
Artista visual, jornalista, diretora de TV e colecionadora de imagens, or�culos e palavras, como ela mesma se define, Duda Las Casas agora debuta como poeta, com o lan�amento do livro “Viseiras” pela editora carioca 7Letras.
Na quarta-feira (25/08) e em 12 de setembro, a autora mineira radicada em Portugal promove bate-papo, �s 19h, no Instagram, para conversar sobre sua cria��o po�tica, seu trabalho no audiovisual, memes, m�sica, jornalismo e a vida longe do Brasil.
VIRTUAL
“Vim para Lisboa fazer o curso 'Artes da escrita', e acabou que resolvi ficar mais tempo. Aproveitei para fazer mestrado. No m�s passado, estive em BH, achei que o livro ia estar pronto, mas n�o. Da� pensei em fazer pelo menos alguma coisa virtual, duas lives para as quais convidei outros poetas”, diz.
“Vim para Lisboa fazer o curso 'Artes da escrita', e acabou que resolvi ficar mais tempo. Aproveitei para fazer mestrado. No m�s passado, estive em BH, achei que o livro ia estar pronto, mas n�o. Da� pensei em fazer pelo menos alguma coisa virtual, duas lives para as quais convidei outros poetas”, diz.
Duda come�ou a escrever os poemas de “Viseira” h� sete anos, sem a menor perspectiva de que poderiam ser reunidos em livro. Esses escritos, destaca, se relacionam muito com o que ela v� � sua volta e t�m estreita rela��o com a m�sica e as artes visuais – linguagem que ela estudou durante uma estada no Rio de Janeiro.
“Quando comecei a escrever, ia guardando tudo, mas falava: ‘Gente, n�o sei se � um di�rio, se s�o anota��es ou o qu�’. Tenho isso de sair registrando, fotografando, guardando palavras, colecionando imagens que v�o aparecendo pelo caminho”, diz.
Quem ajudou Duda a p�r ordem no emaranhado de palavras e textos foi o poeta Carlito Azevedo, de cujas oficinas ela participou no Rio de Janeiro. Carlito foi o grande incentivador para que ela continuasse a escrever. “A partir desse incentivo, virou meio que uma obsess�o. Acordava de noite porque me vinham palavras e tinha de escrever para n�o perd�-las. Tenho esse processo de escrever na hora, por medo de perder a ideia”, diz.
H� alguns meses, um poema de Duda foi inclu�do na colet�nea “Volta para tua terra”, lan�ada pela Editora Urutau, que re�ne textos de imigrantes.
Ela tamb�m tem guardado um “livrinho underground” chamado “Cheio de fome” – express�o que, em Portugal, equivale ao “morrendo de fome” no Brasil.
“� uma coisa que nem me preocupei em divulgar. Eu mesma imprimi, mas acho que � outra forma da minha escrita, algo mais corporal. Fui muito influenciada pela Hilda Hilst. Comecei a ler poesia com Ferreira Gullar e depois veio Hilda, a quem me tornei muito ligada n�o s� pelos poemas, mas pela vida. Ela dizia muito do lugar das mulheres na escrita, o quanto era dif�cil as mulheres furarem um certo bloqueio, porque o mundo das artes ainda � muito masculino”, comenta.
Duda Las Casas diz que “Cheia de fome” � uma provoca��o, assim como “O caderno rosa de Lori Lamby”, de Hilda Hilst. “S�o coisas que talvez eu nem tivesse coragem de publicar, s�o mais corporais mesmo”, conclui.
“VISEIRA”
.De Duda Las Casas
.7Letras
.90 p�ginas
.R$ 45
.Lan�amento no Instagram (@dudanaotemduvida) na quarta-feira (25/08) e em 12 de setembro,
�s 19h