
Com as atividades mantidas em formato remoto durante a pandemia, a
Orquestra Filarm�nica de Minas Gerais
reencontrou seu p�blico em julho, com a
reabertura
dos equipamentos culturais autorizada pela Prefeitura de Belo Horizonte. E agora celebra o aumento da
capacidade
de p�blico de sua casa, a
Sala Minas Gerais
, de 26% para
50%
da ocupa��o do espa�o. � com essa nova configura��o da plateia que a orquestra, sob reg�ncia do maestro titular Fabio Mechetti, apresenta um concerto – nesta quinta-feira (30/09), para assinantes, e na sexta (1º de outubro), para o p�blico em geral – com as obras “Serenata nº 9 em r� maior, Posthorn”, de Mozart, e “Sinfonia nº 1 em sol menor”, de Kalinnikov.
Ele aponta que, desde a �ltima reabertura, em 8 de julho, os concertos da Filarm�nica t�m contado com uma frequ�ncia regular de p�blico, dentro da margem permitida. No que diz respeito aos m�sicos, Mechetti diz que ainda � uma forma��o reduzida que atua nas apresenta��es: dos 90 instrumentistas da orquestra, apenas cerca de 50 sobem ao palco, o que implica at� na escolha dos programas que ser�o apresentados.
RESTRI��ES NO PALCO “O protocolo de palco continua sendo aplicado com base nos estudos feitos, mas agora, com o avan�o da vacina��o, acredito que at� fim de outubro teremos quase 100% dos m�sicos imunizados, de modo que poderemos flexibilizar e aumentar o tamanho da forma��o”, diz. Ele destaca que o programa teve que ser alterado – e essa n�o foi a primeira vez – em fun��o das restri��es ainda existentes.
A ideia original era que a orquestra apresentasse obras de Brahms e Rachmaninoff, mas a impossibilidade da vinda de um solista estrangeiro convidado inviabilizou a execu��o do primeiro e a forma��o reduzida comprometeria a realiza��o do segundo. “Mas conseguimos preservar a estrutura e a est�tica do que o programa original previa. Substitu�mos um alem�o por um austr�aco (Brahms por Mozart) e um russo por um russo (Rachmaninoff por Kalinnikov), preservando as caracter�sticas musicais que pretend�amos mostrar. Certamente, vai agradar ao p�blico”, confia.
Com a retomada das atividades presenciais, a Filarm�nica tem conseguido manter uma agenda semanal fixa. Al�m das s�ries “Presto” e “Veloce”, pelas quais a orquestra se apresenta amanh�, com transmiss�o ao vivo, e sexta-feira, apenas presencialmente, est�o sendo realizadas a s�rie “Fora de s�rie”, aos s�bados, tamb�m com presen�a de p�blico e transmiss�o on-line, os “Concertos para a juventude”, aos domingos, exclusivamente para o p�blico presente, e eventuais recitais de grupos de c�mara �s quartas-feiras.
Mechetti se orgulha ao dizer que, desde outubro do ano passado, com a reabertura da Sala Minas Gerais para os m�sicos, a orquestra vem mantendo uma atividade cont�nua, com concertos apresentados de forma remota. “Pesquisei atividades de quase todas as orquestras no mundo e nenhuma se manteve t�o ativa durante a pandemia quanto a Filarm�nica, com a��es virtuais, did�ticas, projetos de grava��o e produ��es de v�deos”, diz, aludindo ao est�dio de transmiss�o que foi inaugurado em 2019, no 5º andar do pr�dio que abriga a Sala Minas Gerais, e que possibilitou uma maior presen�a virtual da orquestra junto ao seu p�blico. “Nenhuma outra orquestra no mundo fez tanto quanto a gente, posso dizer com quase certeza”, acrescenta o maestro.
Essa profici�ncia tem se dado tanto no modelo virtual quanto no presencial. A partir do decreto da prefeitura que autorizou, em julho, o funcionamento de cinemas, museus e casas de espet�culos na capital, a Filarm�nica foi a primeira forma��o a apresentar m�sica ao vivo em um espa�o cultural. Mesmo com todo esse dinamismo, Mechetti avalia que a pandemia representou um impacto grande no percurso que a orquestra vinha trilhando.
PIONEIRISMO VIRTUAL “A chegada da pandemia quebrou aquele caminho virtuoso e ascendente que a Filarm�nica vinha tra�ando, com um aumento cont�nuo do n�mero de assinantes. Perdemos alguns, que se sentiram desconfort�veis de voltar a frequentar a Sala Minas Gerais. Conseguimos manter o n�mero de patrocinadores, mas, ainda assim, sofremos um impacto financeiro e, claro, de contato com o p�blico”, lamenta.
Por outro lado, ele acredita que as restri��es impostas pelo coronav�rus obrigaram um investimento mais acelerado nas possibilidades do ambiente digital. “Acho que aprendemos muito no que diz respeito � transmiss�o de concertos pela internet. Fomos pioneiros nesse sentido. Era algo que j� est�vamos nos preparando para come�ar a implementar e tivemos que acelerar durante a pandemia, para acomodar a necessidade de fazer nosso trabalho chegar ao p�blico. � algo que aprendemos e que vamos continuar fazendo no futuro”, diz, destacando a possibilidade que o formato abre de se chegar a um p�blico mais amplo e geograficamente disperso. “Nas transmiss�es, a gente v� que tem pessoas do mundo inteiro acompanhando, � um potencial muito grande a ser explorado”, conclui.
Apesar do aumento da capacidade de p�blico na Sala Minas Gerais, os protocolos sanit�rios seguem r�gidos e o uso de m�scara continua obrigat�rio.
ORQUESTRA FILARM�NICA DE MINAS GERAIS
S�rie “Presto”, quinta (30/09), �s 20h30; e s�rie “Veloce”, sexta-feira (1º de outubro), �s 20h30. Concertos com as obras “Serenata nº 9 em r� maior, K. 320, Posthorn”, de Mozart, e “Sinfonia nº 1 em sol menor”, de Kalinnikov, na Sala Minas Gerais (Rua Tenente Brito Melo, 1.090, Barro Preto). Ingressos, de R$ 50 (coro) a R$ 155 (camarote), podem ser adquiridos na bilheteria do espa�o ou pelo site
www.filarmonica.art.br
. Informa��es: (31) 3219-9000.