
Dentre muitas sequelas do COVID-19 est�o a perda do olfato, do paladar e les�es graves e at� irrevers�veis nas cordas vocais. Acontece que, muitas vezes, essas sequelas podem permanecer em alguns casos mesmo ap�s a cura. Vale ressaltar que algumas pessoas sofrem com essa consequ�ncia por longos per�odos, impactando, e muito, na qualidade de vida.
“De maneira geral, a hiposmia e a anosmia (que s�o, respectivamente, a perda parcial e a perda total do olfato) s�o comuns entre pessoas com infec��es respirat�rias. No entanto, os pacientes com coronav�rus apresentam uma recupera��o bem mais lenta, ao contr�rio do que geralmente acontece em quadros de gripes ou resfriados comuns”, explica Loyane Lisieux Bronzon Vasconcelos, otorrinolaringologista do Grupo Awor Sa�de.
Dentre as possibilidades de tratamento, a mais utilizada � o treinamento olfativo. Essa t�cnica visa enviar est�mulo �s c�lulas receptoras localizadas no teto do nariz (neuroepit�lio olfat�rio). Embora o mecanismo exato do treinamento olfativo ainda n�o tenha sido descrito, acredita-se que a estimula��o por odores aumente a capacidade de regenera��o e o potencial neuropl�stico deste sistema.
Esse est�mulo dos sentidos pode ser feito de diferentes maneiras. Uma das op��es sugeridas � a manipula��o de ess�ncias como Eucalipto, C�trica, �lcool Fenilet�lico e Eugenol para cheirar duas vezes ao dia, por 10 segundos, e com intervalos de 15 segundos entre eles.
No que diz respeito ao paladar, o tratamento pode ser um pouco mais complexo. Afinal, n�o se sabe se a perda ocorreu devido � destrui��o dos nervos locais pelo novo coronav�rus ou se as papilas gustativas foram atingidas por este. No entanto, o est�mulo tamb�m � recomendado, provando e ingerindo alimentos que, por natureza, s�o mais amargos, azedos, doces e salgados.
De qualquer maneira, a especialista destaca que “� fundamental fazer o acompanhamento com um otorrino, j� que cada paciente manifesta a condi��o de uma forma diferente. O tratamento deve ser feito de acordo com a necessidade e problemas enfrentados pela pessoa. Cada caso � diferente e, por isso, pode demandar alternativas", completa.
De acordo com pesquisas reconhecidas sobre o coronav�rus, a volta dos sentidos ocorre em at� seis meses, mas pode variar consideravelmente em cada situa��o e paciente.
* Estagi�ria sob supervis�o do subeditor Frederico Teixeira