
A taxa de mortalidade por COVID-19 entre mulheres gr�vidas e pu�rperas no Brasil � de 7,2%. O percentual representa mais que o dobro da atual taxa de letalidade do restante da popula��o no pa�s, que � de 2,8%. Os dados s�o do Boletim do Observat�rio COVID-19, da Funda��o Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgado em junho deste ano.
Das quase 26 mil mulheres residentes na capital mineira e pertencentes ao grupo, pouco mais de 50% receberam a primeira dose do imunizante contra o coronav�rus. Os n�meros foram estimados pela prefeitura de Belo Horizonte.
Gesta��o Segura
Com base nesses n�meros, a Defensoria P�blica de Minas Gerais (DPMG) voltou o seu olhar para medidas que reforcem a vacina��o de gestantes no estado. Frente ao desafio da imuniza��o contra a COVID-19 das gr�vidas e pu�rperas, o �rg�o lan�a a Campanha de Educa��o para a Vacina��o de Gestantes - “Gesta��o Segura”.
A campanha ocorre nas redes sociais e pretende facilitar o compartilhamento de informa��es sobre a import�ncia da vacina��o e as medidas de preven��o � doen�a. Ainda, a manuten��o das medidas de isolamento social, uso de m�scaras PFF2, higiene das m�os e, especialmente, n�o aglomera��o

Segundo pesquisadores e epidemiologistas, gestantes t�m maior tend�ncia em desenvolver formas graves da COVID-19, especialmente aquelas em torno de 32 ou 33 semanas de gesta��o.
“Consideramos fundamental acelerar a vacina��o de todas as gestantes e pu�rperas no est�gio atual da pandemia”, afirmam os cientistas da Fiocruz.
Programa Nacional de Vacina��o
Em abril deste ano, o Minist�rio da Sa�de incluiu gr�vidas e pu�rperas no Programa Nacional de Vacina��o (PNI). Entretanto, a recomenda��o foi suspensa um m�s depois, temporariamente, ap�s a morte de uma mulher que havia recebido uma dose da AstraZeneca.
Na ocasi�o, o Minist�rio anunciou que acompanharia todas as gestantes que j� tinham sido vacinadas a fim de verificar as rea��es aos imunizantes.
Em julho, o Minist�rio voltou a incluir as gestantes sem comorbidades entre os grupos priorit�rios para receber a vacina. � �poca, a decis�o foi tomada ap�s a an�lise de dados e debates com especialistas, que levou em conta o alto �ndice de mortalidade entre o grupo.
Campanhas antivacinas
A defensora p�blica Samantha Vilarinho Mello Alves, na fun��o de Coordenadora Estadual de Promo��o e Defesa dos Direitos das Mulheres, observa os impactos das propagandas e orienta��es antivacina que circulam nas redes.
Amplamente divulgadas por grupos negacionistas, os conte�dos, na contram�o da ci�ncia, influenciam gestantes e pu�rperas a evitarem a vacina. “� preciso um esfor�o da sociedade para dar �s mulheres a seguran�a da vacina��o”, defende a Coordenadora.
Segundo a Prefeitura Municipal de Belo Horizonte, das quase 26 mil mulheres gr�vidas e pu�rperas na cidade, 14.340 foram imunizadas com a primeira dose. A propor��o � ainda menor na segunda dose, com somente 2.938 mulheres do grupo com duas doses. Os dados s�o do Boletim Epidemiol�gico e Assistencial, divulgado pela PBH na �ltima ter�a-feira (17/08).
Canal de comunica��o em Belo Horizonte
As gestantes e pu�rperas de Belo Horizonte que eventualmente encontrarem dificuldades para serem vacinadas contra a COVID-19, devido � exig�ncia de relat�rio ou prescri��o m�dica, podem contar com o aux�lio da Defensoria P�blica de Minas Gerais.
A Institui��o lan�ou um canal de comunica��o direto para este fim. O contato pode ser feito por WhatsApp no n�mero: (31) 98466-5128.
A Institui��o lan�ou um canal de comunica��o direto para este fim. O contato pode ser feito por WhatsApp no n�mero: (31) 98466-5128.