A universidade mineira se tornou a primeira institui��o brasileira a usar o marcador 18F-FES nos exames Pet Scan (PET CT) para rastreio da doen�a. O feito � da Faculdade de Medicina da UFMG, atrav�s do Centro de Tecnologia e Medicina Molecular (CTMM).
O objetivo � proporcionar uma melhora no diagn�stico da doen�a, assim como avaliar o uso do novo marcador. Os resultados ser�o somados �s pesquisas internacionais sobre o tema.
O que � s�o exames Pet Scan e o marcador 18F-FES?
O PET Scan � um exame de imagem similar � tomografia computadorizada. A diferen�a � que ele possui uma maior capacidade de identificar, ainda no in�cio, as altera��es celulares que podem sugerir, ou n�o, a exist�ncia de um c�ncer.
At� o momento, o exame era realizado com o marcador 18F-FDG. O marcador � capaz de identificar os locais de les�o do c�ncer de mama, contribuir no estadiamento das pacientes, tanto no estabelecimento de met�stase, quanto no acompanhamento das respostas do tratamento.
J� o marcador 18F-FES pode ser considerado uma vers�o mais avan�ada e moderna do modelo, que � espec�fico para o rastreio de c�ncer de mama.
“O FDG capta muito pouco em alguns tipos de c�ncer de mama, por exemplo, quando o crescimento � mais lento. As c�lulas tumorais que gastam muita energia captam muita glicose e o FDG consegue identificar esse metabolismo acelerado, mas o 18F-FES consegue detectar mesmo os tumores pequenos e com metabolismo baixo”, explica o professor Marco Romano Silva, chefe do Departamento de Sa�de Mental da Faculdade e coordenador do CTMM.
Ele compartilha que o trabalho de seu departamento, assim como das universidades, � trazer benef�cios para a popula��o. “Nosso trabalho � introduzir maneiras novas de fazer diagn�stico, de fazer pesquisa para demonstrar o que realmente faz diferen�a no diagn�stico”, ressalta.
Pesquisa associada ao uso cl�nico
Em um primeiro momento, quem ter� a prioridade do acesso ao exame s�o os pacientes do Hospital das Cl�nicas (HC) da UFMG. Segundo o professor, a prioridade de atendimento do CTMM � o SUS, o que justifica a escolha pelo hospital.
Para participar o paciente precisa de um encaminhamento e pedido m�dico do Setor de Mastologia do HC, al�m de preencher alguns crit�rios que ser�o informados pela equipe de sa�de que acompanha o paciente e pela equipe da pesquisa.
Quanto a parcerias, o Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear (CDTN) da Comiss�o Nacional de Energia Nuclear (CNEN) � parceiro do CTMM nesta pesquisa. O primeiro produz o radiof�rmaco, j� o outro realiza a aplica��o em pacientes com c�ncer de mama com indica��o m�dica para seu uso.
“Quanto mais replica��o de estudos existirem, melhor ser� para validar esse m�todo do ponto de vista, tamb�m, da pesquisa internacional”, fala.
De acordo com o professor, caso seja constatado que o uso do 18F-FES tem benef�cios superiores ao marcador tradicional na popula��o brasileira, ele pode ser incorporado no SUS. Isso poderia gerar economia ao sistema de sa�de com diagn�sticos mais precisos e economia no acompanhamento do tratamento, j� que possibilitaria verificar se est� ocorrendo o resultado ou n�o e modificar a estrat�gia terap�utica, caso necess�rio.
“Sermos os primeiros a oferecer o exame PET CT com marcador 18F-FES � muito emblem�tico na nossa miss�o, de sempre procurar o melhor para o sistema p�blico de sa�de”, conclui.