
No �ltimo s�bado (15/5), a atriz Eva Wilma morreu aos 87 anos em raz�o de um quadro de insufici�ncia respirat�ria em decorr�ncia de um c�ncer no ov�rio. Uma doen�a silenciosa, segundo o oncologista Am�ndio Fernandes, da Oncomed.
“O c�ncer de ov�rio � o segundo tumor maligno ginecol�gico mais comum. Por ser uma patologia que n�o apresenta sintomas em suas fases iniciais – por isso comumente chamada de ‘silenciosa’ – e porque n�o existem m�todos de rastreamento para seu diagn�stico em mulheres assintom�ticas, a maioria dos casos � diagnosticado em fases mais avan�adas.”
Frequentemente, os diagn�sticos s�o tardios, quando o c�ncer j� se disseminou para outros �rg�os da regi�o p�lvica e abdominal, tendo como consequ�ncia mais tem�vel e grave dessa evolu��o silenciosa o impacto nas chances de cura. Isso porque, com a doen�a em est�gios avan�ados, o tratamento � mais dif�cil, mais agressivo, com mais efeitos adversos e, tamb�m, com maior comprometimento da qualidade de vida da paciente.
O diagn�stico precoce � um grande aliado das mulheres com a doen�a. Isso porque o tratamento tende a ser menos agressivo e muitas vezes apenas cir�rgico, sem necessidade de tratamento sist�mico com quimioterapia. “H� ent�o uma grande possibilidade de cura, o que est� intimamente relacionado ao est�gio de evolu��o da doen�a e ao diagn�stico. Quando diagnosticado em est�gio inicial, a possibilidade de cura � em torno de 90%.”
“A maioria dos c�nceres de ov�rio, em torno de 90% a 95%, � de linhagem epitelial e a m�dia de idade da mulher ao diagn�stico � em torno de 60 anos. Outro tipo de c�ncer de ov�rio, que representa de 3% a 5% dos casos, s�o os tumores de c�lulas germinativas. Esses tipos de tumores, usualmente, afetam mulheres mais jovens e, se diagnosticados em est�gios mais avan�ados, podem interferir na gravidez”, completa Am�ndio Fernandes.
Entre os fatores de risco para o desenvolvimento do c�ncer de ov�rio est�o idade, infertilidade, menstrua��o precoce, menopausa tardia, nuliparidade (n�o ter gerado filhos), obesidade e tabagismo. Por�m, fatores gen�ticos tamb�m influenciam na probabilidade de acometimento pela doen�a.
“Muta��es de origem heredit�ria, em especial dos genes BRCA1 e BRCA2, est�o ligadas principalmente ao c�ncer de ov�rio, bem como ao c�ncer de mama”, explica o oncologista.
“Muta��es de origem heredit�ria, em especial dos genes BRCA1 e BRCA2, est�o ligadas principalmente ao c�ncer de ov�rio, bem como ao c�ncer de mama”, explica o oncologista.
FIQUE ATENTA AOS SINTOMAS
Haja vista o fato de o c�ncer de ov�rio ser silencioso, � de suma import�ncia que as mulheres estejam atentas ao menor sinal dado pelo corpo, ao mesmo passo que estejam alertas para o hist�rico familiar e situa��es que podem favorecer o surgimento da doen�a.
“Como os ov�rios s�o �rg�os pequenos que se localizam dentro da cavidade p�lvica que � grande, para que um ov�rio acometido pelo c�ncer seja percebido clinicamente como uma massa tumoral ou para que ele provoque sintomas � compress�o de �rg�os vizinhos (como altera��es intestinais ou dor) � preciso que ele esteja aumentado muitas vezes al�m do seu tamanho normal, ou seja, � preciso que a doen�a j� tenha evolu�do muito.”
� o que explica o especialista quanto a sintomatologia da doen�a e seu car�ter silencioso. N�o � toa, segundo Am�ndio Fernandes, entre 70% e 80% dos casos s�o diagnosticados em fases avan�adas. Por�m, alguns sintomas podem aparecer. “Os mais comuns s�o: dor e aumento do volume abdominal (massa abdominal), dor na pelve, sensa��o de plenitude g�strica, inapet�ncia, constipa��o intestinal ou diarreia e emagrecimento.”
“� importante observar que esses sintomas s�o comuns a v�rias outras doen�as, muitas delas mais comuns que o c�ncer de ov�rio, entretanto, as mulheres devem se conscientizar de que esses sinais e sintomas podem ser o alerta para um diagn�stico mais precoce.”
Uma outra problem�tica do c�ncer de ov�rio � que n�o h� exame de rastreamento da doen�a, ou seja, n�o existe um exame preventivo para esse tipo de tumor, como � o caso do Papanicolau, usado especificamente para detectar o c�ncer de colo uterino.
“A recomenda��o, ent�o, � que as mulheres n�o deixem de fazer os controles anuais no ginecologista, fiquem alertas aos sinais do corpo e estejam atentas � hist�ria familiar e situa��es que podem favorecer o surgimento da doen�a”, diz o m�dico da Oncomed.
“A recomenda��o, ent�o, � que as mulheres n�o deixem de fazer os controles anuais no ginecologista, fiquem alertas aos sinais do corpo e estejam atentas � hist�ria familiar e situa��es que podem favorecer o surgimento da doen�a”, diz o m�dico da Oncomed.
*Estagi�ria sob a supervis�o da editora Teresa Caram