
Quando Lucy encontrou um n�dulo em seu seio, o c�ncer nem passou pela sua cabe�a. Foi "por acaso" que ela percebeu. Ela conta que n�o tinha o h�bito de checar.
"Eu pensei que provavelmente iria come�ar a fazer esse tipo de coisa quando estivesse chegando aos meus 50 anos", disse ela ao programa Radio 1 Newsbeat, da BBC.
No entanto, depois de fazer exames, Lucy recebeu m�s not�cias. Aos 26 anos, ela tinha c�ncer de mama.
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No in�cio deste m�s, Sarah Harding, cantora da banda brit�nica-irlandesa Girls Aloud, faleceu devido ao c�ncer de mama aos 39 anos.
Depois de sua morte, a institui��o de caridade de combate ao c�ncer de mama CoppaFeel!, do Reino Unido, viu um grande aumento nas visitas ao seu site. Mais de 200 mil pessoas visitaram suas p�ginas nas 12 horas ap�s a not�cia da morte de Harding — oito vezes mais do que o comum. A institui��o de caridade est� incentivando mulheres mais jovens a verificar se h� n�dulos em seus seios.
No Brasil, o Minist�rio da Sa�de recomenda que, em casos de suspeita, a paciente procure sempre uma avalia��o com um m�dico da sua confian�a. O sintoma mais comum de c�ncer de mama � o aparecimento de n�dulo, "geralmente indolor, duro e irregular, mas h� tumores que s�o de consist�ncia branda, globosos e bem definidos". Outros sinais de c�ncer de mama s�o: edema cut�neo (na pele), semelhante � casca de laranja, retra��o cut�nea, dor, invers�o do mamilo, hiperemia, descama��o ou ulcera��o do mamilo, al�m de secre��o papilar, especialmente quando � unilateral e espont�nea.

'O m�dico ficou muito calado'
Foi apenas por acaso que Lucy teve seu n�dulo verificado. Ela tinha um dia de folga do trabalho, ent�o foi para o m�dico.
"Eu penso nisso o tempo todo", disse ela. "Fico t�o feliz por ter tido aquele dia de folga. Seria uma hist�ria completamente diferente se n�o fosse isso. � a raz�o pela qual estou aqui hoje."
Mesmo quando o cl�nico geral encaminhou Lucy para uma cl�nica de mama, ainda n�o tinha passado pela cabe�a dela que poderia ser c�ncer de mama.

Mas quando sua irm� insistiu em uma ultrassonografia, Lucy come�ou a perceber que algo estava errado.
"O m�dico ficou muito calado", diz ela.
Uma semana depois, ela foi informada de que tinha c�ncer. Logo, o c�ncer se espalhou para seus n�dulos linf�ticos.
Lucy foi informada de que ela precisaria de quimioterapia, radioterapia e cirurgia.
"Houve momentos em que eu n�o conseguia comer, n�o conseguia dormir", diz ela. "Eu ficava acordada 20 horas por dia, sem me mover do lugar onde estava deitada em minha cama."
"Eu aparentava estar t�o mal, minha pele estava muito ruim, todo o meu cabelo caiu, inclusive sobrancelhas e c�lios."
Ap�s a cirurgia e a radioterapia, Lucy finalmente recebeu uma boa not�cia — n�o havia mais c�lulas cancerosas restantes.
Lucy ainda faz terapia hormonal e tem trabalhado com o CoppaFeel! para espalhar a palavra de que o c�ncer de mama pode afetar mulheres mais jovens.
"N�o pense que isso n�o pode acontecer com voc�. N�o quero ser pessimista, mas � s� ter consci�ncia", diz ela.
'Estigma na comunidade negra'
Lucy tamb�m quer conscientizar mais pessoas da comunidade negra sobre a import�ncia de verificar se h� caro�os nos seios.
"Acho que h� muito estigma em torno da doen�a. N�o queremos falar sobre doen�as, mas � importante faz�-lo. Quando vejo esses an�ncios sobre c�ncer, n�o vejo negros."
"Eu quase senti que isso simplesmente n�o acontece conosco."

Fran achava que isso tamb�m n�o aconteceria com ela, mas aos 24 anos percebeu um caro�o no seio.
Inicialmente, os m�dicos a mandaram embora, dizendo que era um n�dulo "hormonal". Somente 18 meses depois, quando ela encontrou outro sintoma, ela voltou para fazer outro exame.
Ela estava preocupada em fazer o NHS (sistema de sa�de p�blico do Reino Unido) perder tempo, j� que havia sido enviada para casa anteriormente.
Mas, depois de v�rios exames, Fran foi informada de que ela tinha c�ncer de mama em est�gio quatro, al�m de um tumor no c�rebro. Ela ouviu que teria dois anos de vida.
"Eu tinha 25 anos. Sou uma personal trainer. Estava mais saud�vel que nunca. Eu era a prova viva de que isso pode acontecer com qualquer pessoa, em qualquer idade."
Ela passou por uma "rotina de quimioterapia agressiva" e agora o c�ncer de Fran est� em remiss�o. Ela tem compartilhado sua hist�ria online, para espalhar a palavra de que mulheres mais jovens podem ter c�ncer de mama.

"Tenho sido muito aberta sobre minha jornada nas redes sociais, documentei tudo o que passei."
"Sempre parecia ser retratado como um problema de mulheres mais velhas. Antes deste ano, eu meio que pensava que n�o precisava me preocupar com isso at� ficar mais velha."
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