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Estado de Minas ARTES VISUAIS

Censurado, artista pl�stico Ai Weiwei n�o d� tr�gua ao governo chin�s

Obras do dissidente, um dos nomes mais importantes da arte contempor�nea, dever�o ser exclu�das da mostra de abertura do museu M+, em Hong Kong


01/04/2021 06:00 - atualizado 01/04/2021 07:15

(foto: Daniel Leal-Olivas/AFP 28/9/2020)
(foto: Daniel Leal-Olivas/AFP 28/9/2020)
 
Quando foi fotografado fazendo um gesto obsceno na Pra�a Tiananmen, no cora��o de Pequim, o artista dissidente chin�s Ai Weiwei sabia que estava provocando, mas n�o imaginava que 26 anos depois sua obra estaria no cora��o de uma pol�mica sobre a censura em Hong Kong.

Durante muito tempo, a ex-col�nia brit�nica desfrutou de liberdades desconhecidas no restante da China continental. Agora, por�m, luta para garantir a reputa��o como ref�gio cultural, devido � forte interfer�ncia no territ�rio por parte do governo comunista chin�s.

Museu M , que será aberto em Hong Kong, não deve expor as obras de Ai Weiwei de seu acervo(foto: Peter Parks/AFP)
Museu M , que ser� aberto em Hong Kong, n�o deve expor as obras de Ai Weiwei de seu acervo (foto: Peter Parks/AFP)


REPRESS�O 

Abalada pelos protestos de 2019 em Hong Kong, Pequim iniciou uma dr�stica repress�o ao movimento pr�-democracia, mediante a draconiana lei de seguran�a nacional que n�o poupa o mundo da arte.

Em seu ex�lio em Berlim, Ai Weiwei, de 63 anos, o mais famoso artista chin�s contempor�neo, est� convencido de que Hong Kong sofre a mesma r�gida censura imposta � China continental.

“Qualquer forma de liberdade de express�o pode ser declarada ilegal ou subversiva”, afirma Weiwei. “Essa lei foi aplicada na China continental, n�o resta d�vida de que est� sendo aplicada atualmente em Hong Kong.”

Quando se pensa em arte em Hong Kong, todos os olhares se voltam para o Museu M+, cuja inaugura��o foi “interrompida”. O espa�o de 60 mil metros quadrados finalmente abrir� as portas este ano, com muito atraso e a enorme ambi��o de competir com o Tate Modern, de Londres, e o MoMA, de Nova York.

O museu conta com uma das melhores cole��es de arte chinesa contempor�nea do mundo, principalmente gra�as � doa��o do colecionador su��o Uli Sigg. O cat�logo on-line apresenta 249 obras de Ai Weiwei, assim como fotos de Liu Heung-shing da repress�o na Pra�a de Tiananmen, em 1989, tema censurado na China continental.

Muitos se questionam sobre as condi��es do museu para expor tais obras em meio ao contexto repressivo. Pol�ticos pr�-Pequim de Hong Kong j� acusaram a institui��o de violar a lei de seguran�a e “espalhar o �dio contra o pa�s”, destacando a foto de Ai Weiwei em Tiananmen.

O artista descreve os curadores do M como “grandes profissionais” dotados de “integridade criativa”, mas que enfrentam “um mundo que muda r�pido demais”.
Weiwei se pergunta se alguma de suas obras, que foram exibidas em 2016 em Hong Kong, estar� no M . “A sociedade liberal e democr�tica de Hong Kong est� desaparecendo”, lamenta.

Criador multifuncional, o pintor, escultor e artista pl�stico ajudou a projetar o Ninho de P�ssaro, o est�dio de Pequim para os Jogos Ol�mpicos de 2008. Por�m, acabou se tornando alvo do governo.

Weiwei causou a indigna��o das autoridades de Pequim, primeiramente, ao investigar o colapso das escolas durante o terremoto de 2008, na prov�ncia de Sichuan, e, depois, o inc�ndio que deixou dezenas de v�timas em Xangai, em 2010.

PRIS�O 

Em, 2011, o artista pl�stico ficou 81 dias preso na China. Quatro anos depois, decidiu deixar o pa�s e morar na Alemanha.

Em 2019, extensa exposi��o dos trabalhos dele p�de ser conferida no Centro Cultural Banco do Brasil, em Belo Horizonte. Obras impactantes de Weiwei retrataram a luta do artista em defesa da liberdade e dos direitos humanos.


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