
A vacina produzida pela Pfizer/BioNTech contra a COVID-19 pode, sim, ser armazenada em freezers comuns. � o que aponta os novos dados apresentados pela farmac�utica � Food and Drug Administration (FDA), ag�ncia federal do Departamento de Sa�de e Servi�os Humanos dos Estados Unidos.
Segundo o novo relat�rio, o imunizante, antes com recomenda��o de armazenagem em temperaturas abaixo de 70 graus negativos, pode ser acondicionado em temperaturas em torno de 25 e 15 graus negativos – refrigeradores e freezers comuns – por cerca de duas semanas sem perda de efic�cia. Anteriormente, essa possibilidade era de apenas cinco dias.
Em comunicado oficial � imprensa, nesta sexta-feira (19), o CEO da Pfizer, Albert Bourla, destacou a import�ncia desses novos dados para uma campanha ainda maior de vacina��o contra a COVID-19.
“Agradecemos nossa colabora��o cont�nua com o FDA e o CDC (Controle de Doen�as Contagiosas) enquanto trabalhamos para garantir que a vacina possa ser enviada e armazenada em condi��es cada vez mais flex�veis. Se aprovada, esta nova op��o de armazenamento ofereceria �s farm�cias e centros de vacina��o maior flexibilidade na forma como gerenciam seu fornecimento de vacina.”
Ainda sem acordo entre o governo brasileiro e a farmac�utica para o uso do imunizante em solo brasileiro, haja vista, segundo argumentos apresentados pelo ministro da sa�de, Eduardo Pazuello, os moldes contratuais, a melhora na log�stica de armazenamento tende a facilitar um novo acordo e “abrir as portas” para uma campanha de vacina��o mais r�pida e eficiente. � o que afirma o infectologista Guenael Freire.
“Essa � uma not�cia excelente, pois significa que em at� duas semanas essas vacinas podem ser mantidas em freezers comuns, os quais temos em todo lugar – salas e cl�nicas de vacina��o e laborat�rios. Ent�o, facilita muito a log�stica e muda o cen�rio, embora com a necessidade de 70 graus negativos tamb�m n�o seja imposs�vel implantar o uso desse imunizante no pa�s, mesmo com a menor disponibilidade dos equipamentos, dispostos apenas em centros de pesquisa e universidades, com a defini��o de cidades polos”, aponta.
Apesar disso, Guenael reitera que os ultrafreezers, ainda sim, ser�o necess�rios para a estocagem, caso haja um acordo e a vacina seja adquirida pelo governo brasileiro.
“Saindo desse freezer, o imunizante fica congelado a –20°C e, assim, consegue levar a vacina para o Brasil todo. � uma vacina eficaz, muito boa e agora com a log�stica facilitada, o que pode ser muito importante para as campanhas. O governo ainda pode correr atr�s dessa vacina, e isso pode facilitar as coisas.”
“Saindo desse freezer, o imunizante fica congelado a –20°C e, assim, consegue levar a vacina para o Brasil todo. � uma vacina eficaz, muito boa e agora com a log�stica facilitada, o que pode ser muito importante para as campanhas. O governo ainda pode correr atr�s dessa vacina, e isso pode facilitar as coisas.”
A vacina contra a COVID-19 produzida pela Pfizer/BioNTech, do tipo RNA mensageiro, tem efic�cia vacinal de 92,6%, segundo dados do estudo preliminar realizado pelo Centro de Controle de Doen�as da Col�mbia Brit�nica (BCCDC), no Canad�. Ap�s a segunda dose, esse �ndice chega a 94%.
Por�m, segundo os pesquisadores do estudo, a efici�ncia registrada foi encontrada a partir da segunda semana da imuniza��o pela primeira dose, e ainda h� incerteza quanto a dura��o da prote��o com dose �nica.
Recentemente, a Pfizer apresentou � Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa) documentos para o registro da vacina contra COVID-19 no Brasil. Na noite dessa quinta-feira (18/2), em edi��o extra do Di�rio Oficial da Uni�o, o Certificado de Boas Pr�ticas de Fabrica��o (CBPF) referente ao processo de pedido foi publicado.
Isso n�o significa que o imunizante j� tem a libera��o para uso, mas sim que todas as etapas de boas pr�ticas, pr�-requisito para a autoriza��o do uso emergencial ou definitivo, foram cumpridas em sua totalidade.
*Estagi�ria sob a supervis�o da editora Teresa Caram