
Dawidson � professor do Departamento de Bioqu�mica e Imunologia da UFMG e tamb�m comanda o laborat�rio Biolink, que atua na �rea de engenharia de tecidos epiteliais para a cria��o de peles artificiais, usadas no tratamento de queimaduras e de feridas causadas por diabetes. O pesquisador desenvolve estudos nessa �rea h� mais de 10 anos.
O que � a bioimpress�o?
A bioimpress�o � uma t�cnica avan�ada de impress�o 3D que utiliza c�lulas vivas para recriar tecidos e �rg�os humanos. Essa nova tecnologia revoluciona a medicina, pois permitir� cria��es com alta precis�o e sem risco de rejei��o, al�m de serem feitas sob medida para cada paciente.
“As bioimpressoras garantem uma melhor qualidade dos estudos. Anteriormente, t�nhamos que simular as camadas dos �rg�os manualmente, o que n�o era muito preciso. Atualmente, com a bioimpress�o, podemos simular a localiza��o das c�lulas com muita precis�o, aumentando a confian�a dos testes que realizaremos no futuro”, explica o professor.
N�o faltam motivos para que a bioimpress�o seja a aposta mais promissora do laborat�rio: al�m de permitir que �rg�os humanos completos sejam produzidos, tamb�m poder� reduzir o uso de animais em pesquisas ou at� mesmo em testes de citotoxicidade, realizados para a avalia��o de seguran�a de rem�dios ou cosm�ticos.
“A vantagem do nosso trabalho � conseguir reproduzir pequenos �rg�os com a estrutura similar aos �rg�os dos animais. Assim, os testes in vitro s�o mais reprodut�veis, quando comparado aos testes em animais vivos”, compara Dawidson Gomes.
O seu uso tamb�m poder� possibilitar a t�cnica ‘organ-chip’ ou ‘human-chip’, que permite a simula��o da intera��o entre �rg�os produzidos em laborat�rio.
Transplante de �rg�os
No campo dos transplantes de �rg�os, a bioimpress�o tem o potencial de solucionar o problema da falta de doadores. Atualmente, milhares de pessoas em todo o mundo aguardam na fila por um doador, o que pode levar anos ou at� mesmo resultar na morte do paciente.
"O avan�o desse tipo de tecnologia vai extinguir por completo a doa��o de �rg�os para transplantes. Pegaremos c�lulas do mesmo indiv�duo, cresceremos no laborat�rio e criaremos um �rg�o sob medida", diz o professor.
Em mar�o, a fila de transplante de �rg�os no Brasil passava de 50 mil pessoas, algo que n�o acontecia desde 1998.