
Portal da Transpar�ncia do Registro Civil, o Distrito Federal contabilizou, de janeiro a abril de 2022, o maior n�mero de crian�as com apenas o nome da m�e na certid�o de nascimento desde 2019. Nos quatro primeiros meses do ano, quase mil beb�s n�o tiveram a paternidade reconhecida, s� na capital do pa�s.
Segundo o No Brasil, no mesmo per�odo, foram registrados 56,9 mil beb�s por m�es solo. Este tamb�m � o maior n�mero em compara��o com o mesmo per�odo de anos anteriores em n�vel nacional.
Para Jana�na Almeida, professora, educadora e neuropsicopedagoga no DF, esse representa o n�mero de mulheres que, sozinhas, precisam conciliar os filhos com o trabalho e outras ocupa��es para garantirem sustento, aten��o, cuidado, acolhimento, educa��o e apoio financeiro a filhos e filhas.
“Precisamos discutir essa quest�o numa perspectiva de pol�ticas p�blicas que garantam dignidade �s mulheres que carregam essa enorme responsabilidade”, refor�a a educadora.
A live tamb�m contar� com as participa��es da professora, cineasta e ativista de direitos humanos Renata Parreira; da jornalista Maria Paula de Andrade; e da professora Juliana Leite. Juntas, as profissionais v�o abordar os desafios da maternidade solo e discutir pol�ticas p�blicas que possibilitem a mudan�a dessas estat�sticas.
A live "M�e solo, mulher m�ltipla!" acontece no perfil da professora Jana�na Almeida, no Instagram.
“M�e solo, mulher m�ltipla!”
O termo “m�e solo” � utilizado para designar mulheres que s�o inteiramente respons�veis pela cria��o dos filhos, especialmente sem a participa��o do genitor, deixando o conceito de “m�e solteira” em desuso, j� que estar ou n�o em um relacionamento com um(a) parceiro(a) n�o quer dizer, necessariamente, compartilhar a dif�cil miss�o de ter um filho.
A maternidade por si s� n�o � uma tarefa f�cil. Assim, a sa�de pisicol�gica da m�e solo � colocado em risco atrav�s de diversas situa��es cotidianas, mas extremamente prejudiciais. A ansiedade, depress�o e estresse podem surgir quando essas mulheres n�o s�o amparadas.
Sa�de mental materna
O ciclo que vai da gravidez at� o puerp�rio (per�odo que compreende desde o nascimento e, segundo estudos recentes, pode se estender at� os 3 anos de vida da crian�a) � o de maior vulnerabilidade para a sa�de mental da mulher, o que a inclui no grupo de risco para adoecimentos mentais.
Por ser um assunto envolto em preconceitos infundados, as m�es acabam sofrendo sozinhas. Sem ajuda, encontram dificuldades em serem diagnosticadas ou receberem tratamento adequado.
Tamb�m com o objetivo de sensibilizar a sociedade em rela��o � sa�de mental materna, ocorre, neste domingo (15/5), o encontro de m�es promovido pela campanha Maio Furta-Cor. O projeto visa ampliar e dar visibilidade e consci�ncia sobre os aspectos que envolvem os crescentes �ndices de depress�o, ansiedade, esgotamento e at� suic�dio ap�s a maternidade.