
O Instituto Lado a Lado pela Vida (LAL), lan�a a campanha Novembro Azul de 2021, que completa uma d�cada de realiza��o no pa�s. As a��es se voltam para a conscientiza��o sobre o c�ncer de pr�stata, que em 2020 acometeu mais de 65 mil homens no Brasil e, em 2019, matou 16 mil.
Em apresenta��o sobre a campanha deste ano, a fundadora e presidente do instituto e tamb�m a idealizadora do Novembro Azul, Marlene Oliveira, falou sobre um novo canal de relacionamento exclusivo para que os homens tenham informa��es e conte�dos qualificados sobre sa�de, sobre uma plataforma digital para apoiar os pacientes, al�m de dados in�ditos coletados pelo N�cleo de Pesquisas do Instituto Lado a Lado.
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"Esse � o maior movimento em prol da sa�de do homem no pa�s. Temos muito o que comemorar, mas ainda h� muito a ser feito. Precisamos atender os homens em suas dificuldades em cuidar da sa�de, e evitar que tantos morram pela simples falta de informa��o. Muitas vezes, os homens com c�ncer de pr�stata procuram os servi�os de sa�de com a doen�a j� em est�gio avan�ado", diz Marlene, lembrando tamb�m que muitos diagn�sticos ficaram represados nos �ltimos meses por causa da pandemia.
Levantamento coordenado pelo n�cleo de pesquisas do instituto, o quarto realizado em 10 anos, revela como os homens no Brasil e em pa�ses da Am�rica Latina lan�am m�o dos canais digitais para saber mais sobre sa�de e como a tecnologia contribuiu para a mudan�a de comportamento e melhoria da sa�de do homem, por meio da informa��o. Foram ouvidos 1,8 mil homens, entre 18 e 65 anos, no Brasil, Argentina, Col�mbia e M�xico.
Entre os resultados, a constata��o de que 53% dos brasileiros recorrem ao Google para procurar informa��es e esclarecer d�vidas quando t�m algum problema de sa�de, �ndice que fica em 49% entre os latinos. No Brasil, 62% visitam o m�dico apenas quando os sintomas j� est�o insuport�veis, dado que fica em 73% entre argentinos, colombianos e mexicanos.
Entre os brasileiros, 46% e, entre os latinos, 59%, usam hospitais, laborat�rios e m�dicos para buscar informa��es, enquanto 9% dos brasileiros e 10% dos latinos fazem isso acessando redes sociais de artistas, celebridades e m�dicos.
O YouTube � fonte de conte�do nesse sentido para 34% dos homens no Brasil e 26% na Argentina, Col�mbia e M�xico. A pesquisa tamb�m observou que 54% dos brasileiros e 52% dos latinos sugerem que o diagn�stico seja feito com mais agilidade, ao passo que 32% dos brasileiros e 40% dos homens nos outros tr�s pa�ses pesquisados idealizam locais de atendimento mais adequados.
Sobre as a��es do Novembro Azul, a campanha prev� ilumina��o, na cor tema, de monumentos, est�dios de futebol, refer�ncias em times, empresas, na constru��o civil, em shoppings, espa�os de grande circula��o, mobili�rios urbanos, al�m de discuss�es em audi�ncias p�blicas. O Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, ser� colorido de azul no pr�ximo dia 17.
"O objetivo central � oferecer informa��o clara e de qualidade sobre a doen�a. Mudar o cen�rio da sa�de do homem no Brasil, e isso em muito passa pela necessidade de pol�ticas p�blicas eficientes, assim como � fundamental diminuir a desigualdade e ter um acesso em sa�de igualit�rio. O Minist�ria da Sa�de se concentra em administrar doen�as, mas deve focar em promover sa�de", pondera Marlene Oliveira.
Duas novidades do Novembro Azul 2021: a cria��o do canal telef�nico gratuito (0800-2222224) para escuta do homem, com oferta de conte�dos sobre a boa sa�de e espa�o de acolhimento, com informa��es b�sicas, como quest�es sobre direitos do paciente, por exemplo. O servi�o � diferente de teleconsulta e se baseia no sentido de empoderar o homem para lidar com a doen�a. Outra novidade � a plataforma digital Paciente 360, com perguntas e respostas pertinentes ao tema, em formato interativo.
Para o cardiologista Manoel Canesin, que coordena a plataforma e participou do lan�amento nesta quarta-feira, muita coisa ser� resolvida quando for superado o abismo que existe entre assist�ncia e educa��o. "Quando essa rela��o for equilibrada, poderemos salvar mais vidas , cuidar e tratar mais pessoas. N�o � s� curar. Os agentes da educa��o devem estar engajados", diz.
"� preciso chamar a aten��o para que o homem seja protagonista de sua sa�de, levando a informa��o para todos os ambientes onde ele est�. Ainda caminhamos a passos lentos no Brasil", completa Marlene.