
Tendo por base informa��es de uma equipe que, por seis anos, fez observa��es com o Very Large Telescope (VLT) do Observat�rio Europeu do Sul (ESO), o Observat�rio Nacional explica que este � o “primeiro buraco negro de massa estelar adormecido a ser detectado fora de nossa gal�xia”.
Diz-se que um buraco negro est� “adormecido” quanto n�o emite altos n�veis de raios X, que � justamente como esses eventos s�o detectados. O fato de que este buraco negro n�o est� recebendo mat�ria de uma estrela companheira torna a pesquisa ainda mais especial, e o fen�meno mais dif�cil de ser medido.
Esses dois objetos – o buraco negro e a estrela – formam um sistema bin�rio. Caso se aproximem suficientemente um do outro, pode ser que essa estrela comece a transferir mat�ria para o buraco negro que, ent�o, sairia do estado adormecido em que se encontra.
Apesar de n�o serem vis�veis, uma vez que, devido � gravidade colossal, atraem (ou distorcem) at� mesmo a luz, os buracos negros podem ser percebidos matematicamente, pela influ�ncia que exercem em outros corpos celestes.
De acordo com o Observat�rio Nacional, o buraco negro em quest�o tem aproximadamente dez vezes a massa do Sol e a estrela que o acompanha tem 25 vezes a massa solar.
“H� mais de dois anos que andamos � procura destes sistemas bin�rios com buracos negros”, diz a coautora do trabalho Julia Bodensteiner, pesquisadora do ESO, na Alemanha. Outro coautor do estudo, Pablo Marchant, da KU Leuven, diz ser surpreendente o t�o pouco que se sabe a respeito de buracos negros adormecidos, “dado o qu�o comuns os astr�nomos acreditam que eles sejam”.
Para realizar o estudo, a equipe observou quase mil estrelas massivas na regi�o da Nebulosa da Tar�ntula, localizada na Grande Nuvem de Magalh�es, na busca por alguma que tivesse um buraco negro como companheiro.