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Estado de Minas ESPECIAL

Em paz com o fluxo: lidar com a menstrua��o n�o precisa ser um fardo

A luta por dignidade menstrual e o surgimento de novos produtos de higiene marcam o momento em que a menstrua��o, por tanto tempo estigmatizada, torna-se fonte de debates pol�ticos e sociais


20/02/2022 10:13

Absorvente
Estar menstruada pode de fato ser inc�modo, principalmente quando os sintomas s�o intensificados por alguma patologia que merece investiga��o e acompanhamento m�dico (foto: Lunittas/Reprodu��o)
Indisposi��o, c�lica, incha�o e dor de cabe�a. Reconhece esses sintomas? Para algumas mulheres, eles s�o comuns todos os meses e v�m, ainda, acompanhados da famosa tens�o pr�-menstrual (TPM). H� quem se refira a esse per�odo, entre conversas em que tentam ser discretas, como "estar naqueles dias", ou, para as mais tradicionais, como "estar de chico". Mas existem tamb�m mulheres que n�o se envergonham desse processo natural do corpo humano e o chamam pelo seu nome genu�no: menstrua��o.
Estar menstruada pode de fato ser inc�modo, principalmente quando os sintomas s�o intensificados por alguma patologia que merece investiga��o e acompanhamento m�dico. Entretanto, parte desse desconforto est� ligada a anos de estigmatiza��o em torno do sangue menstrual, que ainda � tido como sujo e impuro em diversas culturas e religi�es. Al�m disso, n�o possuir itens b�sicos de higiene, como os absorventes, faz com esse per�odo seja indesejado e incapacitante.

A soci�loga e pesquisadora da Universidade de Bras�lia (UnB) Ana Li�si Thurler explica que a menstrua��o esteve milenarmente associada � impureza: "Na B�blia ou no Alcor�o, j� havia o entendimento de que a mulher � considerada impura durante a menstrua��o. Elas, quando menstruadas, n�o podem participar das ora��es do Ramad�o, e aquele que tocar nela ou nos objetos que ela havia tocado precisa lavar as vestes e banhar-se". S�o fatores religiosos como esse que mant�m o estigma e dificultam di�logos mais abertos sobre o assunto.

Nos primeiros ciclos, essa conversa torna-se mais pertinente ainda e, mesmo assim, as sensa��es iniciais costumam ser de desconforto e repulsa. Foi o que vivenciou a estudante de ci�ncia pol�tica Marcela Barros, 19 anos, que, apesar de receber da m�e as orienta��es e explica��es sobre a normalidade daquele sangramento, sentiu-se assustada e enojada. Hoje, a jovem reconhece que o tabu em torno da tem�tica influenciou nessa rela��o. "Ningu�m falava disso, n�o �s claras, n�o como se fosse um assunto completamente natural, e isso contribui para que o encaremos como algo que deve ser considerado estranho."

Recentemente, Marcela participou das mobiliza��es no Congresso Nacional pela derrubada do veto presidencial ao Projeto de Lei nº 4968/19, que tem como um dos objetivos garantir gratuitamente absorventes para mulheres em situa��o de vulnerabilidade social. Tanto para a estudante quanto para a soci�loga Ana Thurler, essa pauta � de extrema import�ncia, j� que a aus�ncia de produtos de higiene adequados interfere, por exemplo, no rendimento escolar das meninas, que precisam ausentar-se desse ambiente e, consequentemente, perdem oportunidades.

Falar e informar-se sobre a menstrua��o, portanto, � o primeiro passo para conhecer as potencialidades e as limita��es que cada momento do ciclo proporciona; para vencer o estigma do sangue impuro, que hierarquiza homens e mulheres, e para lutar por dignidade menstrual e garantir direitos b�sicos de acesso � sa�de e � educa��o.

Dicas de autocuidado

Come�ar a usar o coletor menstrual mudou a rela��o de Andreia com seu ciclo
Come�ar a usar o coletor menstrual mudou a rela��o de Andreia com seu ciclo (foto: Arquivo pessoal)
O avan�o nos debates sobre menstrua��o possibilitou tamb�m a populariza��o de produtos de higiene diferentes dos absorventes descart�veis convencionais. Para a assistente social Andreia P�dua, 33 anos, o uso do coletor menstrual e da calcinha absorvente tem melhorado a rela��o com seu ciclo. Isso porque ambos proporcionam a sensa��o de conforto e seguran�a, al�m de permitirem a realiza��o de suas atividades di�rias de maneira mais fluida. "Outro benef�cio est� na colabora��o com o meio ambiente, visto que reduzem a produ��o de lixo", complementa.

J� para Marcela Barros, a utiliza��o do coletor gera desconforto e, por isso, optar pelo absorvente tradicional de algod�o, de cobertura suave, � uma sa�da. Mesmo assim, a jovem sugere, para as mulheres que conseguem superar esse inc�modo, que priorizem itens menstruais mais sustent�veis. Outra recomenda��o diz respeito � rotina de autocuidado para os dias de maior indisposi��o: atender, na medida do poss�vel, ao que o corpo pede e permitir se sentir sens�vel s�o atitudes que costumam funcionar. A manuten��o dos exerc�cios f�sicos tamb�m auxilia nas c�licas e melhora o humor.

As terapias alternativas, como aromaterapia e acupuntura, s�o as op��es de Andreia, que tenta evitar medicamentos, para lidar com os momentos em que seu fluxo � mais intenso. Al�m disso, compressas de �gua morna na regi�o mais baixa do abdome s�o realizadas para aliviar as dores. A dica principal, entretanto, est� em ser gentil consigo mesma e respeitar as pr�prias limita��es, comportamentos que exigem, tamb�m, autoconhecimento. Afinal, fazer as pazes com o ciclo menstrual pode ser mais enriquecedor do que tentar resistir — todos os meses — a ele.

A luta pela dignidade menstrual continua

Marcela em evento sobre pobreza e dignidade menstrual
Marcela em evento sobre pobreza e dignidade menstrual (foto: Arquivo pessoal)
Segundo dados do estudo Pobreza Menstrual no Brasil: desigualdade e viola��es de direitos, realizado pelo Fundo de Popula��o das Na��es Unidas (UNFPA) e pelo Fundo de Emerg�ncia Internacional das Na��es Unidas para a Inf�ncia (Unicef), 713 mil meninas vivem sem acesso a banheiro ou chuveiro em seu domic�lio; mais de 4 milh�es n�o t�m acesso a itens m�nimos de cuidados menstruais nas escolas; e 116 mil dependem de doa��es para ter acesso a absorventes. A soci�loga Ana Thurler lembra que a oferta de novos produtos menstruais, por exemplo, um mercado em ascens�o para as empresas, apesar de positiva, n�o chega a esse p�blico mais vulnerabilizado, que, por vezes, utiliza at� mesmo miolo de p�o no lugar de absorventes.

No Distrito Federal, a Lei nº 6779, que prev� a distribui��o gratuita de absorventes na rede de escolas p�blicas e nas Unidades B�sicas de Sa�de (UBS), de autoria da deputada Arlete Sampaio, foi sancionada pelo governador em janeiro de 2021. Em outubro, foi lan�ada a campanha Dignidade Feminina — Da transforma��o de meninas a mulheres: mais cidadania e menos tabu, pela Secretaria de Justi�a e Cidadania (Sejus) com as demais secretarias do GDF coordenadas por mulheres. A a��o objetiva promover a discuss�o sobre a falta de recursos para cuidados �ntimos durante o per�odo menstrual, al�m de estimular a doa��o de absorventes, roupas e demais itens de higiene.

Apesar disso, a maior parte das iniciativas parte da pr�pria sociedade. O projeto sem fins lucrativos Fluxo sem Tabu, com atua��o no Distrito Federal e em oito estados, luta pela democratiza��o do conhecimento sobre a menstrua��o e fornece itens de higiene �ntima para as camadas mais vulner�veis da sociedade. Para ser volunt�ria, basta preencher um formul�rio presente no site do programa. Al�m disso, recentemente, o presidente da empresa Cacau Show, Alexandre Costa, anunciou que planeja destinar 3 mil pontos de venda de sua rede para a log�stica de distribui��o de absorventes.

Os novos ciclos

A cada gera��o, meninas e meninos entram na puberdade mais cedo e, consequentemente, a menstrua��o tamb�m tende a ocorrer precocemente. Segundo a endocrinologista Anna Paula Oliveira, isso se deve a fatores como o aumento do �ndice de Massa Corporal, que leva ao ac�mulo de gordura e � produ��o antecipada de horm�nios sexuais, e a presen�a de disruptores end�crinos no corpo, isto �, subst�ncias presentes em cosm�ticos, pl�sticos e polui��o que geram a ativa��o dos horm�nios.

A psiquiatra Nath�lia Arruda alerta para os poss�veis efeitos emocionais da menstrua��o precoce. "Quanto maior a diferen�a entre a idade cronol�gica e a matura��o sexual, maiores tendem a ser as repercuss�es psicol�gicas, tais como sintomas depressivos e ansiosos, sentimento de inadequa��o, distor��es de imagem corporal e maior risco de abuso sexual." Por isso, a import�ncia da aten��o dos pais a essas mudan�as, assim como da consulta ginecol�gica logo ap�s a primeira menstrua��o.

Nesse primeiro momento, o atendimento m�dico � a oportunidade para as meninas se sentirem � vontade e tirarem d�vidas. Ana Luiza Resende, ginecologista geral, ressalta que, normalmente, nas consultas iniciais, as perguntas se concentram no que fazer para aliviar as c�licas, como manter a higiene correta durante o per�odo e qual produto menstrual utilizar. A ginecologista e obstetra Karla Frota lembra, ainda, que � normal, nos dois primeiros anos da menstrua��o, ter irregularidades, tanto de frequ�ncia quanto de volume do fluxo.

Sinal de alerta

Se, passados os dois primeiros anos de menstrua��o, os ciclos mantiverem-se irregulares, a orienta��o � investigar as poss�veis causas, como sugerem as ginecologistas Ana Luiza Resende e Karla Frota. Al�m disso, dores incapacitantes, que n�o passam com medica��o oral, e sangramento intenso por mais de sete dias tamb�m exigem aten��o. A endocrinologista Anna Paula Oliveira cita tamb�m a aus�ncia de menstrua��o durante o per�odo equivalente a tr�s ciclos e o intervalo entre fluxos acima de 40 dias como fatores que merecem averigua��o.

Entre as patologias mais comuns relacionadas � menstrua��o est�o a S�ndrome dos Ov�rios Polic�sticos (SOP) e a endometriose. Em ambos os casos, h� altera��es no ciclo, mas, no primeiro, sintomas como excesso de peso, de pelos e de acne tamb�m s�o comuns. No segundo, podem ocorrer dores na parte inferior das costas e do abdome, na p�lvis, no reto ou na vagina, al�m de dores ao defecar ou durante a rela��o sexual.

No que tange ao sistema end�crino, as principais causas hormonais ligadas � irregularidade menstrual s�o aumento na produ��o de prolactina, horm�nio relacionado ao aleitamento; altera��o na tireoide — hiper ou hipotireoidismo; modifica��es na gl�ndula suprarrenal e mudan�as na composi��o corporal (obesidade, anorexia e bulimia). "Cada caso deve ser ajustado � secre��o hormonal, com reposi��o ou bloqueio. No que concerne �s altera��es de composi��o corporal, o tratamento nutricional deve ser institu�do", especifica Anna Paula.

Empreendedorismo feminino


Luisa e Eduarda
Luisa Madeira e Maria Eduarda Picorelli expondo seus projetos em uma feira (foto: Reprodu��o/@produtosmimosa)
A populariza��o dos novos itens de higiene voltados � menstrua��o chamou a aten��o das amigas Maria Eduarda Picorelli, estudante de engenharia florestal, e Luisa Madeira, bi�loga e artista pl�stica, que juntas decidiram fundar a Produtos Mimosa (@produtosmimosa). Al�m de produzirem e comercializarem bioabsorventes, as jovens criam artesanatos inspirados no cerrado brasiliense.

A ideia surgiu de Maria Eduarda, que, durante a pandemia, resolveu produzir os absorventes de pano para uso pr�prio, e acabou despertando nas amigas o interesse pelo produto. Apesar de j� estar habituada a alternativas mais ecol�gicas, como o coletor menstrual, utilizado h� anos, a jovem buscava op��es mais f�ceis de trocar na rua. Com isso, a motiva��o para fabricar os bioabsorventes estava completa.

"Os bioabsorventes da Mimosa s�o feitos com 100% de algod�o, bot�o de press�o para melhor se ajustar na calcinha e estampas fofas. Nosso processo � todo artesanal, ent�o colocamos muito amor e carinho em tudo que fazemos", detalha Maria Eduarda. A aceita��o e a procura do p�blico t�m sido grande e, ao exporem em feiras, sempre aparecem pessoas curiosas para testar e entender mais sobre as "almofadinhas de pano".

Outra marca brasiliense que se dedica a produtos menstruais � a Lunittas (@_lunittas), fundada pela estudante Nat�lia Gon�alves. A busca por um estilo de vida mais sustent�vel foi o que a motivou a pesquisar sobre novos artigos de higiene, mas o objetivo vai al�m de reduzir o uso dos absorventes descart�veis. O maior cuidado com a sa�de �ntima, evitando os qu�micos industriais, foi tamb�m uma preocupa��o.

A rela��o das mulheres com seus corpos e a discuss�o sobre menstrua��o �, para Nat�lia, algo extremamente importante. "Fomos educadas a n�o gostar do nosso pr�prio corpo e a odiar o fato de sangrar todo m�s. Com produtos que n�o s�o descart�veis, logo percebemos que, em algum momento, teremos que lavar e tocar no nosso sangue, gerando outro sentido nessa rela��o.", explica.

A finalidade do empreendimento tem sido cumprida, visto que o feedback das clientes � bastante positivo, com relatos de melhora, tanto na rela��o com o corpo quanto no bem-estar f�sico. "N�o se trata apenas de uma marca, acreditamos que podemos ajudar mulheres a terem uma vida mais saud�vel e feliz", finaliza a jovem. No momento, o principal meio para adquirir os itens � pelo site, com expectativas de expandir os neg�cios futuramente.

Alimenta��o balanceada

Investir na sa�de por inteiro inclui tamb�m alimentar-se adequadamente. A nutricionista e especialista em sa�de da mulher L�gia Carneiro sugere observar em qual fase o ciclo est�, j� que o corpo demanda nutrientes diferentes em cada momento. Na fase l�tea, p�s-ovula��o, o horm�nio progesterona, respons�vel pela manuten��o de uma poss�vel gravidez, aumenta no in�cio do ciclo, trazendo vitalidade e energia, e cai, ao final, gerando os sintomas da TPM.

Para impedir que essa redu��o ocorra de forma brusca, estrat�gias nutricionais com foco em detoxifica��o s�o essenciais. Portanto, recomenda-se consumir alimentos ricos em vitamina C e B6, c�lcio, magn�sio e �mega-3, al�m de sementes, como a de girassol. Pratos que contenham triptofano, como aveia, folhas verdes, ovo, banana, chocolate amargo, colaboram para melhorar o humor, o prazer e a sensa��o de bem-estar, como ressalta Ana Luiza Resende.

Na fase folicular, antes da libera��o do �vulo, h� a predomin�ncia do horm�nio estrog�nio, diretamente relacionado � produ��o de serotonina e ao aumento da libido. Em desequil�brio, ele pode aumentar inflama��es e gerar estresse. Para evitar isso, a dica � investir em fitoestrogenos — compostos que regulam esse horm�nio — como a linha�a. Boas fontes de carboidratos, como tub�rculos e frutas, tamb�m auxiliam no processo.

"Evitar toda categoria de a��car, refinados, industrializados, �lcool, al�m de procurar ter um sono adequado e modular o estresse, mantendo a aten��o ao momento presente, praticando t�cnicas de medita��o e fazendo atividade f�sica, s�o recomenda��es fundamentais para regular os horm�nios", finaliza L�gia Carneiro.

Mente s�, fluxo s�o

A psiquiatra Nath�lia Arruda explica que existem fortes evid�ncias de que o estresse emocional, oriundo de quadros depressivos e ansiosos, inibe o eixo hipot�lamo-hip�tese-g�nadal e causa irregularidade menstrual, amenorreia (aus�ncia de menstrua��o) e at� infertilidade. "A fun��o c�clica ovariano pode ser facilmente perturbada por um estresse emocional, levando � interrup��o tempor�ria da menstrua��o", completa. A serotonina, principal neurotransmissor envolvido em patologias como depress�o e ansiedade, age como uma dupla com o estrog�nio, ent�o, quando um est� baixo � prov�vel que o outro tamb�m esteja.

A liga��o entre neurotransmissores e horm�nios justifica tamb�m as altera��es de humor na TPM. Entretanto, no que concerne ao momento pr�-menstrual, � necess�rio avaliar a intensidade dos sintomas, j� que em casos mais debilitantes, h� de se avaliar a possibilidade de existirem patologias, como o transtorno disf�rico pr�-menstrual. No TDPM, as mudan�as de temperamento e os sintomas f�sicos geram preju�zos significativos para a pessoa, tais como instabilidade emocional, irritabilidade, tristeza, baixa autoestima, tens�o e ang�stia. Os principais tratamentos est�o ligados a mudan�as no estilo de vida, a medica��es e a p�lulas anticoncepcionais.

Para todos os gostos

 
Qual produto menstrual escolher para o seu ciclo? Veja abaixo as vantagens e desvantagens das op��es presentes no mercado:

Absorvente descart�vel externo*


  • Vantagens: praticidade; variedade de tamanhos e n�veis de absor��o; facilidade em encontrar no mercado; valor acess�vel a curto prazo.

  • Desvantagens: polui��o ao meio ambiente; cont�m subst�ncias nocivas que podem causar alergias e infec��es; desconfort�vel e suscet�vel a vazamentos; custo alto a longo prazo; e precisa ser trocado com frequ�ncia.

Absorvente descart�vel interno*


  • Vantagens: praticidade; maior liberdade de movimenta��o para atividades f�sicas; conforto em praias e piscinas; facilidade em encontrar no mercado; valor acess�vel a curto prazo.

  • Desvantagens: polui��o ao meio ambiente; custo alto a longo prazo; precisa ser trocado com frequ�ncia; al�m de conter subst�ncias nocivas, causa ressecamento na regi�o vaginal, desequilibrando seu pH.

Absorvente reutiliz�veis de pano


  • Vantagens: feito com algod�o, portanto, n�o causa irrita��es; sustent�vel e econ�mico a longo prazo, j� que � reutiliz�vel; possui modelos diferentes para cada fase do fluxo.

  • Desvantagens: custo inicial alto, visto que � necess�rio adquirir mais de um por ciclo; precisa ser trocado com frequ�ncia; � necess�rio esperar o tempo de lavagem e secagem para utilizar novamente.

Calcinha absorvente de tecido


  • Vantagens: feito com algod�o, portanto, n�o causa irrita��es; maior sensa��o de liberdade; sustent�vel e econ�mica a longo prazo; possui formatos e modelos diferentes para cada fase do fluxo.

  • Desvantagens: custo inicial alto, visto que � necess�rio adquirir mais de uma por ciclo; precisa ser trocado com frequ�ncia; � necess�rio esperar o tempo de lavagem e secagem para utilizar novamente.

Coletor menstrual


  • Vantagens: liberdade de movimenta��o; sustent�vel e econ�mico a longo prazo, j� que pode durar anos; sem risco de vazamentos; feito com materiais hipoalerg�nicos e antibacterianos que evitam mau cheiro; n�o resseca a regi�o vaginal; maior capacidade de armazenamento; e maior tempo para trocas, podendo ser utilizado por at� 12 horas.

  • Desvantagens: custo inicial alto; exige um per�odo de adapta��o; demanda aten��o na esteriliza��o e no armazenamento.

Disco menstrual

  • Vantagens: liberdade de movimenta��o; sustent�vel e econ�mico a longo prazo, j� que pode durar anos; feito com materiais hipoalerg�nicos e antibacterianos que evitam mau cheiro; n�o resseca a regi�o vaginal; permite rela��es sexuais com penetra��o; maior tempo para trocas, podendo ser utilizado por at� 12 horas.

  • Desvantagens: custo inicial alto; exige um per�odo de adapta��o; precisa ser inserido pr�ximo ao colo do �tero, o que pode causar dificuldades na sua inser��o e retirada; demanda aten��o na esteriliza��o e no armazenamento.

*Atualmente, existem no mercado op��es de absorventes internos e externos descart�veis produzidos com mat�rias-primas naturais, como algod�o org�nico e celulose. Por conta disso, n�o possuem toxinas que prejudicam a flora vaginal.

Cada caso � um caso

A escolha do produtos menstrual adequado depende de fatores como: se a mulher j� tem vida sexual ativa, se apresenta alergia ao utilizar o absorvente descart�vel e se o fluxo � volumoso ou n�o. A m�dica Ana Luiza Resende lembra que ideal � consultar um ginecologista para conversar sobre as possibilidades, principalmente nos primeiros ciclos. Al�m disso, h� uma ressalva sobre o uso dos coletores menstruais, que precisa ser avaliado em caso de pacientes que utilizam DIU. "Por fazer um v�cuo na vagina, o coletor pode sugar o contraceptivo na retirada. N�o � t�o comum, mas j� vi acontecer", alerta a especialista Karla Frota.

*Estagi�ria sob a supervis�o de Sibele Negromonte


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