
A cirurgia foi realizada na NYU Langone Health e foi relatada pela primeira vez pelo USA Today nesta ter�a-feira (19/10). No entanto, a pesquisa ainda n�o foi revisada para publica��o em revista m�dica. O rim transplantado estava no animal geneticamente modificado para que desenvolvesse o �rg�o com redu��o da probabilidade de rejei��o pelo corpo humano.
Resultados
De acordo com o Robert Montgomery, diretor do Instituto de Transplante Langone da NYU, que realizou o procedimento em setembro, o rim, ligado aos vasos sangu�neos na parte superior da perna fora do abd�men, funcionou normalmente e produziu urina e produto residual da creatinina quase de maneira imediata.
"Foi melhor do que pens�vamos. Parecia qualquer transplante que eu j� fiz de um doador vivo. Muitos rins de pessoas falecidas n�o funcionam imediatamente e levam dias ou semanas para come�ar. Isso funcionou imediatamente", explicou Montgomery. O grupo de cirurgi�es participou da sele��o e identifica��o do paciente que receberia o procedimento experimental.
O paciente era doador de �rg�os registrado, mas como n�o eram adequados para transplante, a fam�lia concordou em permitir a pesquisa. O rim usado no novo procedimento foi obtido por meio do nocaute de um gene de porco que codifica uma mol�cula de a��car que provoca uma resposta agressiva de rejei��o humana. O porco foi geneticamente modificado pela Revivicor e aprovado pela Food and Drug Administration para uso como fonte de terap�utica humana.
Acompanhamento
Montgomery explicou que tamb�m foi transplantado o timo do porco, uma gl�ndula que est� envolvida no sistema imunol�gico, como forma de evitar rea��es imunol�gicas nos rins. Ap�s anexar o rim aos vasos sangu�neos na parte superior da perna, os cirurgi�es o cobriram com um escudo protetor para que pudessem observ�-lo e coletar amostras de tecido durante o per�odo de estudo de 54 horas.
"N�o parecia haver qualquer tipo de incompatibilidade entre o rim de porco e o humano que faria com que n�o funcionasse. N�o houve rejei��o imediata do rim", disse Montgomery. Mas apesar do sucesso imediato, as perspectivas de longo prazo ainda s�o desconhecidas. "Isso nos permitiu responder a uma pergunta realmente importante: h� algo que vai acontecer quando movermos isso de um primata para um humano? Ou ser� desastroso?", concluiu.