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Estado de Minas PRESENTE!

Conferimos como � a visita��o ao Pal�cio das Artes com novos protocolos

Principal equipamento estadual de cultura de BH retomou a programa��o de atividades presenciais


25/09/2021 04:00 - atualizado 25/09/2021 12:39

A exposição
A exposi��o "50 anos em 5 atos" homenageia o cinquenten�rio do Pal�cio das Artes. Na Grande Galeria Alberto da Veiga Guignard, o limite � de 12 pessoas simultaneamente (foto: Ramon Lisboa/EM/D.A.Press)


Antes de entrar, os visitantes precisam esfregar os sapatos em um tapete, medir a temperatura no pulso e higienizar as m�os com �lcool em gel. O uso de m�scaras de prote��o � obrigat�rio, conforme indica o porteiro. Quem chega ao Pal�cio das Artes logo nota os protocolos implantados para impedir a dissemina��o do novo coronav�rus.   
 
Bailarinos da Companhia de Dança da Fundação Clóvis Salgado fizeram performance em frente ao Palácio das Artes, de acordo com o objetivo de levar a dança para o corpo da cidade
Bailarinos da Companhia de Dan�a da Funda��o Cl�vis Salgado fizeram performance em frente ao Pal�cio das Artes, de acordo com o objetivo de levar a dan�a para o corpo da cidade (foto: Ramon Lisboa/EM/D.A.Press)
 
 
Em sua reabertura ao p�blico, o principal equipamento cultural do estado faz uma auto-homenagem com a exposi��o “50 anos em 5 atos”, que repassa as principais realiza��es de seu cinquenten�rio. 

Inaugurada em 13 de agosto �ltimo, a mostra recebeu, at� a �ltima ter�a-feira (21/09), data da visita do Estado de Minas ao espa�o, 2.755 pessoas, com m�dia de 86 visitantes por dia. L�via Lopes, mediadora das visitas � Grande Galeria Alberto da Veiga Guignard, diz que o p�blico tem seguido sem resist�ncia os novos protocolos sanit�rios. 
 
“Sempre � muito mais gratificante esse contato olho no olho. Aqui no Pal�cio, as medidas de seguran�a est�o sendo mantidas, ent�o a gente fica mais tranquila de poder estar aqui. Estamos tendo uma resposta do p�blico muito positiva. As pessoas est�o sentindo falta de poder visitar uma exposi��o. Acho importante esse retorno gradual com responsabilidade, como est� sendo feito”, afirma.  
 
O Cine Humberto Mauro voltou a receber público depois de um período com projeções para a sala vazia, feitas para garantir a manutenção do equipamento
O Cine Humberto Mauro voltou a receber p�blico depois de um per�odo com proje��es para a sala vazia, feitas para garantir a manuten��o do equipamento�� (foto: Ramon Lisboa/EM/D.A.Press)
 
 
Ela comenta que o trabalho agora “� um pouco mais desafiador, porque a gente tem que alertar em rela��o aos protocolos”. No caso da mostra em cartaz, que � imersiva e permite ao visitante filmar e tirar fotos, “muitas vezes as pessoas v�m condicionadas a tirar a m�scara quando v�o tirar a foto, ent�o � importante orientar sobre isso”, ela diz. 
 
Ocupando diversos espaços do Palácio das Artes, a exposição comemorativa do seu cinquentenário é imersiva e permite ao público fotografar e filmar
Ocupando diversos espa�os do Pal�cio das Artes, a exposi��o comemorativa do seu cinquenten�rio � imersiva e permite ao p�blico fotografar e filmar (foto: Ramon Lisboa/EM/D.A.Press)
 
 
A lota��o m�xima da galeria principal � de 12 pessoas por vez. �s 14h de ter�a passada, visitantes de diferentes faixas et�rias percorriam a exposi��o, atentos. A belo-horizontina Gabriela Vidigal, de 22 anos, retornou ao Pal�cio das Artes pela primeira vez ap�s a reabertura. 
 
“O Pal�cio � um dos lugares mais abertos, um dos espa�os p�blicos mais importantes da cidade. J� que est� completando 50 anos, tem que comemorar”, disse, em sinal de aprova��o ao tema da mostra. Os protocolos sanit�rios garantiram seu conforto ao longo da exposi��o. “N�o vi nada que me assustou. N�o vi gente se abra�ando, se cumprimentando, comendo no meio da exposi- ��o. Achei tranquilo.”
 
 Moksha, de 36, � natural de Belo Horizonte e mora em Juiz de Fora. Ele n�o perdeu a oportunidade de ir ao Pal�cio das Artes durante sua visita � capital mineira. “Fiquei sabendo que tinha uma exposi��o aqui, mas n�o sabia sobre o que era. Quando cheguei, vi que era uma exposi��o sobre o pr�prio Pal�cio e achei muito bacana, de muito bom gosto. Para quem conhece e frequenta aqui sempre, � muito legal.” 

Homenagem


As celebra��es n�o se limitam � exposi��o. Os visitantes tamb�m puderam conferir na tarde de ter�a o making of da nova produ��o audiovisual da Cia. de Dan�a Pal�cio das Artes em homenagem aos 50 anos. Desde o in�cio da pandemia, os corpos art�sticos da Funda��o Cl�vis Salgado seguiram na ativa, publicando v�deos nos canais digitais da institui��o. Os ensaios ocorreram remotamente. 
 
Para a grava��o do v�deo, os bailarinos usaram figurinos que remetiam a espet�culos e personagens hist�ricos. Eles performaram em diferentes espa�os do Pal�cio das Artes, cativando a aten��o do p�blico. O v�deo remete � itiner�ncia da Cia de Dan�a ao longo do tempo.  
 
“Nos �ltimos 20 anos, a companhia tem feito v�rios espet�culos que trabalham essa ideia de sair do Grande Teatro e ir at� o p�blico, para a rua. J� tem 20 anos que a companhia trilha um pensamento contempor�neo, n�o s� dentro da caixa-preta. A ideia � a expans�o, ganhar esse corpo-cidade”, afirma Cristiano Reis, diretor da Cia de Dan�a Pal�cio das Artes.
 
�s 16h, a fila para ingressar no Cine Humberto Mauro crescia. O p�blico aguardava pela sess�o de “A noiva da cidade” (1978), de Alex Viany, exibido no ciclo “Exagerados: cinema contra o baixo-astral”, que aborda a produ��o cinematogr�fica brasileira dos anos 1980. Em cartaz desde o �ltimo dia 9, a mostra segue o modelo h�brido. Dos 18 filmes na programa��o, 15 est�o dispon�veis na plataforma Cine Humberto Mauro Mais. 
 
“Planejamos uma mostra jovem, que pudesse homenagear o cinema brasileiro, para quando a vacina��o estivesse mais avan�ada. A gente fez o recorte dos anos 1980, porque consideramos o universo muito abrangente, musical e pop. Demos o nome ‘Cinema contra o baixo-astral’ para devolver o cinema para a comunidade, quando ela est� podendo desfrutar de uma frui��o coletiva", afirma Bruno Hil�rio, gerente do Cine Humberto Mauro. 

PLATAFORMA O retorno das atividades presenciais na sala de cinema ocorreu em julho de 2021, ap�s 16 meses fechada. Em 2020, a programa��o on-line do Cine Humberto Mauro alcan�ou 241 mil visualiza��es, com 11 mostras realizadas. A plataforma Cine Humberto Mauro Mais, que abriga a programa��o de filmes e debates no ambiente virtual, de forma gratuita, foi lan�ada em outubro passado.  
 
A experi�ncia on-line foi um grande sucesso, segundo Bruno Hil�rio. No entanto, ele avalia que o modelo presencial � insubstitu�vel. “� uma qualidade (de exibi��o) muito superior, � a grandeza do cinema diante de voc� e do coletivo que est� aqui reunido. Nosso foco sempre vai ser trazer para o Cine Humberto Mauro aquilo que ele tem de melhor, que � exibir essa qualidade de proje��o e de som para quem est� buscando a imers�o", diz. 
 
A sess�o de “A noiva da cidade” contou com a presen�a de 39 pessoas. Jovens e idosos compunham a plateia. Havia 46 assentos dispon�veis – respeitado o limite de 40% de ocupa��o. Para manter as normas de distanciamento, os assentos s�o separados por duas poltronas e devem ser reservados na bilheteria. Antes de pegar o ingresso, os espectadores precisam informar seus dados para o rastreio de poss�veis infec��es. 
 
Clarence Ramos, de 70 anos, foi o primeiro a entrar para a sess�o. Ele conta que, antes da pandemia, frequentava o cinema todos os dias e, nas �ltimas semanas, retomou o h�bito. “Para mim, o Cine Humberto Mauro � um ponto de apoio para ter um programa diariamente, poder encontrar com pessoas de quem voc� acabou ficando amigo aqui”, conta. “Acho legal o lance de voc� poder vir para c�, porque o pessoal entende um tanto de cinema, gosta de cinema, ent�o sempre tem um bate-papo depois da sess�o.”
 
A proje��o dos filmes fica a cargo de Wilson Brant. Ele trabalha no setor h� 12 anos, mas perdeu seu emprego na rede Cineart nos primeiros meses da pandemia de COVID-19 e foi contratado pelo Cine Humberto Mauro. Para manter os equipamentos em funcionamento durante os meses de isolamento, Wilson conta que projetava filmes para a sala vazia. Segundo ele, o retorno gradual do p�blico � motivo de grande satisfa��o. 
 
“A experi�ncia � muito gratificante em si, primeiro pelo fato de estar voltando ao mercado de trabalho”, afirma Wilson. “A esperan�a � grande para que tudo isso volte ao normal. Quando completar o ciclo de vacina��o, acredito que as coisas tendem a melhorar cada vez mais. A torcida � grande, at� porque a gente precisa disso tamb�m, o mercado precisa reagir.”
 
No cinema, as novas normas incluem a obrigatoriedade das m�scaras e a proibi��o de se alimentar dentro da sala. “Nosso p�blico � o guardi�o deste espa�o. Ele sabe que se n�o cumprir os protocolos, n�s vamos imediatamente interromper as proje��es. � muito interessante como eles respeitam todas as regras que est�o colocadas”, comenta Bruno Hil�rio.   

*Estagi�rio sob supervis�o da editora Silvana Arantes


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