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Estado de Minas EFEITOS DA PANDEMIA

COVID-19: profissionais de sa�de da linha de frente se sentem desamparados

Pesquisa aponta que trabalhadores est�o psicologicamente cansados com a falta de leitos, respiradores mec�nicos e poucos profissionais para atender � demanda


10/06/2021 14:56 - atualizado 10/06/2021 16:35

Profissionais no atendimento a pacientes com COVID-19, em Porto Alegre
Profissionais no atendimento a pacientes com COVID-19, em Porto Alegre (foto: SILVIO AVILA/AFP)
Pesquisa realizada com profissionais que atuam na linha de frente do combate � COVID-19 aponta que 89% deles est�o psicologicamente cansados. O levantamento, feito pela empresa de tecnologia e sa�de PEBMED,

buscou analisar quais s�o as maiores dificuldades que os profissionais da sa�de atuantes no combate ao coronav�rus enfrentam. 

A pesquisa concluiu que esses profissionais passam por dificuldades na disponibilidade de equipamentos, insumos e m�o de obra.

Dos entrevistados, 70,8% j� comunicaram sobre a indisponibilidade de leitos de UTI; 56,6% confirmaram que faltam respiradores mec�nicos; e 67,5% j� informaram que n�o t�m profissionais da sa�de suficientes para atender � demanda.

 

medo dos trabalhadores da linha de frente de infec��o e transmiss�o da COVID-19 tamb�m foi apurado na pesquisa Pandemia na Linha de Frente. Os dados mostram que 41,7% dos profissionais j� foram diagnosticados positivos para o coronav�rus e, desse total, 87,9% t�m medo da reinfec��o.

J� entre os que n�o foram contaminados pelo v�rus (58,3%), 86,1% t�m medo de se infectar. Entre todos os profissionais da linha de frente participantes, 97,2% temem levar o v�rus para casa.

 

A pesquisa Pandemia na Linha de Frente ouviu 4.398 profissionais de todo o pa�s  entre 29 de mar�o e 5 de abril. Do total, 2.239 afirmam que trabalham na linha de frente, sendo 1.013 m�dicos, 668  enfermeiros e 558 t�cnicos de enfermagem.

 

 

'Atua��o her�ica'

 

 

O co-fundador da PEBMED, Eduardo Moura, informou que diversos profissionais dizem se sentir esgotados f�sica e mentalmente. “Os dados levantados nessa pesquisa mostram como os profissionais da sa�de t�m se sacrificado para atender os pacientes com COVID-19, atuando de forma heroica em situa��es em que faltam leitos de UTI, equipamentos e m�o de obra. Esse sacrif�cio tem resultado em uma situa��o de extremo desgaste psicol�gico e f�sico para os profissionais da linha de frente", conta.

 

Em julho do ano passado, a PEBMED publicou a pesquisa Burnout durante a pandemia que avaliava os problemas entre os trabalhadores da sa�de e apontou que alguns fatores contribuem e aumentam as situa��es em que eles se encontram.

Depois de nove meses da realiza��o do levantamento, ainda � poss�vel identificar que os profissionais ainda sofrem e se sentem desamparados psicologicamente.

Moura destaque que 53,7% dos trabalhadores discordam que est�o se sentindo amparados psicologicamente durante o trabalho, quando se compara com os dados do ano passado.

 

Perfil dos profissionais da linha de frente participantes da pesquisa
(base: 2.239):

 

Homens: 30,6%
Mulheres: 69,4%


M�dia de idade: 37,5 anos

 

Atua��o: 

 

  • 44,4% em emerg�ncia ou pronto atendimento;
  • 26,5% em ambulat�rio (atendimento eletivo);
  • 23,1% em unidade de interna��o/enfermaria;
  • 23,1% em unidade de terapia intensiva (UTI/CTI);
  • 6% em transporte de pacientes (ambul�ncia);
  • 4,9% em servi�os de apoio (imagem, diagn�stico etc.).
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70,7% trabalham no sistema p�blico de sa�de;

29,3% trabalham no sistema privado de sa�de.

  

Distribui��o geogr�fica: 

 

 

  • Sudeste: 50,5%
  • Nordeste: 19,5%
  • Sul: 15,3%
  • Centro-Oeste: 8%
  • Norte: 7,1% 

 


A metodologia

 

A pesquisa Pandemia na Linha de Frente foi realizada por meio de um estudo transversal pela PEBMED, empresa de tecnologia e sa�de que produz conte�do para m�dicos da Afya Educacional, maior grupo de faculdades de medicina do Brasil. O levantamento possui autoavalia��o dos profissionais de sa�de e avalia��o de seus ambientes de trabalho. Os dados levantados com as respostas dos trabalhadores atuantes na linha de frente do combate ao coronav�rus (base: 2.239) t�m grau de confian�a de 95% e margem de erro de 2 pontos percentuais.

 

*Estagi�ria sob supervis�o da editora-assistente Vera Schmitz

 


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