
O �rtico � conhecido por aquecer mais r�pido do que a maioria das outras partes do mundo, levando a mudan�as ambientais substanciais nesta regi�o. A pesquisa sugere que haver� mais chuvas do que neve em algum momento do s�culo 21, mas ainda n�o est� claro quando essa altera��o ocorrer�.
L�der do estudo, Michelle McCrystall, da Universidade de Manitoba, no Canad�, usou as �ltimas proje��es do Coupled Model Intercomparison Project (CMIP6) para avaliar as mudan�as no ciclo da �gua do �rtico at� 2100. Os autores descobriram que a precipita��o, como chuva e neve, deve aumentar em todas as esta��es.
Mitiga��o
Prev�-se que a chuva se torne a forma dominante de precipita��o uma a duas d�cadas mais cedo do que os modelos anteriores sugeridos, dependendo da esta��o e da regi�o. O problema est� associado ao aumento do aquecimento e ao decl�nio mais r�pido do gelo marinho.
Modelos anteriores projetaram a transi��o do �rtico central para uma regi�o dominada pela chuva em 2090, mas agora est� previsto que isso ocorra entre 2060 e 2070. Os autores sugerem que um �rtico dominado por chuvas pode ocorrer em limiares de temperatura mais baixos do que estimativas antigas, mesmo com aquecimento de 1,5°C em algumas regi�es, como a Groenl�ndia.
Os autores argumentam que pol�ticas mais rigorosas de mitiga��o do clima s�o necess�rias, j� que um �rtico com predomin�ncia de chuvas teria impactos sobre o derretimento da camada de gelo, rios e popula��es de animais selvagens, al�m de importantes implica��es s�cioecol�gicas, culturais e econ�micas. "Como o �rtico continua a aquecer mais r�pido do que o resto do planeta, aumenta a evid�ncia de que a regi�o est� passando por mudan�as ambientais sem precedentes", diz o artigo.
"As mudan�as no �rtico j� s�o profundas e este artigo examina de perto o que podemos esperar do futuro", destacou Gavin Schmidt, diretor do Instituto de Estudos Espaciais da Ag�ncia Espacial Norte-Americana (Nasa) em um coment�rio publicado no site Science Media Centre. "Os autores mostram que os impactos est�o fortemente ligados � taxa geral de mudan�a da temperatura global e, portanto, depender�o das emiss�es de gases de efeito estufa daqui para frente. Esses resultados implicam que os piores impactos podem ser evitados se os pa�ses corresponderem �s suas inten��es declaradas de cortar as emiss�es em linha com o acordo de Paris e atualizarem as Contribui��es Determinadas Nacionalmente (NDC) da recente cimeira de Glasgow.