Criado para fomentar a inova��o tecnol�gica, o empreendedorismo e a gest�o em sa�de no ambiente acad�mico, o Health Lab do UniBH � um espa�o multidisciplinar, que re�ne professores e alunos de gradua��es variadas para desenvolver produtos que sejam relevantes tanto para a forma��o, quanto para a sociedade.
Alunos do curso de Medicina se uniram aos estudantes da Tecnologia da Informa��o (TI) e do Design para desenvolver um game voltado ao diagn�stico de COVID-19.
A import�ncia deste RPG l�dico e extremamente educativo foi reconhecida pela Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS), que publicou o projeto em sua base de dados, dentro do rol de estudos internacionais com foco na pandemia do novo coronav�rus. Sob orienta��o dos professores Samara Leal, Fl�vio Souza e Marconi Augusto, os alunos se debru�aram no desenvolvimento do game por cerca de um ano e meio.
Gregory Lauar, estudante do 10º per�odo de Medicina e um dos integrantes do grupo, que no total contou com cerca de 40 alunos, revela que a ideia era criar algo que sa�sse do convencional e fosse al�m do modelo “aula te�rica e estudo”.
“Sab�amos desde o in�cio que quer�amos desenvolver algo diferente para os estudantes de Medicina e o game foi o nosso norte. Ter�amos um caso cl�nico para ‘guiar’ as fases e com o advento da pandemia, veio a ideia de ensinar as diretrizes para esse tipo de diagn�stico.”
A partir da�, foi preciso mobilizar os estudantes para que o game - por ora chamado de “Med Test” –, ganhasse forma. “As ci�ncias se comunicam. Ent�o, coube aos alunos da Medicina propor o caso cl�nico do game, com a assessoria dos professores do curso, enquanto as equipes de TI e Design se dedicaram aos aspectos de cen�rio e desenvolvimento”, explica Lauar.
Caminho at� a OMS
Para que o projeto do Med Test fosse publicado pela OMS, foi preciso antes, ter o reconhecimento de outros �rg�os e entidades referendadas no nicho da sa�de.
Samara Leal, coordenadora do Health Lab do UniBH, destaca que o projeto foi inscrito e publicado em congressos nacionais e internacionais. A partir do reconhecimento obtido no ID Week (Infectious Diseases), realizado anualmente nos Estados Unidos, o game foi atestado pela entidade m�xima da sa�de mundial.
“A OMS tem uma estrutura dedicada � literatura recomend�vel para Covid. Nosso RPG foi atestado pela Organiza��o e agora, faz parte dessa singular base de dados. A conquista � muito relevante n�o s� para o UniBH e toda equipe envolvida. � algo expressivo para a inova��o e pesquisa do Brasil! Nossos alunos nunca imaginaram que poderiam desenvolver algo do tipo, com tamanho alcance. Estamos orgulhosos!”, esclarece Leal.
Para Gregory Lauar, que pretende se especializar em cirurgia, a sensa��o de contribuir com a literatura m�dica antes mesmo de se formar � �nica. “Quando o game foi reconhecido pelo ID Week, festejamos muito. Ver o projeto sendo replicado pela OMS � inexplic�vel. Realizamos algo in�dito. Existem softwares e programas que prop�em esse diagn�stico para Covid, mas este � o primeiro game voltado para este objetivo”, ressalta o estudante, que atribui como maior desafio da empreitada, justamente o ineditismo da iniciativa.
O Jogo
O game tem desenho simples, desenvolvido em 8 bits (1 byte, configura��o de imagem mais comum) e apresenta como cen�rio um hospital, com elementos art�sticos que remetem � uma unidade convencional de sa�de. Ent�o, o jogador – no caso o estudante de Medicina – inicia o di�logo com o avatar do paciente (computador).
A partir dessa entrevista de anamnese (hist�rico de todos os sintomas narrados pelo paciente), o jogador � direcionado para a se��o de decis�es, e vai sendo guiado pelo game a investigar o caso. “Ele ent�o escolhe a op��o m�ltipla escolha de um conjunto de respostas poss�veis e no final, recebe um feedback dos erros e acertos. A medida em que erra ou acerta, o paciente perde ou ganha vida”, detalha Lauar.
Fl�vio Souza, coordenador e orientador do squad do Health Lab, conta que a publica��o pela OMS foi um divisor de �guas para todos os envolvidos.
“� um reconhecimento ao que temos feito no ambiente acad�mico. Com esse feito, ganhamos for�a para avaliar com os parceiros investidores do projeto, o grau de impacto do game e assim alinhar as estrat�gias para avan�ar e ratific�-lo como um processo de apoio ao ensino m�dico de modo amplo.”
O desenvolvimento do game teve o apoio da RCS, empresa especializada em gest�o na �rea da sa�de; e da Eu Sa�de, que atua com telemedicina.
“A alta demanda por profissionais de tecnologia metaverso, gamefica��o e desenvolvimento de aplicativos � um atrativo para que empresas invistam em propostas como a do Health Lab. Muitas n�o conseguem inovar pela car�ncia de profissionais capacitados. No UniBH temos este espa�o de desenvolvimento tecnol�gico, que caminha junto com as necessidades do mercado. � um modelo que come�a com experimenta��o, em um ambiente onde o erro n�o compromete o desempenho da empresa parceira. O caminho da inova��o passa por pensar fora da caixa. E � isso que o Heath Lab prop�e”, conclui Samara.