
A campanha #AbsorvaEssaIdeia busca ajudar no combate � pobreza menstrual em todo o pa�s. De acordo com Luana Escamilla, fundadora do Fluxo Sem Tabu, estima-se que uma entre cada cinco meninas perde aula por falta de absorvente. Por isso, cerca de 20 shoppings brasileiros funcionar�o como ponto de doa��o de absorventes. Em Belo Horizonte, os shoppings Del Rey e Esta��o BH ir�o participar como pontos de coleta. A campanha vai at� o dia 31 de mar�o.
O projeto Fluxo sem Tabu fornece itens de higiene �ntima para as camadas mais vulner�veis da sociedade e luta pela democratiza��o do acesso � informa��o sobre o tema menstrua��o. Pesquisa realizada com 1,5 mil mulheres de cinco pa�ses pela marca de absorventes Sempre Livre, em parceria com a Kyra Pesquisa & Consultoria, revelou que no Brasil, 66% das mulheres se sentem desconfort�veis ao falar sobre menstrua��o e 57% se sentem sujas.
A pobreza menstrual � caracterizada pela falta de acesso a recursos, infraestrutura e at� conhecimento.
De acordo com a pesquisa “Pobreza Menstrual no Brasil: desigualdade e viola��es de direitos” realizada pelo Fundo das Na��es Unidas para a Inf�ncia (UNICEF) e Fundo de Popula��o das Na��es Unidas (UNFPA) , em maio de 2021, 713 mil meninas vivem sem acesso a banheiro ou chuveiro em seu domic�lio e mais de 4 milh�es n�o t�m acesso a itens m�nimos de cuidados menstruais nas escolas.
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Al�m disso, uma pesquisa da ONG Trata Brasil, mostrou que mais de 1 milh�o de pessoas n�o t�m banheiro em casa, 15 milh�es n�o recebem �gua tratada e quase 27 milh�es moram em lugares sem esgoto.
Impactos da pobreza menstrual
Especialistas afirmam que pela falta de itens b�sicos de higiene, muitos adolescentes deixam de ir � escola, e consequentemente, ficam limitados a socializar e conviver em harmonia com outras pessoas.
Para a fase adulta, o impacto pode ser ainda maior. Muitas mulheres deixam de trabalhar e perdem seus empregos, por serem consideradas sujas.
Al�m disso, pesquisadores argumentam que a falta de conhecimento refor�a certos tabus em torno da menstrua��o, gerando diversos tipos de preconceito. Muitas jovens t�m, inclusive, vergonha de ir ao m�dico e desconhecem o funcionamento do pr�prio corpo.
Um levantamento da FEBRASGO (Federa��o Brasileira das Associa��es de Ginecologia e Obstetr�cia) juntamente com o Datafolha constatou que 4 milh�es de mulheres no Brasil nunca foram ao ginecologista e 16 milh�es n�o se examinam com o especialista h� mais de um ano por vergonha, medo de algum diagn�stico ou simplesmente por n�o gostarem.
*Estagi�ria sob supervis�o da subeditora Fernanda Borges