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Estado de Minas

Geriatra: saiba quando procurar esse m�dico e como ele pode ajudar voc�

Um geriatra n�o � um m�dico que s� atende pessoas j� idosas. Ele j� � �til antes de se chegar � terceira idade


postado em 18/01/2020 04:00

(foto: Alexandre Rezende/Encontro BH)
(foto: Alexandre Rezende/Encontro BH)
 

"Al�m dos aspectos f�sicos, durante as consultas falo da minha rela��o com os meus filhos,  do meu sono, das coisas que gosto de fazer..."

Raquel Negri, 
terapeuta
 

Viver bem, com autonomia e mem�ria em forma, � uma conquista que n�o depende s� de uma boa gen�tica. O estilo de vida � decisivo para a maturidade ativa. Embora muitos n�o gostem de ouvir essa frase, envelhecer � inevit�vel e para todos. Chegar l� com disposi��o, alegria e leveza � uma experi�ncia individual e envolve muitas descobertas. Nessa caminhada, o m�dico geriatra � uma esp�cie de guia, que ajuda na busca pela sa�de e lucidez, esclarecendo pontos importantes para um pa�s que come�a a deixar de ser jovem.

Assim como o pediatra acompanha as crian�as e o cl�nico deveria ser uma refer�ncia para os adultos, o geriatra cuida dos mais velhos e tem sido procurado por muitos pacientes antes mesmo dos 60 anos, idade considerada como marco da maturidade pela Organiza��o Mundial de Sa�de (OMS). Mais do que observar problemas espec�ficos do corpo humano, o olhar desse m�dico vai al�m. Do seu radar minucioso e atento aos detalhes n�o costumam escapar quest�es sens�veis como os relacionamentos do paciente, a capacidade em pensar e executar ideias, al�m da habilidade para fazer amigos. Com vis�o multidisciplinar, esse m�dico pode ajudar a cuidar da sa�de at� mesmo em momentos delicados, como na transi��o para a aposentadoria.

Se a meta � ter uma boa qualidade de vida depois dos chamados "enta", quanto mais cedo as medidas preventivas come�am, melhor. O m�dico Fl�vio Can�ado, ex-presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria em Minas Gerais, explica que essa � uma pr�tica que deve nascer na inf�ncia. � como preparar o terreno desde cedo para uma boa colheita. "A geriatria come�a na estrutura da fam�lia, com a boa alimenta��o, vacina��o adequada, com o bom exemplo de uma vida saud�vel dos pais para as crian�as. Pelo acesso � educa��o." Um dos pioneiros da especialidade em Minas, Fl�vio diz que o envelhecimento ainda � um tema complexo, j� que a maturidade traz um rompimento do equil�brio fisiol�gico. Para viver bem, a preven��o e o conhecimento das necessidades dessa fase da vida s�o consensos. "Com as novas descobertas da tecnologia, se essa gera��o que est� nascendo agora cuidar bem da sa�de f�sica e emocional pode chegar aos 100 anos", afirma o m�dico.

Mas como caminhar bem at� o topo da montanha? Muitos fatores pesam, mas tr�s s�o bem importantes: a gen�tica, os h�bitos de vida e os projetos pessoais. Como um bom exemplo, Fl�vio cita o caso de um paciente registrado em um livro cient�fico de refer�ncia em geriatria. "Quando jovem, esse paciente cuidava de todas as colinas do entorno da sua propriedade rural, at� mesmo do espa�o dos vizinhos", diz o m�dico. Quando ficou mais velho, as dores na articula��o o fizeram reduzir o ritmo. � medida que o tempo passou, ele come�ou a cuidar do pomar, depois das plantas no entorno da casa. A caminho dos 100 anos, seu interesse em fazer o que gostava n�o diminuiu e ele passou a cuidar da jardineira da sua janela. "Precisamos olhar para algo que gostamos muito e ter interesse em todas as etapas da vida", diz. "O prazer no trabalho � fundamental para envelhecer bem. Os mais velhos tamb�m devem ser incentivados a ter esse objetivo".
 
 
(foto: Violeta Andrada/Encontro BH)
(foto: Violeta Andrada/Encontro BH)
 

"Ter interesses e gostar do que se faz � fundamental para o envelhecimento saud�vel"

Fl�vio Can�ado, 
m�dico geriatra
 
 
ACOMPANHAMENTO COMPLETO  

Depois de transferir os cuidados integrais ao seu ginecologista, ao completar 50 anos a terapeuta corporal Raquel Negri estava em busca de um cl�nico. Queria um especialista que pudesse acompanh�-la de forma completa, em vez de consultar diversos especialistas. Encontrou o geriatra. "A consulta me surpreendeu de forma positiva. Apesar de ser um m�dico de conv�nio, eu n�o senti pressa. A consulta durou o tempo que era necess�rio", diz. Segundo ela, a conversa � sempre longa. "Al�m dos aspectos f�sicos, durante as consultas falo da minha rela��o com os meus filhos, do meu sono, das coisas que gosto de fazer..." Com esse acompanhamento mais pr�ximo, Raquel descobriu que precisava fazer a reposi��o de algumas vitaminas, como a B12 e a D. Em conjunto com o seu ginecologista, foi orientada tamb�m sobre reposi��o hormonal. "Apesar de ser professora de ioga, depois que passei a frequentar o geriatra estou pegando mais pesado com a atividade f�sica."

Como Raquel, a servidora p�blica aposentada Dayse Moreno procurou pelo especialista ao romper a barreira dos 50. No consult�rio do geriatra, ela, que est� com 53, descobriu pontos importantes para sua sa�de. "Eu passei por um reequil�brio org�nico que me ajudou muito", diz. "Fazia atividade f�sica e n�o conseguia emagrecer", lembra. Dayse conta que passou a ter mais consci�ncia corporal e a fazer reposi��o de algumas vitaminas e minerais. O geriatra a ajudou a compreender melhor a reposi��o hormonal. "Esse era um tema sobre o qual eu tinha resist�ncia, mas j� vejo de uma forma bem mais tranquila", afirma. "Minha meta � chegar aos 90 com disposi��o para todas as coisas que gosto de fazer".

Se a inten��o � prolongar o envelhecimento produtivo, saud�vel e independente at� bem longe, como deseja Dayse Moreno, o ideal � levar a s�rio recomenda��es como pr�tica de atividade f�sica, alimenta��o equilibrada e atividade intelectual. Essas orienta��es valem muito, mas � bom n�o esquecer: "A afetividade da fam�lia, a capacidade para ter amigos e ter prazer em atividades di�rias est�o relacionados com a longevidade ativa", diz Fl�vio Can�ado.

*Da revista Encontro BH










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