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Estado de Minas NUTRI��O

Comer menos e em hor�rios regulares � receita para viver mais

A alimenta��o restrita a per�odos noturnos melhorou altera��es gen�ticas relacionadas � idade, impedindo express�es g�nicas associadas � inflama��o


15/05/2022 04:00 - atualizado 13/05/2022 21:33

Salada
(foto: Pexels)


A receita para viver mais pode ser bem simples: comer menos e em hor�rios regulares, segundo pesquisadores dos Estados Unidos. Em estudo feito com ratos, os especialistas observaram que os animais que ingeriram uma dieta de calorias reduzidas, com refei��es feitas no per�odo do dia em que eram mais ativos, tiveram uma vida mais longa e saud�vel. Detalhes do trabalho foram apresentados na �ltima edi��o da revista Science.
 
 
No estudo, os autores relatam que, nos �ltimos anos, surgiram muitos planos populares de emagrecimento baseados no jejum intermitente, em que � necess�rio ficar sem comer durante longos per�odos di�rios (de seis a oito horas) ou em dias alternados. A equipe resolveu estudar essa estrat�gia, mas, em vez de focar na perda de peso, avaliou os efeitos em rela��o � longevidade. "Resolvemos desvendar os efeitos do consumo de calorias em um hor�rio controlado e avaliar se isso influenciava na quantidade de tempo vivido pelas cobaias. Por isso, realizamos estudo aprofundado que durou quatro anos", detalha, em comunicado � imprensa, Joseph Takahashi, pesquisador do Instituto M�dico Howard Hughes.
 
No experimento, Takahashi e colegas alimentaram centenas de ratos por meio de m�quinas eletr�nicas. Os equipamentos controlaram o hor�rio e a quantidade de ra��o fornecida durante toda a vida �til das cobaias, que foram divididas em tr�s grupos. Uma parte podia comer o quanto quisesse, outra parcela tinha as calorias restritas em 30% a 40% e uma terceira comeu refei��es menos cal�ricas apenas durante � noite, per�odo em que os roedores eram mais ativos. Nesse �ltimo caso, houve um intervalo de pelo menos 12 horas entre as refei��es.
 
 
Os cientistas constataram que apenas uma dieta reduzida em calorias prolongou a vida dos animais em 10%, mas aliment�-los apenas � noite prolongou a vida em 35%. "Essa combina��o — dieta de calorias reduzidas com hor�rio noturno de alimenta��o — acrescentou nove meses extras � vida m�dia t�pica dos animais, que � de dois anos", enfatizam os autores. O artigo mostra, ainda, que a alimenta��o restrita a per�odos noturnos melhorou algumas altera��es gen�ticas relacionadas � idade, impedindo express�es g�nicas associadas � inflama��o.
 
N�o houve mudan�a no peso corporal entre o grupo de camundongos que se alimentou em hor�rios regulares e as cobaias que ingeriram os alimentos sem restri��o de tempo. "No entanto, encontramos essas diferen�as profundas na expectativa de vida", frisa Takahashi. Para os cientistas, os dados obtidos refor�am resultados de estudos que avaliaram os efeitos do jejum intermitente em rela��o � perda de peso. "Esses planos de regime podem n�o acelerar a perda de peso em humanos, como relataram pesquisas recentes, mas podem trazer benef�cios � sa�de que se somam a uma vida �til mais longa", avalia.
 
 
MAIS AN�LISES A equipe de investigadores lembra que o trabalho � inicial, e que mais pesquisas s�o necess�rias para entender como a restri��o cal�rica afeta os rel�gios internos do corpo � medida que envelhecemos. Para o grupo, os avan�os nos estudos poder�o ajudar cientistas a encontrarem novas maneiras de prolongar a vida saud�vel dos humanos. "Isso pode vir por meio de dietas com restri��o cal�rica ou por meio de medicamentos que imitam os efeitos delas", indicam os autores. "Podemos sair em busca de uma droga que consiga alterar nossos rel�gios internos, e test�-la para saber se ela pode nos ajudar a prolongar a vida", detalha Takahashi.
 
Açúcar
A an�lise deu foco a fatores de risco cardiometab�licos, como peso corporal, �ndice de massa corporal (IMC), n�veis de a��car no sangue, de colesterol e press�o arterial (foto: Pixabay)
 

 
Controle do a��car com dieta vegana 
 
Uma dieta vegana pode ajudar na perda de peso clinicamente significativa e no controle de a��car no sangue, mostra estudo feito por pesquisadores dinamarqueses. A equipe chegou a essa conclus�o ap�s avaliar 11 trabalhos cient�ficos que, juntos, continham dados de cerca de 800 pacientes. 
A investiga��o foi apresentada na �ltima edi��o do Congresso Europeu sobre Obesidade (ECO), realizado na Holanda, e, segundo os autores, pode ajudar indiv�duos com problemas de sa�de metab�licos, como o diabetes tipo 2.
 
O trabalho abordou estudos, publicados at� mar�o de 2022, que compararam o efeito de dietas veganas a outros tipos de regime. A an�lise deu foco a fatores de risco cardiometab�licos, como peso corporal, �ndice de massa corporal (IMC), n�veis de a��car no sangue, de colesterol e press�o arterial, entre outros.
 
O material analisado envolveu dados de 796 indiv�duos, com idade entre 48 e 61 anos, sobrepeso ou diabetes tipo 2. Essas pessoas haviam sido avaliadas durante pelo menos 12 semanas, e os autores das pesquisas de base consideraram a perda de peso de pelo menos cinco quilos.
 
O grupo dinamarqu�s constatou que, em compara��o com dietas de controle, os regimes veganos reduziram significativamente o peso corporal (m�dia de 4,1kg a menos) e o IMC (1,38kg/m2 a menos). Tamb�m foram registrados efeitos positivos relacionados ao n�vel de a��car no sangue, ao colesterol total e ao "colesterol ruim".
 
PERDA DE PESO “Essa avalia��o rigorosa, feita com as melhores evid�ncias cient�ficas dispon�veis at� o momento, nos indica, com razo�vel certeza, que aderir a uma dieta vegana por pelo menos 12 semanas pode resultar em perda de peso clinicamente significativa e melhorar os n�veis de a��car no sangue. Portanto, ela pode ser usada no controle do excesso de peso e diabetes tipo 2”, afirma, em comunicado, Anne-Ditte Termannsen, uma das autoras do estudo e pesquisadora do Diabetes Center Copenhagen.
 
Os autores observam que, mesmo com os resultados significativos, as investiga��es precisam de aprofundamento. "As dietas veganas provavelmente levam � perda de peso porque est�o associadas a uma ingest�o cal�rica reduzida, devido a um menor teor de gordura e a um maior teor de fibra alimentar. No entanto, s�o necess�rias mais evid�ncias em rela��o a outros resultados cardiometab�licos", justifica Termannsen. 


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