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Estado de Minas IMUNIZANTES SEGUROS

Estudo confirma que vacina contra COVID � segura para gr�vidas e pu�rperas

Estudo com mais de 17 mil mulheres refor�a que vacina n�o representa riscos para gr�vidas e pu�rperas


18/08/2021 09:03

(foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)
(foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)
Uma pesquisa americana mostrou que a vacina contra a COVID-19 n�o gera rea��es graves a gr�vidas e mulheres que est�o amamentando. Os especialistas chegaram a essa conclus�o ap�s avaliar dados de mais de 17 mil volunt�rias, incluindo gestantes que se imunizaram. Os dados foram apresentados na �ltima edi��o da revista especializada Jama e podem ser usados em campanhas de incentivo � vacina��o.

O trabalho teve in�cio em janeiro deste ano, com buscas on-line por mulheres n�o gr�vidas, gestantes e pu�rperas para participar dos testes. As volunt�rias foram convidadas a descrever suas rea��es ap�s receberem pelo menos uma dose da vacina contra a COVID-19. Em mar�o, 17.525 pessoas haviam respondido �s perguntas dos especialistas.

Entre as participantes, 44% estavam gr�vidas e 38% amamentando seus beb�s. Dezoito por cento das mulheres informaram ter planos de engravidar em breve. A maioria das volunt�rias (62%) recebeu a vacina produzida pela empresa Pfizer e residia nos Estados Unidos. Por meio das respostas, os especialistas constataram que grande parte das mulheres sentiu dor no local da inje��o (91%). A sensa��o de fadiga foi relatada por 31% das volunt�rias, enquanto 25% contaram ter registrado uma temperatura m�dia de 100 °F (37°C).

Um pequeno grupo (5%-7%) informou ter notado uma diminui��o no suprimento de leite p�s-vacina��o, mas destacaram que isso n�o prejudicou a amamenta��o de seus filhos. "Nosso estudo mostrou que n�o houve qualquer aumento de rea��es em gr�vidas al�m do que se espera de uma vacina", declarou Linda Eckert, professora de obstetr�cia e ginecologia da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, e l�der do estudo. "As gr�vidas se d�o bem com a vacina", acrescentou a pesquisadora Alisa Kachikis, coautora do trabalho.

As cientistas acreditam que os dados podem ajudar a tranquilizar as gestantes, mostrando que o imunizante n�o gera riscos � sua sa�de. "Esperamos que essas constata��es sejam um alento para essas mulheres e que elas n�o tenham receio em se proteger, at� porque sabemos que a COVID-19 pode ser extremamente danosa �s gestantes. � mais uma evid�ncia de que a vacina � segura e bem tolerada em gr�vidas", frisou Eckert. "Esse � um medo comum que ou�o de muitas das minhas pacientes", complementou.

As pesquisadoras adiantam que o trabalho ter� continuidade, uma vez que mais mulheres t�m compartilhado suas experi�ncias com os imunizantes. Elas tamb�m esperam expandir o estudo para outros grupos socioecon�micos. "Chegamos � marca de 20 mil mulheres inscritas nesse trabalho e novas entrevistadas continuam nos respondendo", revelou Kachikis. "Tamb�m acreditamos que pesquisas futuras sobre novos imunizantes contra COVID-19 precisam incluir gestantes e pu�rperas", complementou a cientista.

Integrante do Departamento Cient�fico de Imuniza��o da Associa��o Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai), Gisele Zuvanov Casado ressaltou a relev�ncia do estudo ao refor�ar a seguran�a dos imunizantes, o que poder� incentivar as gestantes a se vacinarem.

"Muitas das gr�vidas e pu�rperas se preocupam com problemas graves que podem acontecer por causa da imuniza��o, como a trombose, por exemplo, mas sempre frisamos que o risco desses danos � ainda maior se elas contraem o novo coronav�rus. Por isso, sempre pedimos para se vacinarem, pois assim como esse estudo mostra, elas n�o v�o enfrentar problemas e nem seus beb�s v�o ser prejudicados", ressaltou a especialista.

Gisele Casado assinalou que a pesquisa tamb�m ajuda a preencher lacunas presentes durante o processo de desenvolvimento das vacinas contra COVID-19. "No in�cio da pandemia, os especialistas avaliaram os imunizantes de forma mais geral, sem focar nesses grupos de maiores riscos, por causa da pressa. N�o t�nhamos muito tempo e precis�vamos de algo efetivo rapidamente. Agora, com esses trabalhos, podemos ter uma avalia��o mais minuciosa desses grupos, o que � algo muito positivo", complementou.
(foto: Pixabay)
(foto: Pixabay)


Palavra de especialista

Grupo de risco

"Esses estudos com dados do mundo real, que n�o tratam de an�lises laboratoriais, s�o sempre muito importantes, pois nos d�o um panorama mais certeiro. Essa seguran�a dos imunizantes nesses grupos de mulheres j� estava sendo vista por especialistas no dia a dia, mas, agora, temos dados ainda mais robustos. � importante mostrar que n�o existem riscos graves �s gestantes, pois muitas delas t�m medo de sofrer com problemas extremos, principalmente o aborto.

Vemos que as chances de isso ocorrer por causa da vacina s�o muito pequenas, e que elas v�o estar bem mais vulner�veis a essa complica��o maior se n�o se vacinarem. A taxa de aborto entre gr�vidas com COVID-19 varia entre 10% e 25%, nas n�o infectadas � de 0,7%, um n�mero bem mais baixo. As gestantes s�o grupo de risco da COVID-19, elas t�m mais chance de ter a forma grave da enfermidade, de ir pra UTI e tamb�m de usar respiradores artificiais. Por isso, � essencial que todas se protejam, e isso � feito por meio da vacina."

C�sar Carranza, infectologista do Hospital Anchieta, em Bras�lia

Sem rea��o, mas com anticorpos

O fato de uma pessoa n�o ter rea��o � vacina anticovid nada tem a ver com a prote��o adquirida contra o novo coronav�rus, destaca uma pesquisa realizada nos Estados Unidos. Os autores do estudo, publicado na revista especializada Jama Internal Medicine, esperam que as conclus�es ajudem a tranquilizar aqueles que acreditam que � necess�rio "passar mal" para obter bons resultados.

Os especialistas avaliaram dados de 954 profissionais de sa�de da cidade de Baltimore, imunizados com vacinas fabricadas pela Pfizer/BioNTech e Moderna. Por meio das an�lises, eles constataram que todos os participantes no estudo, mesmo os que n�o relataram efeitos colaterais sequer leves, como cansa�o, dor de cabe�a e febre, apresentaram um n�mero alto de anticorpos protetores ao novo coronav�rus.

Os pesquisadores tamb�m relataram ter observado uma ocorr�ncia maior desse tipo de mal-estar nos participantes que tiveram COVID-19 antes da imuniza��o ou em quem estava tomando a segunda dose de vacina. "Isso nos mostra que a presen�a pr�via de anticorpos para o v�rus pode estar relacionada a rea��es desses medicamentos", destacaram no trabalho os autores do trabalho, liderado por Amanda Debes, da Universidade John Hopkins.

"Os avaliados demonstraram uma resposta de anticorpos forte ap�s a segunda dose, independentemente de rea��es induzidas. Com isso, acreditamos que as pessoas que n�o desenvolveram problemas adversos ap�s imunizadas podem respirar tranquilas, pois tamb�m est�o protegidas", enfatizaram os especialistas no artigo publicado na Jama. O estudo tamb�m encontrou uma correla��o j� esperada com a faixa et�ria, indicando que pessoas com mais de 60 anos t�m, em geral, uma resposta imune mais fraca.


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