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Estado de Minas QUEBRANDO MITOS

Engenheiros espaciais e neurocirurgi�es n�o s�o mais inteligentes que a m�dia, mostra estudo

Objetivo dos pesquisadores era verificar se estere�tipo comum nos pa�ses de l�ngua inglesa tinha algum fundamento na realidade


14/12/2021 15:50 - atualizado 16/12/2021 10:28


Protótipo de foguete
Objetivo dos pesquisadores era verificar se estere�tipo comum nos pa�ses de l�ngua inglesa tinha algum fundamento na realidade (foto: Getty Images)

Um estudo conduzido no Reino Unido chegou � conclus�o de que engenheiros espaciais e neurocirurgi�es n�o s�o necessariamente mais inteligentes do que a popula��o em geral.

Existe uma esp�cie de m�stica entre os falantes da l�ngua inglesa em torno dessas duas profiss�es, frequentemente inseridas em express�es do dia a dia como sin�nimo de coisas dif�ceis e complicadas.

O t�tulo da pesquisa, publicada no British Medical Journal, faz men��o a duas delas: "it's not rocket science" ("n�o � ci�ncia de foguetes", em tradu��o literal, que significaria que um problema n�o requer muito conhecimento para ser resolvido) e "it's not brain surgery" ("n�o � cirurgia no c�rebro", express�o que vai no mesmo sentido).

Os cientistas exp�em que a motiva��o inicial do trabalho era justamente entender se a percep��o popular estava fundamentada na realidade e verificar se essas duas atividades tinham alguma superioridade intelectual sobre as outras.

Questionar os estere�tipos, na vis�o dos pesquisadores, tamb�m poderia trazer benef�cios no recrutamento de novos talentos para essas duas �reas, que devem enfrentar falta de m�o de obra nas pr�ximas d�cadas.

O experimento contou com a participa��o de 329 engenheiros aeroespaciais e 72 neurocirurgi�es, que foram submetidos a uma s�rie de tarefas para testar suas habilidades cognitivas em seis esferas diferentes. Os testes tiveram como par�metro o Great British Intelligence Test, originalmente desenvolvido no Imperial College, em Londres.

Foram analisados componentes como mem�ria de trabalho e o processamento da aten��o e das emo��es e considerados fatores como idade, sexo e experi�ncia no setor.

Os resultados foram comparados entre os dois grupos e com um banco de dados previamente coletados com informa��es de 18 mil brit�nicos.


Modelo de cabeça e cérebro de plástico com eletrodos ligados às têmporas
Ambas as �reas devem enfrentar falta de m�o de obra nas pr�ximas d�cadas (foto: Getty Images)

Os achados mostraram, por exemplo, que os neurocirurgi�es pontuaram significativamente mais do que os engenheiros espaciais na resolu��o de problemas sem�nticos, como a defini��o de palavras raras.

Os engenheiros aeroespaciais, por sua vez, tiveram um desempenho melhor do que os "rivais" nos testes de aten��o e em tarefas de manipula��o mental, como a rota��o de imagens mentais de objetos.

Quando comparados com o banco de dados da popula��o em geral, no entanto, os cientistas espaciais n�o apresentaram diferen�as significativas em nenhum dom�nio espec�fico.

Os neurocientistas, por outro lado, pontuaram de forma diferente em duas �reas: a velocidade de resolu��o de problemas foi mais r�pida, mas a recupera��o de lembran�as na mem�ria foi mais lenta.

O ritmo mais r�pido para a resolu��o de problemas, entre as hip�teses levantadas pelos pesquisadores, poderia se dever � "natureza acelerada da neurocirurgia" ou ser "um produto do treinamento para tomada de decis�o r�pida em situa��es em que o tempo � cr�tico, embora menos prov�vel".

"� poss�vel que neurocirurgi�es e engenheiros aeroespaciais sejam desnecessariamente colocados em um pedestal", conclui o estudo.

"Outras especialidades podem merecer estar nesse pedestal, e os trabalhos futuros devem ter como objetivo determinar a profiss�o mais merecedora."

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