(none) || (none)
Publicidade

Estado de Minas SA�DE MENTAL

Esquizofrenia: campanha 'Ou�am Nossas Vozes' combate o estigma

Idealizada pela Janssen, iniciativa traz luz para o preconceito enfrentado h� anos pelos pacientes e seus familiares


03/06/2022 12:40 - atualizado 03/06/2022 16:57

Mulher no centro de um quadro sendo apontada por várias mãos
Dicion�rio Anticapacitista: conta com a curadoria de palavras a partir da escuta das fam�lias, pacientes com esquizofrenia e seus m�dicos sobre os termos e express�es que ouvem e potencializam o preconceito (foto: Gerd Altmann/Pixabay )
Lun�tico, surtado, esquizofr�nico, imbecil, retardado, demente, man�aco. S�o palavras que costumam ser usadas de forma pejorativa na sociedade, em contextos variados, da pol�tica ao futebol, e muito al�m da esfera psiqui�trica. O que s� refor�a o preconceito que j� existe em rela��o aos transtornos mentais e seus pacientes, como ocorre de maneira significativa com a esquizofrenia, doen�a lembrada mundialmente no �ltimo dia em 24 de maio.

Nesse contexto, a Janssen, empresa farmac�utica da Johnson & Johnson, em parceria com o Programa de Esquizofrenia (PROESQ) da Universidade Federal de S�o Paulo (Unifesp), a Associa��o M�os de M�es de Pessoas com Esquizofrenia (AMME), a Associa��o de Cr�nicos do Dia a Dia (CDD) e a Associa��o Ga�cha de Familiares e Pacientes Esquizofr�nicos (Agafape), fez uma campanha de conscientiza��o "Ou�am Nossas Vozes", que conta com o lan�amento do Dicion�rio Anticapacitista sobre sa�de mental.

O dicion�rio conta com a curadoria de palavras a partir da escuta das fam�lias, pacientes com esquizofrenia e seus m�dicos sobre os termos e express�es que ouvem e potencializam o preconceito.

Seu objetivo � conscientizar a sociedade sobre a import�ncia de combater os estigmas erroneamente atribu�dos �s doen�as mentais, como a esquizofrenia, e promover o debate sobre a import�ncia da linguagem inclusiva tamb�m em sa�de mental, trazendo luz � luta contra o capacistimo – termo discriminativo que se refere � falta de aptid�o e capacidade de uma pessoa com alguma defici�ncia (f�sica ou mental) de realizar tarefas corriqueiras.

Dicion�rio Anticapacitista sobre sa�de mental


O preconceito j� come�a na forma como as pessoas utilizam o termo “esquizofrenia” e outras palavras correlatas. O que pode impactar no entendimento das doen�as mentais e dificultar o conv�vio social e a ades�o ao tratamento adequado.

Por isso, o dicion�rio convida a sociedade a conhecer a origem dessas express�es, compreender seus efeitos e adotar alternativas. O material poder� ser acessado na �ntegra, gratuitamente, no site da Janssen. 

“A falta de conhecimento sobre a doen�a e o preconceito podem impactar diretamente na vida da pessoa que tem esquizofrenia e em sua fam�lia. O preconceito � um dos principais impeditivos para que o paciente busque tratamento. Muitas vezes o pr�prio paciente e sua fam�lia encaram a doen�a com preconceito, n�o aceitando e nem procurando a ajuda m�dica. O que prejudica ainda mais o controle da doen�a, ampliando epis�dios de crises e interna��es”, refor�a o  Rodrigo Bressan, psiquiatra e professor da Universidade Federal de S�o Paulo (Unifesp).

Leia tamb�m: Maior estudo mundial da �rea identifica genes espec�ficos na esquizofrenia.

A esquizofrenia n�o tem cura


Del�rios, alucina��es, altera��es de comportamento, redu��o do afeto com as pessoas, isolamento social e dificuldade em iniciar e manter atividades s�o caracter�sticas da esquizofrenia, uma das doen�as psiqui�tricas mais graves e que atinge 1,6 milh�o de brasileiros.

Considerada a terceira doen�a que mais afeta a qualidade de vida entre a popula��o de 15 a 45 anos de idade, ela � definida como um transtorno mental grave que compreende manifesta��es variadas de pensamento, percep��o, emo��o, movimento e comportamento.

N�o existe um exame laboratorial ou de imagem que identifique a esquizofrenia. O diagn�stico � cl�nico e baseado em crit�rios definidos, como o primeiro deles a presen�a de sintomas, e o segundo, a exclus�o de determinadas condi��es.

Apesar de n�o ter cura, � poss�vel que, com o tratamento mais adequado, a pessoa se recupere e volte ao conv�vio social e ao mercado de trabalho, evitando novos surtos psic�ticos que podem causar perdas biol�gicas cerebrais.

O tratamento � multidisciplinar 


O tratamento para a esquizofrenia deve englobar abordagens m�ltiplas com o psiquiatra e equipe de sa�de multidisciplinar, incluindo tratamentos medicamentosos, psicoterapia e acompanhamento psicol�gico, al�m da aten��o de familiares e da rede de apoio.

“Quando a esquizofrenia n�o est� controlada adequadamente com as medica��es, o paciente pode ter crises psic�ticas, altera��o de comportamento e eventualmente interna��es. A cada epis�dio psic�tico existe uma progress�o da doen�a e uma piora da resposta �s medica��es, al�m de uma redu��o do volume cerebral. Mas, quando tratada correta e continuamente, os sintomas estabilizam e o paciente pode ter uma vida aut�noma, produtiva e com qualidade de vida”, complementa Rodrigo Bressan. 

Campanha 'Ou�am Nossas Vozes'


Em seu quarto ano consecutivo, a campanha Ou�am Nossas Vozes tem como objetivo a conscientiza��o sobre a esquizofrenia para alertar, levar conhecimento sobre a doen�a e combater os estigmas e preconceito existentes sobre sa�de mental. Al�m disso, visa empoderar os pacientes e seus familiares na busca pelo diagn�stico correto e as melhores alternativas de tratamento para voltar a ter uma vida socialmente ativa. 

“A neuroci�ncia est� diretamente ligada � hist�ria da Janssen. Nos anos 1950, o fundador da companhia, Paul Janssen, foi quem criou o primeiro antipsic�tico que permitia o tratamento de pacientes em casa. E desde ent�o, mantivemos o compromisso em buscar tratamentos e levar conhecimento que auxiliem os pacientes de sa�de mental a ter mais qualidade de vida”, ressalta Luciana Sobral, diretora de comunica��o & public affairs da Janssen Brasil.

Alguns exemplos citados em dicion�rios:

 
1 - “Surtado(a)”

Muitas pessoas utilizam a palavra “surto” para descrever mudan�as de comportamento inesperadas ou desproporcionais diante de acontecimentos do dia a dia. No entanto, diferentemente do que ocorre em situa��es cotidianas espec�ficas, como um acesso de raiva passageiro em meio a uma briga, por exemplo, o surto psic�tico faz parte do conjunto de sintomas que caracterizam o diagn�stico de esquizofrenia. A pessoa diagnosticada pode apresentar alucina��es, del�rios, ansiedade, agressividade, pensamento ou comportamento desorganizados e dificuldade de comunica��o.

Pessoas com esquizofrenia, quando n�o est�o com os sintomas controlados pelo tratamento, podem ter quadros de surto. Chamar algu�m de “surtado(a)” estigmatiza quem vive com essa condi��o.

Troque por: “Sem controle”, “Est� impulsivo”, “Est� descontrolado”
 

2 - “Voc� n�o tem ‘cara’ de esquizofr�nico”


Sintomas de embotamento afetivo, ou seja, dificuldade de demonstrar emo��es e sentimentos, podem modificar a express�o facial de pessoas com esquizofrenia, mas n�o causam mudan�as na fisionomia e nos tra�os em si. Quando o indiv�duo est� em tratamento regular e com os sintomas controlados, n�o � poss�vel notar que ele vive com esse transtorno psiqui�trico. Por isso, quando algu�m compartilhar com voc� que foi diagnosticado com essa condi��o, evite este tipo de coment�rio.

Troque por: na realidade, n�o h� substitui��o para esta express�o. Afinal, como j� foi mencionado, a esquizofrenia n�o tem “cara”.

3 - “Voc� � lun�tico(a)”


O termo lun�tico � derivado da palavra latina lunaticus, que originalmente se referia principalmente � epilepsia ou � loucura, como doen�as que se pensava serem causadas pela lua. Hoje, essa associa��o pode diminuir o car�ter m�dico dos transtornos neurol�gicos e psiqui�tricos, conferindo a eles um ar m�stico, o que alimenta mitos e desencoraja o acompanhamento especializado. Ao usar esta express�o, o interlocutor pode insinuar que a pessoa � perigosa, imprevis�vel e n�o tem controle sobre suas pr�prias a��es. Palavras como “man�aco(a)” e “psic�tico(a)” tamb�m devem ser evitadas.

Troque por: n�o h� substitui��o para esta express�o. Por isso, � melhor n�o utiliz�-la. 

 


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)