No caso dos ind�genas, o risco de contrair a doen�a mostrou-se cinco vezes maior do que os brancos.    

Ainda, a pesquisa mostra que, nos primeiros inqu�ritos, houve uma preval�ncia m�dia de cont�gio de 3,8% no conjunto da popula��o da amostra. Nas quatro fases iniciais foram testadas quase 100.000 pessoas.  

*Estagi�ria sob a supervis�o do subeditor Jo�o Renato Faria


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