
A partir de abril deste ano, planos de sa�de passar�o a cobrir novos tratamentos e procedimentos, de acordo com o novo rol da Ag�ncia Nacional de Sa�de Suplementar (ANS), atualizado no fim de janeiro. Com a cobertura mais ampliada, ser� poss�vel utilizar as tecnologias modernas aprovadas pela Anvisa que, at� ent�o, eram praticamente inacess�veis.
O Rol n�o era atualizado desde 2018. Agora, das 185 tecnologias que ser�o avaliadas pela ANS, sendo 75 medicamentos, 46 j� foram inseridas na lista. S�o 19 novas tecnologias voltadas para doen�as onco-hematol�gicas e 17 imunobiol�gicos. A entrada desses medicamentos no sistema de sa�de suplementar possibilita novas alternativas de tratamento para pacientes.
Confira alguns tratamentos aprovados e que est�o no novo
C�ncer de pr�stata
Anteriormente, pacientes diagnosticados com c�ncer de pr�stata sem met�stase recebiam apenas tratamentos intravenosos, os �nicos que eram inseridos automaticamente no Rol da ANS ap�s a aprova��o da Anvisa e comercializa��o no pa�s. Em abril, novas terapias orais para esses casos ser�o inclu�das. Assim, espera-se atrasar o desenvolvimento da doen�a metast�tica e aumentar a expectativa de vida dos pacientes.
O Projeto de Lei 10.722/18, que visa ampliar o acesso da popula��o �s terapias orais, foi aprovado pelo Senado Federal e aguarda vota��o na C�mara dos Deputados. Se aprovado, depender� da assinatura do presidente Jair Bolsonaro.
A expectativa � favorecer mais 50 mil pacientes oncol�gicos que s�o atendidos pelos planos de sa�de do Brasil.
O c�ncer de pr�stata � o segundo mais comum entre os homens acima de 60 anos. Nos casos sem met�stase, a doen�a pode n�o apresentar sintomas. No entanto, se surgir met�stases, pode ocorrer dor �sseas, fraturas ou at� mesmo compress�o da coluna.
Psor�ase
Ao todo, sete novos medicamentos foram integrados ao Rol da ANS. Alguns desses j� s�o disponibilizados pelo Sistema �nico de Sa�de (SUS), mas ser� a primeira vez que a rede privada receber� esses medicamentos para tratamentos de casos moderados a grave de psor�ase.
As tecnologias permitir�o o acesso dos pacientes a terapias modernas e inovadoras que trazem bons resultados e reduzem de forma parcial ou total as les�es causadas pela doen�a. Cerca de tr�s milh�es de pessoas no pa�s t�m psor�ase e, para alguns, o �nico m�todo de tratamento � o uso de imunobiol�gicos.
Retocolite ulcerativa (RCU)
Tr�s imunobiol�gicos passar�o a ser utilizados pelos m�dicos para o tratamento das doen�as inflamat�rias intestinais (DIIs), que incluem a retocolite ulcerativa e a doen�a de Crohn. Os procedimentos v�o impedir o agravamento dos sintomas e a necessidade de uma poss�vel cirurgia.
As DIIs s�o doen�as cr�nicas que causam inflama��es no trato gastrointestinal. Os adultos e jovens s�o os mais atingidos. Nos casos mais graves, causam sangramentos e/ou muco nas fezes, perda excessiva de peso e anemia. A retocolite ulcerativa j� possu�a algumas op��es dispon�veis de imunobiol�gicos no SUS, mas nenhuma no Rol da ANS.
Leucemia
O uso de terapia-alvo, tratamento avan�ado no combate da Leucemia Linfoc�tica Cr�nica (LLC), foi um dos tratamentos aprovados. A amplia��o da obrigatoriedade tamb�m ser� feita para pacientes com doen�a reca�da ou refrat�ria.
A cobertura desse tratamento beneficia os idosos e/ou pessoas com comorbidades.
Os pacientes poder�o realizar terapias mais toleradas para as fases iniciais da doen�a, com respostas positivas.
A LLC � um c�ncer do sangue, de crescimento lento, que surge a partir de c�lulas B, um tipo de gl�bulo branco (linf�cito) que se origina na medula �ssea. Segundo dados do Instituto Nacional de C�ncer (INCA), foram estimados 10.810 novos casos de leucemia
em 2020.
Linfoma
Quimioterapias j� estavam dispon�veis para o tratamento do Linfoma de
C�lulas do Manto (LCM), mas agora a terapia-alvo oral faz parte do Rol da ANS. Entretanto, s� pacientes que j� realizaram outros procedimentos poder�o usufruir da novidade.
A ideia � melhorar a tolerabilidade e comodidade no tratamento. A doen�a � mais frequente em idosos acima de 60 anos e, quando n�o tratada, pode atingir outras partes do corpo. Em 2020, foram 12.030 casos de Linfoma, segundo o Instituto Nacional de C�ncer (INCA).
Outros procedimentos
Os planos tamb�m v�o cobrir as cirurgias sem interna��o, como a cirurgia endosc�pica da coluna, que exige pouco tempo de recupera��o. Vale ressaltar que as dores de coluna s�o uma das principais causas de afastamento de trabalhadores e pagamento de aux�lio doen�a.
Al�m do mais, ocupa a terceira posi��o na lista de causas de aposentadoria por invalidez. Portanto, a inclus�o desse tipo de cirurgia movimenta a economia no pa�s, visto que o tempo de recupera��o dos pacientes seria menor e n�o haveria a necessidade de prolongar o aux�lio doen�a.
Por outro lado, tamb�m viabiliza o acesso a esse tipo de tratamento que, antes da atualiza��o do Rol, custava caro e s� podia ser feito em rede particular.