
O calor do ver�o, o frio do inverno, as flores da primavera e a troca de folhas e ciclos do outono. Ou seja, cada esta��o do ano tem suas peculiaridades. O mesmo ocorre sobre os efeitos de cada �poca na
sa�de do corpo
e, principalmente,
da pele
. Portanto, os cuidados tamb�m devem seguir a regra da personaliza��o e se diferenciar, atendendo �s exig�ncias de cada “clima e tempo”, bem como de cada tipo de pele.
“No outono e principalmente no inverno, alguns pontos espec�ficos chamam aten��o. As altern�ncias de temperatura podem causar epis�dios de sensibilidade – flushing –, no qual a pele fica mais vermelha. O frio por si s� pode causar tal sensibilidade, que � potencializada por
banhos quentes
e troca de temperatura brusca, haja vista os ambientes climatizados”, comenta Rafael Perin Arpini, m�dico especializado em medicina est�tica.
“Essas vari�veis atuam na pele e cabelo. O tempo mais frio e seco produz menos transpira��o, j� que o suor � um mecanismo para resfriamento do corpo quando necess�rio, e a necessidade desse resfriamento no inverno � menor. Apesar da impress�o de que esse processo � capaz de manter mais �gua no corpo e, consequentemente, ele mais hidratado, a tend�ncia produzida pela �poca n�o � essa.”
Por�m, alguns h�bitos nessa �poca tamb�m podem inferir mais risco � pele. Isso porque, em raz�o da temperatura mais amena, as pessoas tendem a beber menos �gua. Por isso, ent�o, � comum que o ressecamento da pele, j� estimulado pelo tempo seco, seja intensificado, pois a hidrata��o come�a pela ingest�o de l�quidos.
“Al�m disso, influenciam na apar�ncia e sa�de da pele a temperatura e frequ�ncia do banho, o uso do sabonete e hidratantes e h�bitos de vida em geral – alimenta��o, tabagismo, ingest�o alco�lica”, pontua Lucas Miranda.
“Al�m disso, influenciam na apar�ncia e sa�de da pele a temperatura e frequ�ncia do banho, o uso do sabonete e hidratantes e h�bitos de vida em geral – alimenta��o, tabagismo, ingest�o alco�lica”, pontua Lucas Miranda.

Algumas atitudes devem ser abolidas da rotina dos pacientes, como tomar banhos muito quentes, j� que eles ressecam e danificam a pele, indica Lucas. Outro h�bito que deve ser eliminado � o uso de bucha durante o banho.
A bucha retira a camada de prote��o da pele, contribui para o ressecamento e causa pequenas les�es no tecido. Usar muito sabonete tamb�m n�o � bom. O ideal � passar o sabonete preferencialmente nas �reas que liberam mais suor, e usar muito pouco no restante do corpo, como pernas e bra�os.
Quem n�o tem h�bito de usar hidratante tamb�m deve pensar em inclu�-lo na rotina. O hidratante deve ser usado logo ap�s o banho, explica Lucas Miranda, j� que ele produz uma pel�cula protetora que vai ajudar a evitar o
ressecamento da pele,
tanto o hidratante corporal quanto o facial.
Al�m disso, � importante ter uma alimenta��o adequada. “Portanto, evite manter dietas pobres em frutas e vegetais. Ainda, diminua o tabagismo e a ingest�o de bebidas alco�licas. Esses maus h�bitos contribuem para deixar a pele ressecada e menos vi�osa.”
Al�m disso, � importante ter uma alimenta��o adequada. “Portanto, evite manter dietas pobres em frutas e vegetais. Ainda, diminua o tabagismo e a ingest�o de bebidas alco�licas. Esses maus h�bitos contribuem para deixar a pele ressecada e menos vi�osa.”
DANOS

“A dermatite at�pica � favorecida pela maior exposi��o a ambientes fechados, o que aumenta o contato com mofo, �caro e afins. No per�odo mais frio, ficamos em ambientes mais fechados. Agora, com o isolamento social, isso tem se tornado constante, ent�o, o cuidado para quem tem tend�ncia a desenvolver dermatites deve ser redobrado. A baixa umidade do ar favorece ainda o contato com p�len e agentes irritantes, que tamb�m s�o desencadeantes dessa alergia cut�nea caracterizada por pele seca, erup��es que co�am e crostas”, explica Lucas Miranda.
J� a
dermatite seborreica
, conhecida como caspa, aparece principalmente em regi�es com pelos e trata-se da descama��o da pele causada pela desregula��o seb�cea. As manifesta��es mais frequentes s�o a produ��o de oleosidade, descama��o e coceira.
“A esta��o do ano tamb�m tende a favorecer o aparecimento da psor�ase em pessoas com uma predisposi��o gen�tica para a doen�a e intensificar os sintomas. Trata-se de uma doen�a cr�nica sem cura que funciona em ciclos, com coceira e descama��o capazes de atingir n�veis insuport�veis.”
“A esta��o do ano tamb�m tende a favorecer o aparecimento da psor�ase em pessoas com uma predisposi��o gen�tica para a doen�a e intensificar os sintomas. Trata-se de uma doen�a cr�nica sem cura que funciona em ciclos, com coceira e descama��o capazes de atingir n�veis insuport�veis.”
Ele destaca ainda a ictiose vulgar, caracter�stica de beb�s e que aparece geralmente no primeiro ano de vida. Pode apresentar apenas ressecamento da pele e descama��o fina ou intensa de aspecto geom�trico. As �reas mais atingidas s�o os membros, podendo afetar tamb�m a face e o couro cabeludo. “A doen�a tende a regredir ou a ter seus sintomas minimizados com o passar dos anos”, afirma o dermatologista.
ESTILO DE VIDA
Para, ent�o, manter uma pele bonita e saud�vel, � muito importante que os pacientes assumam cuidados com a pele, al�m de, claro, evitar os fatores capazes de agravar ou inferir o aparecimento de
quadros graves.
A principal forma de evitar doen�as mais graves � manter um estilo de vida saud�vel, como alimenta��o equilibrada, ingest�o de cerca de dois litros de �gua por dia, consumo de frutas e vegetais, ch�s, pr�tica regular de exerc�cio f�sico e evitar bebidas alco�licas. Aten��o aos h�bitos durante o banho tamb�m podem ser ben�ficos.
“Vale a pena tamb�m investir em um umidificador de ar para colocar no quarto, pelo menos na hora de dormir. Como muita gente est� trabalhando de casa, d� para usar durante o dia. E isso ajuda a amenizar o contato com agentes potencialmente irritantes da pele, como o p�len e poluentes”, indica Lucas Miranda.
“Vale a pena tamb�m investir em um umidificador de ar para colocar no quarto, pelo menos na hora de dormir. Como muita gente est� trabalhando de casa, d� para usar durante o dia. E isso ajuda a amenizar o contato com agentes potencialmente irritantes da pele, como o p�len e poluentes”, indica Lucas Miranda.
Rafael Perin Arpini, mestre em antienvelhecimento pela Universidade de Barcelona (Espanha), destaca, ainda, a import�ncia dos dermocosm�ticos como aliados na manuten��o de uma pele saud�vel. “Os produtos mais modernos contam com probi�ticos para equil�brio da flora e defesa da pele. Al�m disso, peles mais sens�veis encontram excelentes op��es com produtos que usam ativos neurossensoriais, que previnem e aliviam a irrita��o. Hidratantes mais avan�ados t�m capacidade de hidrata��o, efeito preenchedor e est�mulo de col�geno na mesma formula��o.”
“Outro ponto importante que deve ser salientado � o uso indiscriminado de �cidos e ativos agressores visando efeitos clareadores ou antioleosidade. � comum encontrarmos tratamentos com altas concentra��es de �cidos ou ativos mais agressivos, como hidroquinona. � preciso cuidado para evitar danos e, principalmente, efeito rebote nos resultados”, aponta o m�dico especialista em est�tica.
Ele afirma, ainda, que o tratamento deve sempre ser individualizado, haja vista cada tipo de pele. Justamente por isso, o acompanhamento m�dico �, e deve ser, sempre um aliado na busca por uma pele saud�vel. “Todo cuidado � melhor e mais individualizado com o acompanhamento de um especialista. Ele tem conhecimento para melhor indicar tratamentos e produtos, al�m de saber lidar com poss�veis efeitos adversos ou alergias. Hoje, temos a possibilidade de plataformas e consultas on-line, melhorando o acesso a profissionais mesmo em tempos de pandemia”, diz Rafael Perin.
*Estagi�ria sob a supervis�o da editora Teresa Caram