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Estado de Minas PANDEMIA

C�es podem ajudar no diagn�stico da COVID-19

Estudo da Finl�ndia mostra que farejadores t�m desempenho semelhante ao teste PCR para o diagn�stico do novo coronav�rus


17/05/2022 14:15 - atualizado 17/05/2022 14:17

focinho do cachorro
C�es podem ser treinados para detectar pessoas que est�o infectadas pelo novo coronav�rus (foto: Nicolas DEBRAY/Pixabay )
C�es podem ser treinados para detectar pessoas que est�o infectadas pelo novo coronav�rus, e eles se saem muito bem na empreitada. � o que garantem cientistas da Faculdade de Medicina da Universidade de Helsinki, na Finl�ndia. Segundo a equipe, a performance dos animais � equiparada � efic�cia do teste PCR, considerado o padr�o ouro para o diagn�stico do causador da covid-19. Por isso, apostam os pesquisadores, eles podem ser treinados para ajudar no combate � pandemia em andamento e a outras crises sanit�rias.

"Os c�es podem ser usados tanto em locais de alta preval�ncia do Sars-CoV-2, como hospitais, para a pr�-triagem de pacientes e funcion�rios, quanto em locais de baixa preval�ncia, como aeroportos ou portos, para pr�-triagem de passageiros. Isso pode economizar tempo e recursos consider�veis", indicam os autores do estudo, divulgado na edi��o mais recente da revista BMJ Global Health e liderado por Anu Kantele.

Quatro c�es farejadores participaram dos testes que levaram � equipe finlandesa a sugerir a nova arma contra a COVID-19. Em uma primeira etapa, o grupo submeteu 420 volunt�rios ao teste PCR, sendo que 114 deram positivo para a presen�a do Sars-CoV- 2 e 306, deram negativo. As amostras foram apresentadas aleatoriamente a cada c�o ao longo de sete sess�es, feitas em laborat�rio.

De forma geral, a precis�o diagn�stica de todas as amostras detectadas foi de 92%. A sensibilidade combinada — precis�o de detectar aqueles com infec��o — foi de 92%, e a especificidade combinada — precis�o de detectar aqueles sem a infec��o — foi de 91%. A taxa de acur�cia do PCR pode chegar a 99%.

A performance dos animais � equiparada � efic�cia do teste PCR, considerado o padr�o ouro para o diagn�stico do causador da covid-19. Por isso, apostam os pesquisadores, eles podem ser treinados para ajudar no combate � pandemia em andamento e a outras crises sanit�rias

Cientistas da Faculdade de Medicina da Universidade de Helsinki, na Finl�ndia



Os quatro c�es j� haviam sido treinados anteriormente para farejar drogas il�citas, produtos perigosos ou c�nceres. O treinamento para acusar a presen�a do novo coronav�rus durou "semanas", segundo os cientistas, e os animais tiveram performance praticamente semelhante — o com melhor desempenho atingiu 93% para sensibilidade combinada e 95% para especificidade combinada, o com pior, atingiu 88% e 90%, respectivamente.

Os n�meros mudaram pouco em casos de amostras de pessoas infectadas e que n�o apresentavam sintomas da COVID-19 (assintom�ticas). Havia 28 amostras com esse perfil. Apenas uma foi identificada incorretamente como negativa pelos animais, e duas n�o foram cheiradas, o que significa que 25 das 28 (pouco mais de 89%) foram corretamente identificadas como positivas.

Vida real


Em uma segunda etapa, os c�es foram levados para farejar 303 passageiros no Aeroporto Internacional de Helsinki-Vantaa, entre setembro de 2020 e abril de 2021. O resultado do PCR tem efic�cia de 98% — 296 de 303 amostras. J� os animais identificaram corretamente as amostras como negativas em 296 dos 300 testes PCR negativos (99%) e identificaram tr�s casos positivos de PCR como negativos.
 
Ap�s reavalia��o com dados cl�nicos e sorol�gicos, um foi considerado negativo para Sar-CoV-2, outro positivo, e um terceiro como um prov�vel p�s-infeccioso. Da mesma forma, os c�es indicaram quatro casos negativos de PCR como positivos. Todos foram considerados negativos para o Sars-CoV-2 na an�lise posterior.

Como a amostra de casos positivos na vida real era pequena, os cientistas apresentaram aos c�es 155 amostras de pessoas que deram positivo em um teste de PCR. Dessa vez, os animais identificaram corretamente pouco menos de 99% deles como positivos.


Variante alfa


Tamb�m chamou a aten��o da equipe o fato de que os c�es tiveram menos sucesso ao identificar corretamente a variante alfa. Isso porque eles foram treinados para detectar o tipo selvagem, a primeira vers�o do Sars-CoV-2. Para os autores do estudo, por�m, "isso serve para mostrar como os c�es s�o bons em distinguir entre diferentes cheiros".

"Essa observa��o � not�vel, pois comprova o robusto poder discriminat�rio dos c�es farejadores. A implica��o �bvia � que as amostras de treinamento devem cobrir todas as variantes epidemiologicamente relevantes. Nossas observa��es preliminares sugerem que os c�es preparados com um tipo de v�rus podem ser treinados novamente, em poucas horas, para detectar suas variantes", indicam.

Os cientistas ponderam que mais estudos devem ser conduzidos, considerando, por exemplo, as novas variantes do Sars-CoV-2 e testes na vida real com um maior n�mero de infectados. Ainda assim, a equipe enfatiza que estudos recentes t�m mostrado a alta habilidade de c�es em detectar distintos compostos org�nicos liberados por processos metab�licos no corpo, incluindo os gerados por infec��es bacterianas, virais e parasit�rias. "Os farejadores podem apresentar uma abordagem valiosa para triagem r�pida e de alto rendimento de um grande n�mero de pessoas", sustentam.


Semelhan�a com doen�as pedi�tricas


A COVID-19 e a s�ndrome inflamat�ria multissist�mica pedi�trica (SIM-P), complica��o que tem acometido meninas e meninos infectados pelo novo coronav�rus, compartilham a mesma resposta imune, descobriram cientistas da Escola de Medicina da Universidade da Calif�rnia em San Diego, nos Estados Unidos. H� semelhan�as tamb�m com a doen�a de Kawasaki, enfermidade inflamat�ria que intriga pediatras h� mais de 50 anos.

Por meio de an�lises gen�ticas, a equipe identificou um conjunto de 166 genes expressos em doen�as respirat�rias virais, incluindo a COVID-19. Eles, ent�o, descobriram que essa mesma "assinatura g�nica" se aplicava � SIM-P e � doen�a de Kawasaki, o que sugere que todas as condi��es decorrem de um mecanismo subjacente semelhante: a r�pida libera��o de citocinas IL15/IL15RA, prote�na que regula as respostas do sistema de defesa.

"Queremos que nosso sistema imunol�gico nos proteja de est�mulos nocivos, mas algumas crian�as s�o geneticamente predispostas a responder de forma mais intensa, levando a inflama��o e sintomas indesejados em todo o corpo", explica Jane C. Burns, coautora do estudo, publicado na revista Nature Communications.

Embora o trabalho forne�a uma nova estrutura unificadora para essas doen�as, ele tamb�m identifica algumas diferen�as sutis. Por exemplo, os pacientes com SIM-P apresentaram contagens mais baixas de plaquetas e eosin�filos, duas caracter�sticas que podem ser medidas a partir de exames de sangue de rotina.

Segundo Debashis Sahoo, tamb�m autor do estudo, os resultados abrem portas para novas investiga��es que ajudem no desenvolvimento de estrat�gias preventivas. "Acreditamos que nossas descobertas t�m um alto potencial para impactar imediatamente o planejamento de ensaios cl�nicos e tamb�m para moldar as diretrizes de atendimento de clientes", aposta.


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