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Estado de Minas COMPORTAMENTO

Exerc�cios em espa�os fechados: fa�a a escolha certa e consciente

A pratica da atividade f�sica � unanimidade. Liberada para espa�os fechados, o uso da m�scara � essencial e n�o � um impeditivo para se exercitar. � seguran�a


04/07/2021 04:00 - atualizado 02/07/2021 15:07

Além do uso da máscara, a higienização e ventilação do espaço são importantes(foto: Taco Fleur/Pixabay)
Al�m do uso da m�scara, a higieniza��o e ventila��o do espa�o s�o importantes (foto: Taco Fleur/Pixabay)

Se n�o for por um quadro cl�nico espec�fico, a pr�tica de atividade f�sica � uma das poucas coisas na vida em que n�o � poss�vel ser do contra.

H� quem goste, n�o vive sem, quem faz por obriga��o, mas fato � que todos t�m de se exercitar e podem come�ar mudando atitudes rotineiras: seja uma caminhada de meia hora por dia, trocar o elevador e as escadas rolantes por escadas, descer do �nibus um ou dois pontos antes do trabalho, trocar o carro pela bike...

Com os espa�os fechados liberados para voltar a funcionar, seja academias, est�dios de pilates, templos de medita��o, salas de dan�a, no atual cen�rio, ser� que vale arriscar? Marconi Gomes da Silva, m�dico cardiologista, especialista em medicina do exerc�cio e do esporte e diretor cl�nico da SPORTIF – Cl�nica do Exerc�cio e do Esporte, enfatiza que ficar sedent�rio � muito pior do que se manter fisicamente ativo.

Entretanto, colocar-se de maneira vulner�vel em locais de maior risco de cont�gio tamb�m � um problema, porque, embora a doen�a tenha curso benigno em mais de 80% dos casos, ela pode ter formas mais graves e moderadas, inclusive com interna��o em CTI e sequelas card�acas, pulmonares e de outros sistemas.

Ent�o, segundo Marconi Gomes, deve-se pesar a quest�o de onde vai treinar, se as medidas de distanciamento e prote��o (do local e dos outros) s�o seguidas. Se est� em um ambiente mais controlado, no qual de fato todos usam as m�scaras adequadas, h� toda a higieniza��o, espa�os fiscalizados e com as regras respeitadas, ele acredita que a balan�a favor�vel � fazer o exerc�cio porque se manter sedent�rio � muito pior, mesmo nestas condi��es de um risco aumentado de cont�gio.
 
(foto: Arquivo pessoal)
(foto: Arquivo pessoal)
 

Ficar sem se exercitar sempre � a pior escolha. � necess�rio fazer uma revis�o dos treinos, sobretudo para quem o faz com maior intensidade. Precisam se conscientizar, e sempre usem m�scara, hidrata��o individual em local afastado dos demais, repensem o ambiente e o hor�rio. Isso far� muita diferen�a para que cada um tenha um risco menor de contamina��o

Marconi Gomes da Silva, m�dico cardiologista e especialista em medicina do exerc�cio e do esporte

 
 
Marconi Gomes chama a aten��o para a escolha da m�scara em rela��o ao tipo de exerc�cio. “A rela��o � que, se a pessoa chega com uma m�scara desgastada pelo uso ao longo do dia na academia, o ideal � troc�-la. A depender do tipo de exerc�cio, uma m�scara pode ser usada at� o final da sess�o, sobretudo se for exerc�cio de for�a, como a muscula��o, porque o grau de sudorese � menor e a m�scara vai ser menos afetada no seu funcionamento e manter as propriedades filtrantes e de efic�cia.”

Se vai treinar a parte aer�bia, na academia ou em ambiente aberto, como sua bem mais, a m�scara pode ficar muito molhada e a respirabilidade da m�scara ser� afetada.

“A pessoa ter� dificuldade de expulsar o ar dos pulm�es, vai causar o que chamamos de compensa��o da pessoa para o exerc�cio proposto. Por isso, muitos abaixam a m�scara ou a colocam no queixo porque n�o a toleram, j� que necessitam exalar e puxar o ar para dentro. Assim, o praticante ter� resist�ncia nos dois sentidos com a m�scara molhada", explica.

"Nesse caso, vai entrar em fadiga, por isso a import�ncia de trocar a m�scara. Inclusive, pode haver necessidade de trocar de m�scara para ir para casa ou trabalho depois do exerc�cio f�sico por que ela pode ter perdido a funcionalidade. O seguro � ter de tr�s a quatro m�scaras quando for � academia para que esteja protegido e proteja os outros.”


HIPERVENTILA��O E FADIGA 


Gostando ou n�o de se exercitar, a m�scara � um problema e a quest�o � o quanto ela prejudica. O cardiologista explica que depende da intensidade do exerc�cio. Se ele for de leve a moderado, provavelmente a m�scara n�o ter� potencial para atrapalh�-lo.

Por�m, se est� disposto a treinar em alta intensidade, aula de crossfit, corrida indoor ou mesmo corrida de rua, a m�scara certamente vai atrapalhar porque ela j� � uma barreira e com o tempo se tornar� ainda mais bloqueante porque o suor far� com que ela umede�a e perca a respirabilidade. Da� a necessidade de usar mais de uma.

“� importante usar mais de uma, sen�o ter� dificuldade de respirar porque a musculatura vai fadigar rapidamente. Isso ocorre porque em exerc�cio de maior intensidade � preciso adaptar o corpo. Uma das formas � respirar mais rapidamente, n�o s� para colocar mais ar para dentro, mas porque o produto desse exerc�cio f�sico envolve CO2 e �gua. O g�s carb�nico tem de ser expelido porque h� uma acidose do meio interno do corpo e a hiperventila��o, que � um mecanismo compensat�rio. Isso ocorre para a pessoa n�o entrar em fadiga."

Em exerc�cios mais intensos, a m�scara ser� um impeditivo ou um agente que vai for�ar a redu��o do ritmo e a intensidade do treino. "Agora, fundamental � que se a pessoa tiver consci�ncia do uso da m�scara, ela ir� rever o tipo de treino, diminuir a intensidade para dar conta de praticar.”



Quanto � adapta��o � m�scara, o especialista em medicina do exerc�cio e do esporte afirma que varia. Pessoas mais condicionadas ou naturalmente mais condicionadas do que outras t�m aptid�o f�sica melhor e mecanismos compensat�rios melhores.

Elas, de fato, v�o se adaptar. Mas mesmo elas ter�o de rever a quais exerc�cios v�o se submeter. J� a sem condicionamento ou sedent�ria, que queira come�ar a fazer exerc�cios agora, ter� mais dificuldade, sobretudo o que chamamos de musculatura inspirat�ria e expirat�ria, explica.

No entanto, h� quem realmente tem problema ao usar a m�scara durante a atividade f�sica, casos espec�ficos. Segundo o especialista, indiv�duos cardiopatas, com problemas cardiol�gicos graves, pneumopatas, com problemas pulmonares graves, ter�o adaptabilidade ainda pior � m�scara, porque os mecanismos compensat�rios delas s�o menos eficientes e a aptid�o f�sica j� � prejudicada.

Ent�o, para se exercitarem – elas s�o as de maior risco e precisariam de m�scaras mais vedantes ou mais filtrantes, em locais abertos ou fechados – ter�o a toler�ncia � m�scara inferior �quelas desprovidas de problemas de sa�de.

“H� casos em que a m�scara pode ser at� impeditivo para um exerc�cio f�sico um pouco mais intenso. A capacidade � t�o prejudicada que a m�scara se torna um elemento limitante. � preciso ter mais paci�ncia, fazer mais pausas e, se a situa��o for grave, ter os exerc�cios supervisionados por uma equipe de fisioterapia, educa��o f�sica e, eventualmente, at� por m�dicos.”
 
 

BRASILEIROS SENDENT�RIOS

O Projeto ConVid – Pesquisa de Comportamento, feito pela Funda��o Oswaldo Cruz em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), revelou que as pessoas ficam diante da TV em m�dia tr�s horas por dia (1h20min a mais que antes da pandemia) e diante do computador mais de cinco horas di�rias (1h30min a mais que em 2019).

Outro dado alarmante est� ligado ao sedentarismo. O estudo entrevistou 44.062 brasileiros. Desses, 62% disseram que deixaram de praticar qualquer atividade f�sica durante a pandemia. O combo, muitas horas sentado mais a falta de exerc�cios f�sicos, � a receita ideal para o desenvolvimento de doen�as cardiovasculares, diabetes, entre outras. A Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS) reitera que todos devem exercitar-se, ao menos, 30 minutos por dia.
 
 
 
 



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