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Estado de Minas CINEMA

Filme sobre aborto leva Le�o de Ouro em Veneza


13/09/2021 04:00 - atualizado 13/09/2021 06:57

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(foto: Filippo MONTEFORTE/AFP)

Foi dif�cil fazer esse filme. Infelizmente sabemos que o que ele mostra ainda acontece muito no mundo

Audrey Diwan, diretora de "L'�v�nement", ao receber a premia��o


O filme " " L'�v�nement ", da franco-libanesa Audrey Diwan, conquistou o Le�o de Ouro do Festival de Veneza , anunciado no �ltimo s�bado (11/09). Baseado no romance hom�nimo da escritora francesa Annie Ernaux, o longa se passa nos anos 1960 e conta a hist�ria de Anne (Anamaria Vartolomei), uma estudante promissora que tem o destino atravessado por uma gravidez inesperada.
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Em "L'�v�nement", Anamaria Vartolomei d� vida a Anne, estudante promissora que tem o destino atravessado por gravidez inesperada (foto: DIVULGA��O)
Diante das obriga��es estudantis, ela decide recorrer ao aborto clandestino e sofre as consequ�ncias da decis�o, como o abandono de m�dicos, amigos e do pr�prio pai da crian�a. Durante o festival , o filme gerou controv�rsia por trazer a pauta do aborto para o centro do debate e mostrar uma longa sequ�ncia em que Anne realiza o aborto.

"Foi dif�cil fazer esse filme. Infelizmente sabemos que o que ele mostra ainda acontece muito no mundo", declarou a diretora ao receber o pr�mio.  Diwan � a sexta mulher na hist�ria a ganhar o trof�u , se juntando a Margarethe Von Trotta (1981), Agn�s Varda (1985), Mira Nair (2001), Sofia Coppola (2010) e Chlo� Zhao (2020).
 
A conquista de Diwan tamb�m � hist�rica porque marca o segundo ano consecutivo que o pr�mio � concedido a uma obra dirigida por uma mulher. Em 2020, o Le�o de Ouro foi para "Nomadland" (2020), de Zhao. Al�m disso, � a primeira vez desde 1987 que um cineasta da Fran�a vence o pr�mio. O �ltimo vencedor do pa�s foi Louis Malle, com "Adeus, meninos" (1987). Isso prova que o cinema franc�s vive um bom ano em festivais de cinema de prest�gio. Em julho passado, o longa "Titane", dirigido por Julia Ducournau, levou a Palma de Ouro, pr�mio m�ximo do Festival de Cannes.
 
MARADONA O Grande Pr�mio do J�ri foi dado ao filme "A m�o de Deus", drama autobiogr�fico de Paolo Sorrentino produzido pela Netflix. A produ��o mostra um jovem em N�poles na d�cada de 1980, quando Diego Maradona jogou na cidade e se tornou uma figura mitol�gica para seus habitantes. O jovem ator Filippo Scotti, de 21 anos, que interpreta o alter ego de Sorrentino no filme, recebeu o pr�mio Marcello Mastroianni, dado a int�rpretes em in�cio de carreira.
 
Pen�lope Cruz foi eleita melhor atriz pela atua��o em "Madres paralelas", de Pedro Almod�var . J� o filipino John Arcilla recebeu o pr�mio de melhor ator por "On the job: The missing 8", de Erik Matti.
 
A atriz Maggie Gyllenhaal foi laureada com o pr�mio de melhor roteiro por "The lost daughter", filme que marca sua estreia como diretora. O longa � uma adapta��o do romance "A filha perdida", de Elena Ferrante, e tem no elenco Olivia Colman, Dakota Johnson, Peter Sarsgaard e Paul Mescal, entre outros.
 
O pr�mio de melhor dire��o foi para a neozelandesa Jane Campion, por "The power of the dog", tamb�m produzido pela Netflix e estrelado por Benedict Cumberbatch e Kirsten Dunst. O Pr�mio Especial do J�ri foi concedido a "Il buco", do italiano Michelangelo Frammartino.

Nessa que foi a 78ª edi��o do Festival de Veneza, o j�ri foi presidido pelo sul-coreano Bong Joon-Ho, diretor do filme "Parasita" (2019), e integrado pela cineasta Chloe Zhao, a atriz brit�nica Cynthia Erivo, a atriz franco-belga Virginie Efira, a atriz canadense Sarah Gadon, o diretor romeno Alexander Nanau e o cineasta italiano Saverio Costanzo.

BRASILEIROS O Brasil tamb�m marcou presen�a no festival. O filme "7 prisioneiros", de Alexandre Moratto, produzido pela Netflix, arrancou elogios da cr�tica estrangeira. Protagonizado por Christian Malheiros e Rodrigo Santoro, o drama conta a hist�ria de um jovem preso a um sistema de trabalho an�logo � escravid�o. J� "Deserto particular", do baiano Aly Muritiba, foi exibido na mostra paralela Venice Days.

B�rbara Paz, que em 2019 recebeu em Veneza o trof�u de melhor document�rio por "Babenco: Algu�m tem que ouvir o cora��o e dizer: Parou" (2019), exibiu no festival o curta-metragem "Ato", estrelado por Alessandra Maestrini e Eduardo Moreira, e rodado em Ouro Preto. (GA)

 


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