
A astrof�sica nascida no Rio de Janeiro, Lia Medeiros, � pesquisadora do Instituto de Estudos Avan�ados dos Estados Unidos. Em um estudo publicado em fevereiro desse ano no Astrophysical Journal Letters e divulgado nesta quinta-feira (13), ela e uma equipe de outros cientistas utilizaram os dados de observa��es do EHT para fazer os aperfei�oamentos.
Na ocasi�o, o registro do M87*, nome do buraco negro fotogradado, tinha apar�ncia de estar "borrado". Com a atua��o de Lia e seus pares, as imagens capturadas � epoca tiveram sua nitidez ampliada e podem ser vistas com mais detalhes, at� ent�o, in�ditos.
So excited to finally share that our paper presenting a new image of M87 is out! See press release here: https://t.co/oQWrdhw6lh paper here: https://t.co/o2wKKtdACg pic.twitter.com/93AlQvreNw
%u2014 Lia Medeiros PhD (@astronolia) April 13, 2023
Ajuda do PRIMO
Conhecido pelo acr�nimo em ingl�s PRIMO, o algoritmo de intelig�ncia artifical se baseia na t�cnica de aprendizado de m�quina para dar mais defini��o para imagem capturada. A ideia � que, ao utilizar os dados obtidos pelo EHT, que possui telesc�pios espalhados em diferentes locais do globo, a qualidade fique melhor.
Esses dispositivos coletam milhares de terabytes de dados � medida em que Terra gira sob o seu pr�prio eixo. O sistema, ent�o, � treinado para analisar mais de 30 mil imagens simuladas de buracos negros. Assim, � poss�vel preencher os espa�os "vazios" que n�o tinham sido percebidos, aumentando a nitidez da nova imagem.
- Leia tamb�m: Como � um buraco negro?
Sobre o algoritmo, em um material divulgado no site do Instituto de Estudos Avan�ados, a pesquisadora brasileira afirma que a nova imagem � a mais n�tida poss�vel, at� o momento.
"Com a nossa t�cnica de aprendizado com PRIMO, n�s somos capazes de atingir a m�xima resolu��o da atual imagem", disse Medeiros.

Ela tamb�m ressalta a import�ncia desse avan�o. A partir desse aperfei�oamento das imagens, os pesquisadores poder�o entender melhor o comportamento do buraco negro e suas mais novas particularidades.
"Como n�o podemos estudar os buracos negros de perto, o detalhe de uma imagem tem um papel cr�tico em nossa capacidade de entender seu comportamento", completou.