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Estado de Minas Terapia contra o v�rus

Professores de dan�a se adaptam e retomam turmas por videoconfer�ncia

Ap�s sofrer interrup��o, devido ao isolamento social, aulas s�o ministradas on-line estimulando alunos a ganhar consci�ncia corporal


14/03/2021 04:00 - atualizado 13/03/2021 19:37

Não importa a idade, dançar é para todos(foto: bruce mars/Unsplash)
N�o importa a idade, dan�ar � para todos (foto: bruce mars/Unsplash)


A pandemia do novo coronav�rus sacrificou o ensino da dan�a, devido � necessidade do isolameto social como medida para conter a dissemina��o da COVID-19, mas a atividade tamb�m se adaptou ao ensino on-line. N�o foi uma adpta��o f�cil para a psic�loga Maria das Dores de Carvalho Nogueira, de 68 anos, que adotou a atividade h� 15 anos. Dora escolheu a dan�a flamenca, que remonta �s culturas cigana e mourisca, com influ�ncia �rabe e judaica, ritmo associado � regi�o da Andaluzia, na Espanha.

As aulas foram suspensas, em atendimento aos protocolos sanit�rios, at� que a escola se organizasse para os novos tempos. Com a pandemia, Dora conta que as aulas foram retomadas no modelo on-line. “No come�o, n�o quis, j� que me matriculei nas aulas para sair de casa, mas acabei aceitando e gostei. Ligo o computador e sigo minha aula normalmente. Temos at� uns instantes de bate-papo e fazemos os alongamentos. S� tem um defeito: n�o podemos nos abra�ar”, conta Dora Nogueira.

Dora Nogueira, de 68 anos, dança há 15 anos. Ela diz resistiu ao uso do computador até perceber que havia espaço, inclusive, para bate-papo (foto: Arquivo Pessoal)
Dora Nogueira, de 68 anos, dan�a h� 15 anos. Ela diz resistiu ao uso do computador at� perceber que havia espa�o, inclusive, para bate-papo (foto: Arquivo Pessoal)
A dan�a ajudou, e ajuda, muito a psicol�ga a interagir com pessoas, embora a dist�ncia, e a vencer os obst�culos que a pandemia imp�e. Dora revela ainda que, al�m do flamenco, ela passou a praticar a dan�a livre, com ritmos diferentes, como jazz, samba e xaxado. Ela cuida da m�e, Concei��o, de 92, que j� foi vacinada. Entre os benef�cios da dan�a, ela destaca a melhora da condi��o f�sica e da timidez. “Agora, at� me apresento em espa�os como shoppings e asilos. Antes, entrava no palco tremendo. Hoje, dan�o e n�o me importo se errar um passo. � s� continuar e formei um grupo de amigos.”

A bailarina, core�grafa e professora de flamenco Bella Lyra, que atua no programa de maturidade da Faculdade Est�cio-BH desde 2007, explica que as pessoas em idade madura procuram, e encontram, na dan�a bem-estar e a satisfa��o da necessidade de se movimentarem respeitando a limita��o de cada um. “A dan�a � tamb�m terap�utica. Em uma hora e meia de aula, quando era presencial, os problemas ficavam da porta para fora. Digo que � uma faxina mental. O pr�-requisito � ter 50 anos e tenho aluna de 90.”

No in�cio, houve medo do desafio (das aulas on-line), mas passado o per�odo de adapta��o, come�ou a dar certo. Entendemos que seria essencial para que as alunas n�o perdessem o lado social diante do isolamento

Bella Lyra, bailarina, core�grafa e professora de flamenco da Est�cio BH

A maioria dos alunos – 99,9% – s�o mulheres. Para Bella Lyra, o machismo se revela na baixa participa��o dos homens, al�m da timidez que os impede de dan�ar. Al�m da dan�a flamenca, que exige mais envolvimento, empenho e estudo, a maioria das alunas acaba se divertindo mais na dan�a livre, que trabalha mais o corpo e o condicionamento cardiorrespirat�rio, segundo a professora. “Para cada aula levo um ritmo, um est�mulo diferente”.
 
Diante da pandemia, Bella Lyra conta que o formato das aulas on-line sofreu resist�ncias. Algumas alunas desistiram das aulas, mas outras seguem firmes. “No in�cio, houve medo do desafio, muitas usam redes sociais e whatsapp com limita��o, mas passado o per�odo de adapta��o, quando come�ou a dar certo, entendemos que seria essencial para que n�o perdessem o lado social diante do isolamento”, afirma.

Bella Lyra, bailarina, coreógrafa e professora de flamenco da Estácio BHA, destaca que a dança é terapêutica, uma faxina mental(foto: Luís Bicalho/Divulgação)
Bella Lyra, bailarina, core�grafa e professora de flamenco da Est�cio BHA, destaca que a dan�a � terap�utica, uma faxina mental (foto: Lu�s Bicalho/Divulga��o)
A professora lembra que a dan�a proporciona a socializa��o, a intera��o e a chance de fazer amigos. At� mesmo o formato on-line de aulas permite momentos de comunica��o importantes e entrosamento. Outro desafio do modelo digital, que mostrou avan�o, como destaca, foi o ganho da consci�ncia corporal das alunas. “Na forma presencial, estou ali, junto dos alunos, e  ajudo a entender o movimento a cada passo. No ensino on-line, estou no comando, mas eles t�m de ser mais aut�nomos.”

Seja qual for  a idade e o local, a professa estimula as pessoas a procurarem seu ritmo e a explorar a dan�a. “Todos podem dan�ar, mesmo em casa, em qualquer lugar, at� no banheiro, debaixo do chuveiro. S� tenha aten��o e cuidado com o espa�o. Seguran�a acima de tudo.” 

Ela conta que muitos alunos come�am a dan�ar em per�odos dif�ceis da vida, quando lidam com perdas e a depress�o, mas com a pr�tica da dan�a descobrem novas forma de enfrentar os problemas e fazem amizades.
 

DAN�AR MELHORA A CAPACIDADE RESPIRAT�RIA 


Fernanda Parreiras � professora de dan�a em academias, ensinando zumba e fit dance. Na inf�ncia, ela se dividia entre as aulas de jazz e a gin�stica ol�mpica. A dan�a se tornou atividade constante e h� sete anos ela comanda salas de aula. “� a minha grande paix�o”, define.

Para a professora Fernanda Parreiras, a dança é para todos, não existe essa de
Para a professora Fernanda Parreiras, a dan�a � para todos, n�o existe essa de "eu n�o consigo" ou "n�o tenho ritmo" (foto: Arquivo Pessoal)


Ela tamb�m incentiva as pessoas a buscar o bem-estar promovido pela dan�a. “Percebo que muitas alunas iniciam as aulas t�midas, �s vezes tristes. Depois, saem com a autoestima elevada, energia no talo e sempre sorridentes. Sem contar que terminamos sempre suadas e descabeladas. Indico a dan�a tamb�m por ser uma atividade f�sica completa”, diz Fernanda.

Como indica��o, a professora explica que as aulas de zumba e fit dance s�o uma mistura de gin�stica com movimentos de dan�a embalados por ritmos variados, o que “melhora a capacidade respirat�ria, favorece a perda de peso, fortalece os m�sculos, al�m de ajudar no conv�vio social. A dan�a � para todos. N�o existe essa de 'eu n�o consigo', 'n�o tenho ritmo'. Com treino e dedica��o, � poss�vel se aprimorar e alcan�ar seus objetivos”, garante a professora, que tamb�m adotou o ensino digital. Com as medidas de isolamento, Fernanda passou a acompanhar as alunas por videoconfer�ncia.



AQUECIMENTO - COMO SE PREPARAR PARA DAN�AR 


Alongamento antes de dan�ar*


Laura Moraes, professora de dança do Playdance, apresenta programa na plataforma do Weburn Play (foto: Weburn Play/Divulgação)
Laura Moraes, professora de dan�a do Playdance, apresenta programa na plataforma do Weburn Play (foto: Weburn Play/Divulga��o)

  1. Alivia tens�es, como pr�tica de relaxar m�sculos, pesco�o e costas
  2.  Aumenta a for�a, por meio da flexibilidade, possibilita maior amplitude nos movimentos e o uso de mais fibras musculares
  3. Faz bem para a mente, estimulando a libera��o de serotonina, horm�nio que regula o humor
  4. Melhora a postura e desconfortos f�sicos
  5. Apoie as duas m�os atr�s da cabe�a e a traga para baixo sem for�ar, usando apenas o peso dos bra�os. Mantenha a posi��o por 20 segundos.
  6. Gire os ombros por alguns segundos para tr�s para relaxar as tens�es dessa regi�o. Inverta o movimento e gire os ombros para frente por mais alguns segundos
  7. Para alongar a coxa, apoie a m�o na cadeira e puxe uma perna de cada vez por 20 segundos
  8. Alongue a parte posterior das pernas apoiando as m�os sobre a cadeira e descendo devagar at� onde seu corpo permitir. Permane�a na posi��o por 20 segundos.
*Fonte: professora Laura Moraes (www.youtube.com/watchv?=cSVWttYoGwo)


CONHE�A UM POUCO DA HIST�RIA DA DAN�A


O movimento em capa �poca*
  • Dan�a primitiva:  era quase um instinto pela busca de sobreviv�ncia, alimentos, �gua e tamb�m uma forma de agradecimento � natureza.
  • No Egito: a dan�a era ritual�stica e tinha caracter�sticas sagradas. Dan�ava-se para os deuses, em casamentos e funerais.
  • Na Gr�cia: a dan�a originou-se de rituais religiosos e os gregos acreditavam no seu poder m�gico. Elas preparavam os guerreiros e sempre eram feitas em grupo e tinha import�ncia tamb�m no teatro.
  • Em Roma: a dan�a n�o era privilegiada e entra em decad�ncia.
  • No Romantismo: o termo romantismo � absorvido pelo bal�, que, at� ent�o, tratava de hist�rias de fadas, bruxas e feiticeiras. Os bailarinos come�am a usar sapatilhas, completando a revolu��o do bal�. Na segunda metade do s�culo 19, a norte-americana Angela Isadora Duncan, considerada a precursora da dan�a moderna, provoca uma renova��o ao propor movimentos mais livres, soltos e ligados � vida real.
  • Dan�a moderna: � uma nega��o da formalidade do bal�. Os movimentos corporais s�o mais explorados e incorpora um grande estudo das possibilidades motoras do corpo humano.
  • Dan�a contempor�nea: a contemporaneidade deixa de ter uma estrutura clara e se preocupa mais com a transmiss�o de conceitos, ideias e sentimentos do que com a est�tica. Ela surgiu na d�cada de 1960, como uma forma de protesto ou rompimento com a cultura cl�ssica. Nos anos 1980, desenvolveu linguagem pr�pria e os movimentos da dan�a moderna modificam o espa�o, usando n�o s� o palco como local de refer�ncia. Todos podem pratic�-la.
* Fonte: Secretaria da Educa��o do Paran� (Seed)



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