Duas novas op��es de tratamento para crian�as que vivem com HIV foram aprovadas pela Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa). Um deles � o antirretroviral Tivicay PD, para crian�as e beb�s a partir de quatro semanas de idade e com peso m�nimo de 3 kg. O medicamento tem sabor de morango e poder� ser dissolvido em �gua, facilitando a ingest�o, principalmente dos beb�s.
Al�m dessa aprova��o, a ag�ncia recentemente ampliou a recomenda��o do uso do Tivicay para pacientes acima de 6 anos, com peso superior a 20kg. Anteriormente, o medicamento era indicado apenas para pessoas que vivem com HIV acima de 12 anos (com peso superior a 40kg).
Para o gerente m�dico da GSK/ViiV Healthcare, Rafael Maciel, essas duas novas op��es de tratamento trazem ainda mais esperan�a e novas oportunidades para o tratamento do HIV pedi�trico no Brasil. “Com a aprova��o de Tivicay PD 5mg, o tratamento para crian�as pequenas se torna menos complexo, frente a melhor comodidade posol�gica e a possibilidade de prover a dispers�o do comprimido em �gua. E, unindo com a amplia��o da faixa et�ria de Tivicay 50mg, teremos mais op��es terap�uticas dispon�veis para ajudar crian�as e beb�s que vivem com HIV a terem uma melhor qualidade de vida”, enfatiza Maciel.
A introdu��o do tratamento antirretroviral diminuiu substancialmente a mortalidade e morbidade de crian�as pelo HIV. Apesar dos avan�os, particular aten��o ainda deve ser direcionada a fim de acelerar os esfor�os no combate ao HIV entre as crian�as.
Segundo a Unicef, em 2019, 320 mil crian�as e adolescentes foram infectados com HIV e cerca de 110 mil crian�as morreram de Aids em todo o mundo. J� o relat�rio do Unaids, divulgado em julho deste ano, em 2020, as crian�as representavam 5% de todas as pessoas vivendo com HIV no mundo, mas compreendia 15% de todas as pessoas que morreram de causas relacionadas � Aids. Ainda segundo o Unaids, cerca de 1,7 milh�o de crian�as entre 0 e 14 anos vivem com HIV.
No Brasil, milhares de crian�as ainda vivem com HIV e os dados tamb�m preocupam. Segundo o mais recente Relat�rio de Monitoramento Cl�nico do HIV, do Minist�rio da Sa�de, na faixa et�ria de crian�as de 2 a 11 anos que vivem com HIV foi observado um aumento de 12% no in�cio tardio ou n�o in�cio do tratamento com antirretroviral, comparando 2009 com 2020.
Ainda segundo o relat�rio, em 2019, 84% das crian�as de 5 a 8 anos que vivem com HIV foram diagnosticadas, destas 78% est�o em tratamento, das quais apenas 52% est�o com carga viral indetect�vel. J� na faixa et�ria de 9 a 11 anos os valores s�o de 87% est�o diagnosticadas, destas 81% est�o em tratamento, das quais 57% apresentam carga viral indetect�vel.
Para o profissional, o tratamento do HIV pedi�trico apresenta desafios e requer muitos cuidados. “Um dos principais obst�culos que enfrentamos no tratamento de HIV em crian�as e beb�s � a restri��o nas op��es de medicamentos. Fornecer tratamento seguro, eficaz e bem tolerado para as crian�as que vivem com HIV � fundamental para garantir o controle da infec��o e prevenir sua evolu��o para a Aids. A boa ades�o � terapia antirretroviral traz grandes benef�cios, entre outros fatores, a amplia��o da expectativa de vida e o n�o desenvolvimento de doen�as oportunistas”, ressalta.