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Estado de Minas DOEN�AS DEGENERATIVAS

Alzheimer precoce: entenda diagn�stico da personagem de 'Um Lugar ao Sol'

Neurocirurgi�o explica sobre a doen�a degenerativa que vem sendo retratada na novela das 21h


25/03/2022 18:21 - atualizado 25/03/2022 19:15

Alzheimer
A cada ano, 100 mil pessoas s�o diagnosticas com a doen�a (foto: Pexels/Divulga��o )

A Doen�a de Alzheimer, que se apresenta como dem�ncia, ou perda de fun��es cognitivas (mem�ria, orienta��o, aten��o e linguagem) e � causada pela morte de c�lulas cerebrais, est� em pauta nas cenas de "Um Lugar Ao Sol", da Rede Globo, novela que est� na reta final. Na trama, a personagem Elenice (Ana Beatriz Nogueira) acaba de receber um poss�vel diagn�stico. Cenas que foram ao ar nos �ltimos cap�tulos da novela mostram como � o in�cio da doen�a e quais s�o os primeiros sintomas.

O Alzheimer � uma doen�a que acomete milhares de pessoas no mundo todo. De acordo com o Minist�rio da Sa�de, somente no Brasil em 2021, cerca de 1,2 milh�o de pessoas sofriam com a condi��o; 100 mil novos casos s�o diagnosticados por ano. A doen�a se manifesta como dem�ncia ou perda de fun��es cognitivas (mem�ria, orienta��o, aten��o e linguagem) e � causada pela morte de c�lulas cerebrais.

"Pessoas com Alzheimer t�m um ac�mulo de duas prote�nas, chamadas de Beta-amil�ide, e prote�na Tau, que causam inflama��o, desorganiza��o e destrui��o das c�lulas, principalmente em regi�es como o hipocampo e o c�rtex", explica Marcelo Valadares, neurocirurgi�o, m�dico do Hospital Israelita Albert Einstein (SP) e pesquisador da Disciplina de Neurocirurgia da Faculdade de Ci�ncias M�dicas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

De acordo com o especialista, o Alzheimer acomete o paciente de forma progressiva e pode ser dividido em tr�s partes. A fase inicial, na qual o paciente apresenta sintomas leves e, inclusive por isso, muitas vezes o diagn�stico n�o acontece. A segunda fase ou intermedi�ria, � quando h� aus�ncia de mem�ria ou ela est� mais forte e j� existem altera��es de comportamento mais simples. Por fim, na terceira fase ocorre o comprometimento das fun��es sociais de uma forma mais agressiva: "Na �ltima fase, o paciente muitas vezes tem dificuldade de controlar a urina, de deglutir os alimentos e frequentemente fica restrito � cama".


Diagn�stico


A descoberta do Alzheimer geralmente � tardia. Isso impossibilita que os pacientes se beneficiem amplamente dos tratamentos implementados pelos m�dicos e pela equipe multidisciplinar.

Médico
"Os pacientes precisam ter clareza da sua condi��o de sa�de, apoio e suporte dos familiares e pessoas que importam com eles", destaca o m�dico Marcelo Valadares (foto: BCWGlobal/Divulga��o )

O diagn�stico precoce em si n�o � uma certeza de que os sintomas n�o ir�o evoluir, tendo em vista que ainda n�o existe nada capaz de curar ou bloquear a evolu��o da doen�a, fazendo com que ela regride, mas permite que os cuidados sejam implementados mais rapidamente, garantindo qualidade de vida ao paciente.


"A evolu��o da doen�a e a resposta ao tratamento variam a cada caso. Em alguns casos, os sintomas podem melhorar; em outros, h� estabilidade. Por�m, tamb�m existem pacientes que n�o apresentam resposta. Nesse caso, a medica��o pode ser ajustada, ou alterada", esclarece Valadares.

A doen�a costuma aparecer principalmente acima dos 65 anos. Quando afeta pessoas abaixo desta idade, � chamado de Alzheimer precoce. � uma causa mais comum entre as mulheres: cerca de 70% dos pacientes s�o do sexo feminino.

Tratamento

Atualmente, existem medica��es que visam atenuar os sintomas do Alzheimer e, assim, podem melhorar a qualidade de vida do paciente.

"Temos uma novidade que parece promissora: recentemente, um novo medicamento foi aprovado pela Food and Drug Administration (FDA), ag�ncia reguladora dos Estados Unidos. Ele pode mudar a perspectiva dos tratamentos, pois atua na prote�na danificada do c�rebro de quem possui a doen�a. No entanto, ainda est� em fase de estudos, portanto, teremos que aguardar", conta o profissional.

Al�m da medica��o, o envolvimento em atividades sociais para estimular o intelecto, atividades f�sicas e manter uma alimenta��o saud�vel devem fazer parte do tratamento.

"Eu defendo sempre que os pacientes precisam ter clareza da sua condi��o de sa�de, apoio e suporte dos familiares e pessoas que importam com eles. Qualquer doen�a neurodegenerativa demanda um trabalho em conjunto do m�dico que faz parte da equipe multidisciplinar que ir� apoiar o paciente, com familiares e cuidadores", finaliza o m�dico.

At� o momento, a medicina ainda n�o descobriu a real causa da doen�a de Alzheimer. Por essa raz�o, a cura ainda n�o foi encontrada. Vale ressaltar que os aspectos gen�ticos existem sim, por�m, n�o s�o determinantes; eles somente aumentam os riscos do Alzheimer


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