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Estado de Minas COVID-19

Vacina da Pfizer usada em Israel tem efic�cia de 85% ap�s uma dose

Resultado � obtido de duas a quatro semanas depois da aplica��o da vacina. Dados promissores foram observados em profissionais da �rea de sa�de


20/02/2021 11:22 - atualizado 20/02/2021 12:20

Acompanhamento teve início no dia 24 de janeiro, data em que a campanha de vacinação israelense começou(foto: Jack Guez/AFP )
Acompanhamento teve in�cio no dia 24 de janeiro, data em que a campanha de vacina��o israelense come�ou (foto: Jack Guez/AFP )
Israel � o pa�s com o maior n�mero de pessoas vacinadas contra a COVID-19 at� o momento e, aos poucos, come�am a surgir os primeiros resultados da campanha de imuniza��o. Um estudo publicado, ontem, na revista The Lancet, mostra que o imunizante desenvolvido pela empresa americana Pfizer e pelo grupo alem�o BioNTech, que foi escolhido para imunizar a popula��o israelense, obteve 85% de taxa de efic�cia ap�s duas semanas da aplica��o da primeira dose.

Os dados promissores foram observados em profissionais da �rea de sa�de do maior hospital da regi�o. Cientistas realizaram exames em 9.109 indiv�duos que trabalham no centro m�dico Sheba. O acompanhamento teve in�cio no dia 24 de janeiro, data em que a campanha de vacina��o israelense come�ou. Nesse per�odo, 7.214 receberam a primeira dose e 1.895, n�o. Ao todo, 170 pessoas (1,8% da amostra) foram infectadas pelo novo coronav�rus, sendo que 89 faziam parte do grupo que n�o foi vacinado.
Comparando as taxas de infec��o nos dois grupos e o momento em que houve os diagn�sticos da infec��o, os pesquisadores conclu�ram que a vacina foi 47% eficaz entre o primeiro e o 14° dia ap�s a aplica��o da primeira dose, e 85% entre o 15º e 28º dia. “De duas a quatro semanas depois da (primeira) dose, j� existe um forte �ndice de efic�cia, com uma redu��o de 85% dos casos sintom�ticos”, enfatiza Gili Regev-Yochay, coautora do artigo e pesquisadora da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, durante uma videoconfer�ncia realizada com jornalistas.

Os cientistas destacam que os resultados s�o extremamente positivos, mas � importante deixar claro que o estudo tem limita��es, j� que apenas os funcion�rios que apresentaram sintomas ou que estiveram em contato com pessoas contaminadas com o v�rus foram testados.

A necessidade de incluir idosos em an�lises futuras tamb�m � apontada por Deborah Dunn-Walters, professora de imunologia da Universidade de Surrey, no Reino Unido. “O trabalho foi feito com indiv�duos em idade produtiva. Ent�o, seria interessante ver uma pesquisa semelhante com pessoas mais velhas ap�s terem recebido uma dose da vacina”, afirmou, em entrevista � Ag�ncia France-Presse (AFP) de not�cias. Para a especialista, o resultado do estudo deve “tranquilizar a Inglaterra em sua decis�o de administrar a segunda dose desse imunizante 12 semanas depois da primeira aplica��o”.

Mais estudos

Os fabricantes orientam que a segunda dose do imunizante seja administrada tr�s semanas ap�s a primeira, mas, devido � falta do f�rmaco no mercado, alguns pa�ses t�m cogitado atrasar a �ltima aplica��o. Os cientistas destacam, no artigo divulgado na The Lancet, que os resultados apoiam “o adiamento da segunda dose em pa�ses que enfrentam escassez de vacinas e recursos, de modo a permitir uma cobertura maior da popula��o com uma �nica dose”.

Mas os autores do texto ressaltam que estudos de acompanhamento que avaliam a efic�cia a longo prazo do uso de uma �nica dose precisam ser feitos para esclarecer essa quest�o. “N�o estou dizendo que n�o precisamos da segunda dose, mas simplesmente que j� estamos vendo efeitos com a primeira”, enfatiza Gili Regev-Yochay.

Apesar da vacina j� ter apresentado uma alta efic�cia na prote��o contra a COVID-19, especialistas destacam que a “grande pergunta” ainda � saber se o uso do imunizante reduz tamb�m a transmiss�o do v�rus. “Estamos trabalhando nisso (...) e esperamos ter boas not�cias em breve”, diz a coautora do estudo.

Em Israel, autoridades afirmam que o alto percentual de pessoas vacinadas j� est� contribuindo para a redu��o dos casos da enfermidade. At� o momento, 4,23 milh�es de pessoas (47% da popula��o) foram vacinadas com a primeira dose do imunizante da Pfizer, e 2,85 milh�es (32%) receberam a segunda dose, segundo o Minist�rio da Sa�de.

O cen�rio promissor tamb�m � percebido por especialistas de fora. Na �ltima quinta-feira, o vice-diretor da Organiza��o Pan-Americana da Sa�de (Opas), Jarbas Barbosa, disse que o pa�s provavelmente ser� o primeiro a obter imunidade coletiva contra a COVID-19. “No caso da COVID-19, acredita-se que vamos ter que atingir pelo menos 70% da popula��o vacinada para pensar em controlar a transmiss�o. Outros modelos falam de at� 90%”, frisou Barbosa. “Temos que ver o que acontece na vida real. Acho que Israel ser� o primeiro pa�s a atingir 70% e vamos observar o que acontece l�.”

Ajuste na temperatura

Em um comunicado enviado onte � Ag�ncia de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA, em ingl�s), a dupla Pfizer/BioNTech anunciou que n�o � mais necess�rio conservar o seu imunizante contra a COVID-19 em temperaturas pr�ximas a -70ºC, como foi indicado nos primeiros estudos com a vacina.

Segundo os desenvolvedores da f�rmula, ela pode ser mantida em refrigeradores hospitalares normais, que mant�m entre -25ºC e -15ºC, com uma dura��o de at� duas semanas — prazo tamb�m superior ao definido anteriormente, de cerca de cinco dias. “Essa mudan�a pode facilitar a gest�o da nossa vacina nas farm�cias e em centros de distribui��o”, afirma, em comunicado, Ugur Sahin, um dos fundadores da BioNTech.

Os dados enviados ao FDA precisam ser analisados para que a nova forma de armazenamento seja adotada. Se aprovada, a medida poder� expandir o uso do imunizante para uma s�rie de pa�ses, j� que as baixas temperaturas para a conserva��o da f�rmula s�o consideradas um grande obst�culo log�stico. “Essa nova op��o de armazenamento oferecer� maior flexibilidade na forma como administramos o fornecimento da vacina”, enfatiza Albert Boula, presidente e diretor executivo da Pfizer.


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