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Estado de Minas ALIMENTA��O

Alimenta��o saud�vel: um dos pilares da vida

Diante da oferta de alimentos prejudiciais � sa�de, cabe a cada um a responsabilidade de cuidar do que colocar no prato


28/02/2021 04:00 - atualizado 25/02/2021 11:57

 Alimentação equilibrada é a melhor escolha
Alimenta��o equilibrada � a melhor escolha (foto: Lukas Bieri/Pixabay )


N�o h� d�vida de que se alimentar bem tem a ver com escolhas e, porque n�o, amor-pr�prio. A nutricionista comportamental Juliana Nakabayashi avisa que a melhor forma de come�ar a transformar o h�bito alimentar para um consumo saud�vel � desejar mudar de forma consciente.

“Acredito que mudan�as pautadas no medo (de adoecer, de engordar, de envelhecer) s�o superficiais e n�o sustent�veis. H� de ter um desejo profundo de cuidar do corpo e da mente que n�o seja pautado em medo, e sim em vontade de estar na vida. Para assim poder trabalhar, exercitar, estudar, dormir e divertir em plenitude. E a alimenta��o � um dos pilares essenciais para que isso aconte�a.”

Juliana Nakabayashi associa alimenta��o com autoconhecimento, j� que comer com equil�brio deve ter um desejo mais profundo: “� iniciar uma jornada para dentro e buscar as respostas para as reflex�es: quais s�o os meus valores? O que me faz acordar todos os dias? O que me move? Como eu quero me sentir?. E a partir da� � encontrar uma alimenta��o equilibrada que tenha a ver com esses prop�sitos”.

A nutricionista avisa que � poss�vel equilibrar salada com batata frita, perfeitamente. Segundo ela, n�o h� mal algum em comer fritura. Tudo vai depender da frequ�ncia e da quantidade. A batata frita por si s� n�o diz muito. Como j� disseram, a diferen�a entre o veneno e o rem�dio � a dose.

A alimenta��o consciente n�o incentiva o consumo de alimentos ultraprocessados, mas tamb�m n�o condena se o seu consumo for espor�dico. “� sair do 8/80 e encontrar paz na alimenta��o. � seguir o caminho do meio.”
 

O avan�o da ind�stria aliment�cia n�o reduziu o problema da fome e aumentou o adoecimento desde o boom de oferta de alimentos ultraprocessados, que se multiplicaram trazendo comodidade e prazer imediato a baixo custo. � dif�cil vencer o marketing agressivo. A� nos resta contar com a atua��o das pol�ticas p�blicas. S� elas t�m o poder, por exemplo, de proibir propaganda de biscoito recheado e guloseimas nos intervalos de programas infantis ou dizer o que n�o pode ser vendido nas cantinas das escolas. E cabe aos cidad�os fazer o que est� ao seu alcance e cuidar do que vai para dentro de casa

Juliana Nakabayashi, nutricionista comportamental

Para Juliana Nakabayashi, criaram um problema que foi dividir alimentos em certos e errados. Permitidos e proibidos. Este pode, aquele n�o pode. “O que gera muito desejo pelo proibido e avers�o ao permitido. Com isso foi nascendo o nutricionismo, nutri��o com terrorismo, em que comer batata frita virou atestado de desleixo com a sa�de. Bons eram os tempos dos nossos av�s e bisav�s, que comiam de tudo, por�m com mais equil�brio. Eles estavam conectados com os sinais de fome e saciedade e respeitavam os alimentos que a natureza oferecia a cada esta��o.”

E a nutricionista continua. Para ela, a verdadeira nutri��o, aquela que enxerga o ser humano na sua totalidade, sabe que comer vai muito al�m de calorias, gorduras, carboidratos e prote�nas. N�o podemos deixar de considerar o fato emocional e social. H� muita emo��o e mem�ria afetiva no comer e n�o devemos deixar isso de lado, afirma.


AUTOCONHECIMENTO 


Conforme Juliana Nakabayashi, a maneira como cada um decide se alimentar passa tamb�m pelo autoconhecimento. � ele que vai permitir olhar em profundidade para o real motivo que nos faz comer. � encontrar o “para qu�” eu como do jeito que como.

“H� sempre ra�zes que movem os h�bitos alimentares. Desde a cultura alimentar da fam�lia e da regi�o em que moramos at� a forma como me coloco no mundo. Uma pessoa ansiosa, por exemplo, pode usar a comida para trazer al�vio em momentos de ansiedade. E a� a comida come�a a ser v�lvula de escape emocional."

Outra coisa importante que o autoconhecimento ajuda, segundo ela, � que mudar h�bitos n�o � m�gica, como muitos dizem. "Ah... � s� fechar a boca. S� cortar o a��car. S� comer salada com frango grelhado. N�o, n�o � verdade. Mudar h�bitos requer vontade, disciplina e const�ncia. E conhecer a n�s mesmos permite acessar as qualidades e habilidades que nos apoiar�o no processo de mudan�a. � identificar o que temos de bacana para apoiar o processo e tamb�m as limita��es e cren�as que atrapalham.”

Nutricionista Juliana Nakabayashi diz que é possível equilibrar salada com batata frita, perfeitamente, tudo depende da frequência e da quantidade
Nutricionista Juliana Nakabayashi diz que � poss�vel equilibrar salada com batata frita, perfeitamente, tudo depende da frequ�ncia e da quantidade (foto: Felipe Muller/Divulga��o)
Juliana Nakabayashi conta que uma vez atendeu uma senhora que j� tinha tentado de tudo, ido a v�rios nutricionistas e nunca mudava seus h�bitos alimentares. At� que seu neto nasceu e ela encontrou o motivo para baixar de peso.

“Ela queria poder sentar no ch�o e brincar com o neto e isso foi mais forte do que o prazer que sentia em fazer os lanches da noite. Usamos isso para iniciar o processo de mudan�as. Foi f�cil n�o. Tamb�m n�o foi dif�cil. Precisou de const�ncia e repeti��o, at� que jantar se tornou um h�bito. A fam�lia para ela era de um valor inestim�vel, e a� ela encontrou o 'para qu�' comer com equil�brio.”


FALSOS SAUD�VEIS 


Al�m de uma negocia��o interna, pr�pria, a batalha di�ria para adotar uma alimenta��o saud�vel tamb�m � contra os alimentos t�xicos, os que fazem mal � sa�de: “Esses alimentos s�o os ultraprocessados, que t�m estampado na etiqueta nomes como fit, 0%, light, 100% natural e muitas vezes, quando vamos ler o r�tulo, vemos que t�m pegadinhas. � que para carregar esses t�tulos citados foram adicionados neles aditivos alimentares como corantes, espessante, regulador de sabor, aroma artificial, para poder garantir bom sabor, textura, cor e durabilidade bem pr�ximos do original".

Por isso, a melhor forma � ler a lista de ingredientes. Se o produto aliment�cio tiver cinco ou mais ingredientes, � ultraprocessado. Ou seja, mesmo que diga que � um produto 100% saud�vel, se ultrapassar essa quantidade j� n�o � t�o saud�vel assim.

Segundo a especialista, uma outra forma de identificar os falsos saud�veis � ver se nessa lista tem nomes que n�o s�o alimento e voc� n�o faz ideia do que se trata. S�o nomes dif�ceis ou n�meros com letras.

Esses s�o os aditivos qu�micos, que est�o ali por interesse da ind�stria em tornar o produto mais atrativo, gostoso e dur�vel. Aquela frase desembale menos e descasque mais resume o que a nutri��o consciente ensina. � fazer com que a base das refei��es tenha mais alimentos do pomar e da horta do que da prateleira.


O NOVO R�TULO 


O novo rótulo
O novo r�tulo (foto: Reprodu��o Internet)


Em 8 de outubro 2020, a Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa) aprovou a nova norma RDC 429/2020 sobre os r�tulos nutricionais dos alimentos embalados e a Instru��o Normativa 75/2020 sobre os requisitos t�cnicos para declara��o da rotulagem nutricional. De acordo com a nova medida, as informa��es dever�o estar na parte frontal dos produtos, para uma melhor visualiza��o dos consumidores. Para esse novo r�tulo, foi desenvolvido um design de lupa para identificar o alto teor de tr�s nutrientes: a��cares adicionados, gorduras saturadas e s�dio. O s�mbolo dever� ser aplicado na frente do produto, na parte superior, por ser uma �rea facilmente capturada pelo olhar do consumidor. A tabela de informa��o nutricional tamb�m passar� por mudan�as. As informa��es ter�o apenas letras pretas e fundo branco. O objetivo � afastar a possibilidade de uso de contrates que atrapalhem a legibilidade das informa��es. E ser� obrigat�ria a identifica��o de a��cares totais e adicionais, a declara��o do valor energ�tico e nutricional por 100g ou 100ml, para ajudar na compara��o de produtos, e o n�mero de por��es por embalagem. Al�m de outras mudan�as. A mudan�a deve ocorrer a partir de outubro de 2022, quando a norma entrar� em vigor.



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