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Estado de Minas CI�NCIA

Estudo identifica primeiro c�ncer em mam�fero extinto brasileiro

O f�ssil com o c�ncer no f�mur direito foi encontrado na Bahia e � de um exemplar de pregui�a que viveu na era do gelo


02/11/2020 15:53 - atualizado 02/11/2020 16:09

Reconstituição da preguiça (Nothrotherium maquinense), com tumor em sua coxa direita. Ilustração por Guilherme Gehr (foto: CPRM/Reprodução)
Reconstitui��o da pregui�a (Nothrotherium maquinense), com tumor em sua coxa direita. Ilustra��o por Guilherme Gehr (foto: CPRM/Reprodu��o)

Um estudo de pesquisadores do Servi�o Geol�gico do Brasil (SGB/CPRM) foi publicado no peri�dico Historical Biology e registra o primeiro c�ncer diagnosticado em um mam�fero extinto n�o humano do per�odo geol�gico Quatern�rio, conhecido popularmente como a era do gelo.

O f�ssil com o c�ncer no f�mur direito � de um exemplar de pregui�a da esp�cie Nothrotherium maquinense e foi descoberto na Lapa dos Peixes I, caverna localizada na Serra do Ramalho, na Bahia.

O paleont�logo do Museu de Ci�ncias da Terra do Servi�o Geol�gico do Brasil, Rafael Costa da Silva, disse � Ag�ncia Brasil que o exemplar foi encontrado em 2014, durante projeto desenvolvido pelo �rg�o para mapear e estudar cavernas na Bahia, tendo como meta entender a circula��o da �gua e como a hidrologia funciona ali.

No entanto, os pesquisadores acabaram achando mais de 500 f�sseis na regi�o.

“Esse exemplar estava quase inteiro e a gente percebeu que havia uma protuber�ncia �ssea no f�mur que n�o devia estar ali, porque a gente conhece a anatomia dos animais. Ainda na caverna, imaginei que aquilo podia ser uma patologia, at� um tipo de tumor. N�o � uma coisa muito comum”, disse.

Foram feitas tomografias do osso e l�minas microsc�picas para se chegar a esse diagn�stico.

“Realmente, o padr�o de crescimento das c�lulas indica que � um tipo de c�ncer �sseo. E acontece que � o primeiro caso de um c�ncer �sseo descoberto em um mam�fero no Brasil, em um animal dessa idade”, salientou o paleont�logo.

“� o primeiro caso em f�ssil no mundo”, emendou. Acrescentou que, em esp�cies humanas (homin�deos), h� casos de c�ncer descobertos e melhor estudados, “porque s�o humanos”, mas nunca antes em f�ssil mam�fero n�o humano.

Museu e expedi��es 


O per�odo Quatern�rio vai de 2 milh�es ou 1,5 milh�o de anos para c�, at� 12 mil anos. Para um paleont�logo, � bem recente, disse Costa da Silva, que trabalha com material de 200 milh�es a 300 milh�es de anos.

As pe�as est�o na cole��o de paleontologia do Museu de Ci�ncias da Terra (MCTer), do Servi�o Geol�gico do Brasil, no Rio de Janeiro.

No momento, o museu est� fechado para obras. Por�m, est� nos planos para 2021 a realiza��o de exposi��o virtual que leve at� a sociedade imagens do f�ssil e do acervo do equipamento. “Est� nos nossos planos fazer algo nesse sentido”, disse.

Em raz�o da pandemia do novo coronav�rus, as exposi��es itinerantes foram suspensas. A expectativa � que o museu seja reaberto dentro de dois anos.

Os paleont�logos fizeram uma expedi��o neste ano a cavernas da Col�mbia e est�o come�ando a estudar os resultados. A meta foi fazer avalia��o das cavernas, ver o potencial de serem achados f�sseis e estabelecer o que fazer quando isso ocorrer.

Outras expedi��es dever�o ser feitas no futuro, porque atualmente, devido � pandemia, n�o se est� conseguindo fazer trabalho de campo, finalizou Costa da Silva.


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