
"Ap�s meses de portas fechadas devido �s restri��es impostas pela pandemia, vamos reabrir os dois locais, respeitando os protocolos sanit�rios e com agendamento pr�vio para que as pessoas possam conhecer o acervo do museu e usufruir os t�tulos liter�rios da biblioteca. Por ora, a abertura � de forma gradativa e apenas durante a semana. Esperamos, com isso, proporcionar uma op��o cultural de lazer aos paraisenses", disse o chefe do Departamento de Cultura, Adriano Rosa.
S�o Sebasti�o do Para�so est� na “Onda Verde” do Programa Minas Consciente. A biblioteca, que costuma receber um p�blico de 1 mil pessoas por m�s, funcionar� apenas para devolu��o e empr�stimo de livros, mediante agendamento pr�vio. Em ambos os locais as pessoas dever�o seguir os protocolos referentes � pandemia da COVID-19, como uso de m�scara e �lcool em gel.
Para agendar visitas ao museu (leia mais sobre a estrutura abaixo), o telefone de contato � o 3531-5002. Inicialmente s�o tr�s hor�rios na parte da manh� (9h, 10h e 11h) e tr�s � tarde (14h, 15h e 16h), de ter�a a sexta-feira. Nos finais de semana e feriados, o local permanece fechado. As visitas ser�o acompanhadas por um servidor do departamento.
Biblioteca
Na Biblioteca Municipal de S�o Sebasti�o do Para�so, o agendamento pode ser feito pelo telefone 3539-1017. Por enquanto, o acesso ser� das 8h �s 12h, apenas para devolu��o ou empr�stimos de livros, sem permiss�o para a leitura no local.
A Biblioteca Municipal Prof. Alencar de Assis foi criada pela Lei Municipal n.439, em 1959. Para patrono da Biblioteca Municipal, onde recebe o seu nome, procurou homenagear a mem�ria do professor Francisco de Alencar Assis, que por mais de 40 anos trabalhou na �rea de educa��o. Ele era natural de Piracicaba-SP, veio para S�o Sebasti�o do Para�so em 1928 para lecionar no Gin�sio Paraisense (Escola Estadual Paraisense), no Col�gio Paula Fracinetti e na Escola T�cnica de Com�rcio.
A Biblioteca Municipal, em 2014, passou por um processo de informatiza��o dos registros do seu acervo. Instalou-se um programa para automa��o de bibliotecas chamado Biblivre, que faz todo o gerencimento da Biblioteca Municipal at� hoje.
Em 2018, foi inserido o uso do cart�o do leitor com c�digo de barras, o que facilitou o empr�stimo para os leitores. Atualmente possui mais de 28.000 unidades de diversos temas, como Literatura Infantojuvenil, Literatura estangeira, Literatura brasileira, Livros em Braille, Autoajuda, Biografias, entre outros.
A estrutura possui locais para estudo em grupo e individual, dois computadores para estudo e pesquisa e wifi para os leitores. H� 5.842 leitores cadastrados de diversas faixas et�rias e m�dia de empr�stimos de aproximadamente 1.000 livros mensais.
A Biblioteca Municipal, por meio da parceria Recode Bibliotecas e Toca Livros, foi contemplada em abril de 2021 com uma Biblioteca Digital TocaLivros, que permanecer� por 1 ano � disponibiliza��o de e-book e audiolivro aos seus leitores. A estrutura foi premiada em 2021 pelo programa Recode Bibliotecas 2020 em segundo lugar.
Museu
O Museu Municipal Napole�o Joele foi criado em janeiro de 1959 e, antes do fechamento pela pandemia, recebia a visita de aproximadamente 200 pessoas por m�s. Apesar da cria��o ainda na d�cada de 1950, a estrutura reuniu 200 pe�as para a instala��o, de fato, do museu apenas em fevereiro de 1971.

Muitas dessas valiosas pe�as foram doadas pelo empres�rio Napole�o Joele, pelo memorialista e ex-prefeito Luiz Ferreira e por paraisenses de pensamento preservacionista. Em 1979, o museu ganhou um pr�dio: a prefeitura promoveu adapta��es no antigo edif�cio da Caixa D’�gua, uma estrutura de arquitetura sublime feita para armazenar e distribuir a �gua para a popula��o antigamente.
Em 1985, pela Lei Municipal 1491, o museu foi batizado como “Museu Municipal Napole�o Joele”, uma homenagem �quele que ajudou a reunir muitas pe�as para o acervo. Com o aumento do acervo, o museu foi transferido para o pr�dio do antigo “Instituto Monsenhor Felipe” e, na sequ�ncia, para o pr�dio da antiga “Esta��o Mogiana”, onde est� at� hoje.
O pr�dio da antiga “Esta��o Mogiana”, que era ligado ao Ramal de Passos, foi inaugurado em 1914 como transporte de carga (principalmente para os caf�s finos da regi�o rumo ao Porto de Santos) e passageiros. Com o desuso do servi�o ferrovi�rio, o transporte de passageiros foi desativado em 1977.
Hoje, a prefeitura administra o pr�dio, tombado pelo Conselho do Patrim�nio Hist�rico e Cultural de S�o Sebasti�o do Para�so. H� preocupa��o em conservar seus aspectos arquitet�nicos e sua rica hist�ria para a comunidade. O pr�dio se transformou num complexo cultural da Casa da Cultura "Ant�nio Carlos Pinheiro de Alc�ntara".
Atualmente, o museu conta com um acervo de aproximadamente 420 pe�as. Entre elas, um acervo bibliogr�fico e documental, com a “Biblioteca de Autores Paraisenses Ary de Lima”, que possui livros de valor hist�rico e cultural para o munic�pio. H� tamb�m um acervo cient�fico composto por f�sseis e objetos de mineralogia.
Mas o que mais chama aten��o � o acervo hist�rico com pe�as pessoais, art�sticas, etnogr�ficas que comp�em um acervo cultural e cient�fico relevante para a cultura paraisense.
Entre as pe�as, est�o:
- uma antiga pedra de machado ind�gena
- uma carta de alforria
- apetrechos da antiga ferrovia como o quepe de um ferrovi�rio
- �lbuns de fotografia com fotos de eventos na cidade
- um esteio de madeira de aroeira pertencente � antiga Igreja Matriz de S�o Sebasti�o
- objetos de cozinha antigos
- pe�as utilizadas por antigos congadeiros
- imagens da arte sacra
No per�odo de pandemia em que o museu esteve fechado fisicamente ao p�blico, foram realizadas a��es visando acesso ao acervo, com respeito ao distanciamento social - como, por exemplo, a visita que comp�e a 8º Jornada do Patrim�nio Cultural de Minas Gerais.