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Estado de Minas Exerc�cio de for�a muscular X c�ncer

Atividade f�sica ajuda na preven��o e redu��o de mortes por tumor maligno

Estudo da Unifesp com universidades internacionais aponta efeito protetor, maior se o exerc�cio de for�a muscular for realizado junto com atividades aer�bicas


26/09/2021 06:00 - atualizado 24/09/2021 16:13

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(foto: Pixabay )
Estudo recente de pesquisadores da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de S�o Paulo (EPM/Unifesp), em parceria com a Universidade de Harvard, a Universidade Internacional de Val�ncia (Espanha), a Universidad P�blica de Navarra (Espanha) e a Universidade de Santiago do Chile, sugere que o exerc�cio de for�a muscular pode reduzir a mortalidade por c�ncer. Esse efeito protetor pode ser maior se o exerc�cio de for�a muscular for realizado em conjunto com atividades f�sicas aer�bicas.

Segundo os dados, a pr�tica de exerc�cios para fortalecimento muscular � capaz de propor uma redu��o de 14% na mortalidade por c�ncer. Al�m disso, quando praticado em conjunto com exerc�cios aer�bicos, essa prote��o dobrou, isto �, foi para 28%. O estudo, conduzido com financiamento da Funda��o de Amparo � Pesquisa do Estado de S�o Paulo (Fapesp), consistiu em uma revis�o de estudos epidemiol�gicos dispon�veis na literatura e foi publicado na revista cient�fica International Journal of Behavioral Nutrition and Physical Activity.

“O exerc�cio de for�a muscular tamb�m esteve associado com menor incid�ncia de c�ncer de rim, provocando redu��o de 26%. A associa��o entre exerc�cio de for�a muscular e os demais tipos de c�ncer – c�lon, pr�stata, pulm�o, linfoma, p�ncreas, mieloma m�ltiplo, bexiga, es�fago, reto, melanoma, leucemia e c�nceres do sistema digest�rio – foi inconclusiva devido ao n�mero limitado de estudos”, aponta um dos respons�veis pelo estudo, Wilson Guilherme Aparecido Nascimento, aluno de medicina da Unifesp e primeiro autor do estudo, coordenado pelo pesquisador Leandro Rezende, professor do Departamento de Medicina Preventiva da EPM/Unifesp.

Apesar disso, segundo o professor, ainda n�o h� evid�ncias na literatura a respeito de qual tipo de atividade f�sica � mais eficaz para a redu��o do risco de mortalidade e de quadros de c�ncer. Mas, por que a atividade f�sica pode ser aliada da boa sa�de nesse caso, bem como da longevidade? “O mecanismo biol�gico ainda n�o � completamente compreendido, mas h� algumas hip�teses. Um fator relevante � que a atividade f�sica leva a um aumento pontual de radicais livres e isso poderia causar uma adapta��o no corpo, gerando mais antio-xidantes. Nesse mesmo campo tamb�m h� a possibilidade de um impacto em fatores epigen�ticos, por exemplo, na metila��o do DNA”, explica Leandro Rezende.

“Ademais, ainda existe um efeito sobre a imunidade, alguns estudos demonstram uma melhora na a��o das c�lulas natural killers, importantes para uma rea��o antitumoral. Por fim, a atividade f�sica provoca uma melhora na microcircula��o, assim diminuindo os ambientes hip�xia, que favorecem o surgimento de tumores.”

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(foto: Unifesp/Divulga��o )


"O mecanismo biol�gico ainda n�o � completamente compreendido, mas h� algumas hip�teses. Um fator relevante � que a atividade f�sica leva a um aumento pontual de radicais livres e isso poderia causar uma adapta��o no corpo, gerando mais antioxidantes”


Leandro Rezende, coordenador do estudo e professor do Departamento de Medicina Preventiva da EPM/Unifesp


O ESTUDO 

Foram utilizados dados de 12 artigos, sendo 11 coortes e um caso controle para sintetizar a evid�ncia cient�fica sobre a associa��o entre exerc�cios de for�a muscular, comumente praticados em academias, est�dios de treinamento funcional e crossfit, e risco de c�ncer. A an�lise foi feita levando-se em considera��o tr�s categorias de an�lise: efeito do exerc�cio de for�a isolado sobre a mortalidade por c�ncer; impacto do exerc�cio de for�a e atividades f�sicas aer�bicas combinadas sobre a mortalidade por c�ncer; e efeito do exerc�cio de for�a sobre a incid�ncia de diferentes tipos de c�ncer.

Segundo Leandro Rezende, j� existiam evid�ncias de que a pr�tica de atividade f�sica prevenia o c�ncer, mas ainda n�o era bem estabelecido o papel do exerc�cio de fortalecimento muscular. E, por isso, a pesquisa foi consolidada. “O estudo fez uma revis�o na literatura para compilar o que se tinha de informa��o sobre o t�pico. Como pr�ximos passos, seria interessante uma maior compreens�o sobre a dose de exerc�cio mais recomendada. Isto �, saber quantas vezes por semana, quanto tempo e com qual intensidade � poss�vel obter o melhor resultado”, comenta o estudante Guilherme Nascimento.

*Estagi�ria sob a supervis�o da editora Teresa Caram


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