
Instituto de Otorrinolaringologia & Cirurgia de Cabe�a e Pesco�o-IOU, na Unicamp, e da disciplina de otorrinolaringologia e cirurgia cervico facial da Unicamp, explica que a tireoide pode ter desajuste funcional ou anat�mico: o hipotireoidismo, em que ocorre falta de horm�nio tireoidiano; e o hipertireoidismo, quando ocorre o excesso de produ��o.
Quando a tireoide adoece, o corpo padece. O especialista em cirurgia de cabe�a e pesco�o, Jos� Higino Steck, da equipe de cirurgia de cabe�a e pesco�o do Al�m disso, as altera��es anat�micas podem representar a presen�a de n�dulos na tireoide. Cerca de 15% dos casos encontrados na popula��o s�o diagnosticados durante exame cl�nico, ao apalpar do m�dico. Destes, em torno de 10% podem ser n�dulos malignos. Esse �ndice pode subir quando o exame aplicado � a ultrassonografia. O c�ncer da tireoide � o quinto c�ncer mais comum em mulheres no Brasil.
A tireoide tem o formato de borboleta, est� localizada no pesco�o e “abra�a” a traqueia. Todas as pessoas nascem e vivem com essa gl�ndula. Ela produz os hormo%u0302nios triiodotironina (T3) e a tiroxina (T4).
"Ningu�m vive sem os horm�nios tireoidianos, fundamentais para a regula�a%u0303o do metabolismo, condi��o essencial em todas as fases da vida: crescimento, fertilidade, reproduc%u0327a%u0303o, funcionamento intestinal, batimentos cardi%u0301acos, sono, racioci%u0301nio, memo%u0301ria, etc. Na aus�ncia da tireoide - ou quando ela n�o funciona adequadamente - � necess�ria a reposi��o hormonal para equil�brio do metabolismo", explica Higino. De acordo com o m�dico, algumas doen�as da tireoide s�o autoimunes e outras t�m causas desconhecidas. .
C�ncer de tireoide
O Instituto Nacional de C�ncer (INCA) estima para esse ano 13.780 novos casos de tireoide no Brasil (1.830 homens e 11.950 mulheres). A incid�ncia � maior no sexo feminino devido a um tipo de c�ncer, o papil�fero. Segundo Jos� Higino Steck, n�o existe uma causa definida pra essa discrep�ncia dos �ndices de casos, at� porque n�o se conhece a causa do c�ncer de tireoide.
O tratamento do c�ncer de tireoide pode ser cirurgia, terapias ablativas (abla��o por radiofrequ�ncia) e, em alguns casos, a vigil�ncia ativa, que pode ser usada em alguns casos espec�ficos de tumor e em pacientes peculiares. "Consiste em apenas fazer seguimento, isto �, acompanhar o paciente com exames de ultrassom peri�dicos medindo o tamanho da les�o pra analisar se h� crescimento”.
E os n�dulos podem ser assintom�ticos.
Sintomas
- No hipotireoidismo: altera��o de humor, des�nimo, dist�rbio do sono, pele seca, queda de cabelo, intoler�ncia ao frio (sente mais frio do que o normal), edema de pernas e m�os, intestino preso etc.
- No hipertireoidismo: os sinais s�o opostos aos do hipotireoidismo. Podem apresentar agita��o, irritabilidade, ins�nia, unhas quebradi�as, intoler�ncia ao calor (sente mais calor do que o normal), diarreia, taquicardia e tremor das m�os
Diagn�stico
- Os m�dicos especialistas em endocrinologia e cirurgia de cabe�a e pesco�o podem avaliar pacientes com n�dulos de tireoide. Em geral, o endocrinologista cuida da parte cl�nica e o cirurgi�o de cabe�a e pesco�o faz a cirurgia ou procedimentos na gl�ndula tireoide
- A ultrassonografia � o principal exame para avaliar n�dulos de tireoide
- Os exames de sangue (dosagem de TSH e T4) avaliam a fun��o da tireoide, mas n�o os n�dulos
Tratamentos
Altera��es funcionais podem ser tratadas com medicamentos e altera��es anat�micas podem precisar de cirurgia ou terapias ablativas (abla��o t�rmica ou qu�mica).
Preven��o
N�o existe nenhuma dieta ou cuidado especial que possa impedir o aparecimento de altera��es na tireoide.