
O diretor iraniano Mohammad Rasoulof, que venceu no s�bado passado (29) o Urso de Ouro no Festival de Berlim com o longa There is no evil, foi convocado pelas autoridades de seu pa�s para cumprir um ano de pris�o.
Rasoulof j� estava proibido de sair do Ir� e por isso n�o foi � cerim�nia da premia��o da mostra alem�, tendo sido representado por sua equipe de produ��o. Sua filha Baran recebeu o pr�mio em seu nome.
O cineasta cumpre pena de pris�o domiciliar depois de ter sido acusado de fazer propaganda "contra o sistema", segundo seu advogado, Nasser Zarafshan. Al�m de ter de ficar preso, o cineasta tamb�m estar� impedido de fazer filmes por dois anos.
Mas � prov�vel que a ordem n�o seja imediata, tendo em vista os problemas enfrentados com o atual surto de coronav�rus, que fez com que as autoridades do pa�s libertassem temporariamente 54 mil presos. Ainda n�o houve divulga��o sobre essa convoca��o de Rasoulof pela m�dia, nem coment�rios de funcion�rios do Judici�rio.
Em There is no evil, Rasoulof entrela�a quatro hist�rias de personagens que enfrentam o desafio de agir moralmente vivendo num regime desp�tico em que a pena de morte � um instrumento para amedrontar os cidad�os que ousam enfrent�-lo.
O longa competiu pelo Urso de Ouro com 17 outros t�tulos de diversos pa�ses, incluindo o brasileiro Todos os mortos, de Marco Dutra e Caetano Gotardo.
Outro cineasta iraniano nas mesmas condi��es de Rasoulof � o festejado Jafar Panahi (O bal�o branco, T�xi Teer�), preso por filmar sem permiss�o do governo.
