
O maior e mais abrangente estudo epidemiol�gico feito no pa�s sobre a COVID-19 chegou na sua reta final na �ltima segunda-feira (25/01). Conduzido em 133 munic�pios brasileiros ao longo de 2020, o Inqu�rito Nacional de Soropreval�ncia de Acesso Expandido (EPICOVID-19 BR) agora est� na sua quinta e �ltima fase de testes. Ele tem como o objetivo tra�ar e quantificar o perfil de pessoas contaminadas pelo novo coronav�rus no Brasil.
Segundo o coordenador da pesquisa, o professor Marcelo Burattini, da Escola Paulista de Medicina, da Universidade Federal de S�o Paulo (Unifesp), a ideia do estudo � exatamente medir a exposi��o da popula��o brasileira ao Sars-Cov-2 em v�rios mun�cipios por idade, g�nero, condi��o econ�mica, munic�pio e regi�o geogr�fica. Al�m disso, a pesquisa busca determinar o percentual de assintom�ticos, avaliar sintomas e letalidade e oferecer subs�dio para pol�ticas p�blicas e medidas de isolamento social.
“Com base nessas medidas, podemos calcular por meio de modelos matem�ticos e outras t�cnicas o perfil de exposi��o e, assim, planejar medidas de controle da doen�a, inclusive na campanha de vacina��o. Justamente por isso, essa �ltima etapa – quinta e sexta fase unificadas – ocorre em um momento estrat�gico: ao fim do primeiro ano da ocorr�ncia da pandemia e antes da vacina��o em massa”, explica.
Deste modo, a quinta fase do inqu�rito ocorrer� nos mesmos 133 mun�cipios. Cada um deles, ser� dividido em 25 setores censit�rios, nos quais ser�o selecionados oito domic�lios aleat�rios. Os participantes da pesquisa, ent�o, ter�o que responder um question�rio com 15 quest�es sobre escolaridade, cor da pele, atividade econ�mica e condi��es de sa�de, e todos os moradores ser�o testados para a identifica��o de anticorpos contra o Sars-Cov-2.
"Em um projeto como esse, a nossa participa��o agrega, e muito, j� que estamos em grande parte do territ�rio nacional. Em quest�es de log�stica � muito positivo, pois damos condi��es de atendimento r�pido e estrat�gico. E isso � crucial, haja vista a import�ncia deste estudo como mobilizador no combate � doen�a e aliado para entender melhor sobre o v�rus e como ele se dissemina, o que � de extremo valor. Ser um parceiro nessa miss�o � muito importante."
Nessa parte do estudo, mais pessoas ser�o testadas. Outra novidade � na base da pesquisa: o tipo de amostra. “Nas primeiras etapas, foi usado um teste r�pido e n�o um de anticorpos totais em sangue e a pesquisa foi feita com apenas um morador por lar. Nessa etapa, estamos fazendo com todos os moradores dos domic�lios, tendo um aumento em torno de cinco vezes na amostra em rela��o as etapas anteriores. Isso vai nos permitir ter uma ideia espec�fica do padr�o de exposi��o ao v�rus da popula��o brasileira”, afirma o coordenador do estudo Marcelo Burattini.
Com dura��o m�dia entre duas e tr�s semanas no colhimento de amostras, o estudo conta com a parceria do Grupo Pardini como laborat�rio refer�ncia da pesquisa. Posteriormente, tem-se a fase de an�lise de resultados, que deve se estender por alguns meses, ainda sem previs�o para t�rmino. Para Hernan Firpo, diretor de medicina personalizada do Hermes Pardini e respons�vel pelo laborat�rio do projeto, essa parceria tem dois grandes pilares: log�stica e miss�o.
“Em um projeto como esse, a nossa participa��o agrega, e muito, j� que estamos em grande parte do territ�rio nacional. Em quest�es de log�stica � muito positivo, pois damos condi��es de atendimento r�pido e estrat�gico. E isso � crucial, haja vista a import�ncia deste estudo como mobilizador no combate � doen�a e aliado para entender melhor sobre o v�rus e como ele se dissemina, o que � de extremo valor. Ser um parceiro nessa miss�o � muito importante”, diz Firpo.
BALAN�O
At� aqui, quando se h� o in�cio da �ltima etapa de testagem da pesquisa, os resultados mostram que 60% dos quadros cl�nicos de COVID-19 apresentaram sintomas. Dos entrevistados com anticorpos contra o Sars-Cov-2, 58% deles declararam ter sentido dores de cabe�a, 57% altera��o de olfato ou paladar e 52,1% febre. Al�m disso, 47,7% relataram sinais de tosse e 44,1% epis�dios de dor do corpo.

Ainda, a pesquisa mostra que, nos primeiros inqu�ritos, houve uma preval�ncia m�dia de cont�gio de 3,8% no conjunto da popula��o da amostra. Nas quatro fases iniciais foram testadas quase 100.000 pessoas.
*Estagi�ria sob a supervis�o do subeditor Jo�o Renato Faria